sábado, 31 de outubro de 2009

Festa de Cristo Rei


Pio XI quiz ,ao instituir a festa de Cristo Rei,proclamar solenemente perante os homens o reinado social de Jesus Cristo.Rei das almas e das consciências,rei das inteligências e das vontades,Jesus Cristo é Rei também das famílias,da cidade,do povo,da nação,do mundo todo.Como Pio XI bem o demonstrou na sua Encíclica "Pax Chrisit in regno Christi",o laicismo é a negação radical da realeza de Jesus.Organizando a vida social como se Deus não exista,gera no espírito das massas a apostasia e conduz a sociedade à ruína.Para combater esta heresia terrível julgou o Papa que a liturgia seria o meio mais eficaz,porque proporia todos os anos ao espírito desvairado dos homens a afirmação pública e oficial de que Jesus Cristo é Rei do Universo.A missa e o Ofício desta festa são,com efeito,a proclamação solene da realeza universal de Cristo sobre os homens e sobre o mundo.A belíssima visão do Apocalipse,em que S.João vê o Cordeiro de Deus imolado,aclamado doravante pelos Anjos e pelos Santos.Fixada no último domingo de outubro(para o Rito Gregoriano)e no penúltimo domingo de novembro(pelo calendário atual),quase no término do ano litúrgico e na Vigília de todos os Santos,a festa de Cristo Rei apresenta-nos como a coroação dos mistérios de Cristo e antecipação da realeza eterna que exerce sobre os eleitos da glória no Céu. A grande "realidade" do cristianismo é precisamente Cristo ressuscitado reinando gloriosamente no meio dos eleitos,que são a aquisição do seu Sangue Redentor.
"Ignoramos o tempo em que a terra e a humanidade atingirão a sua restauração, e também não sabemos que transformação sofrerá o universo. Porque a figura deste mundo, deformado pelo pecado, passa certamente, mas Deus ensina-nos que prepara uma nova habitação e uma nova terra, na qual reina a justiça e cuja felicidade satisfará e superará todos os desejos de paz que surgem no coração dos homens....Todos os bens da dignidade humana, da comunhão fraterna e da liberdade, fruto da natureza e do nosso trabalho, depois de os termos difundido na terra, no Espírito do Senhor e segundo o seu mandamento, voltaremos de novo a encontrá-los, mas então purificados de qualquer mancha, iluminados e transfigurados, quando Cristo entregar ao Pai o reino eterno e universal: “reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz”. Sobre a terra, o Reino já está misteriosamente presente; quando o Senhor vier, atingirá a perfeição (Constituição Pastoral Gaudium et Spes sobre a Igreja no mundo de hoje, nº 39)."

Festa de Todos os Santos


Todos os Santos
O Templo de Agripa foi consagrado no tempo de Augusto a todos os deuses do paganismo e por esse motivo denominado Panteão.Bonifácio IV mandou para lá trasladar as ossadas dos Mártires encontradas nas catacumbas e no dia 13 de Maio de 610 dedicou esta nova Basílica ao culto dos Mártires e da Virgem Santíssima.A festa dessa dedicação foi tomando caráter universal,sendo mais tarde consagrada à Virgem e a todos os Santos.Existindo já.porém,a festa da comemoração de todos os Santos,celebrada primeiramente em dias diferentes nas diversas igrejas e em 835 fixada por Gregório IV no dia 1° de novembro,Gregório VIII transferiu para esta data a dedicação do Panteão.A festa de hoje recorda pois e celebra a vitória do Deus verdadeiro sobre falsas divindades do paganismo.Em razão da sua procedência,a Missa vai buscar numerosos textos à liturgia dos Mártires.A Santa Igreja coloca-nos debaixo dos olhos a admirável visão do Céu,a visão dos doze mil inscritos de cada tribo de Israel e da multidão sem conta,procedente de todos os povos,línguas e tribus,todos de pé diante do Cordeiro,revestidos de branco e com palmas na mão.Jesus Cristo,a Virgem Maria,as falanges dos Espíritos bem-aventurados distribuídos em nove coros,os Apóstolos,os Mártires envoltos na púrpura do sangue que derramaram,os Confessores vestidos de branco,o coro casto das Virgens formam o majestoso cortejo das véperas de hoje.

Comemoração de todos os Fiéis defuntos


A festa de todos os Santos anda inteiramente ligada à lembrança das almas santas detidas ainda no Purgatóriopara expiar as faltas veniais e se purificarem da pena temporal que mereceram pelos pecados,mas que no entanto estão confirmadas em graça e hão de entrar um dia no Céu.Depois de celebrar com alegria a Igreja Triunfante do Céu,a Igreja da terra estende a sua solicitude maternal ao lugar de tormentos indizíveis onde vivem as almas em estado de purificação,as quais pertencem igualmente à Igreja e à Comunhão dos Justos.

Hoje,diz o Martirológio romano,comemoração de todos os Fiéis Defuntos.A nossa comum e piedosa Mãe,a Igreja ,depois de celebrar condignamente a memória daqueles seus filhos que já entraram na glória,procura auxiliar pela sua poderosa intercessão junto de Jesus Cristo,seu Esposo e Senhor,todos aqueles que gemem ainda nas penas do Purgatório,para que se lhes abreviem os dias de exílio e se vão reunir à sociedade dos Santos.Em nenhum outro lugar da Liturgia se afirma,de modo tão realmente belo,o misterioso vínculo que une num só corpo a Igreja Militante,Padecente e Triunfante.Nunca de certo se cumpriu de modo tão palável o duplo dever de caridade que deriva para todo cristão do fato da sua mesma incorporação no corpo místico de Cristo.

A Liturgia,que tem como o centro o Sacrifíio do Calvário continuado sobre os nossos altares,foi em todos os tempos o meio principal de que a Santa Igreja se serviu no cumprimento deste dever de caridade para com os que nos precederam.Começamos a encontrar missas de Defuntos já a partir do século V.A S.Odilão,IV Abade do mosteiro de Cluny,se deve no entanto a comemoração geral de todos os defuntos que ele institui em 978 e mandou celebrar no dia seguinte à festa de Todos os Santos.A influência desta ilustre congregação francesa estendeu em breve este louvável costume a todo mundo cristão.Por consessão de Bento XIV,todos os Padres de Portugal,Espanha e Conquistas podem celebrar três missas no dia 2 de Novembro.Privilégio estendido por Bento XV em 1915a toda a Igreja.Diz o Concílio de Trento que as almas do Purgatório podem ser socorridas com sufrágios dos fiéis e de modo particularmente eficaz com o Santo Sacrifício do Altar.Razão tal que quando o celebrante oferece a Deus oficialmente o resgate das almas,quer dizer que o próprio Cristo se oferece ao Pai em espécies de vinho e pão no mesmo ato de Sacrifício Redentor.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009


Ano Litúrgico

No início da Igreja,todo domingo era Páscoa,mas o domingo correspondia à primeira Páscoa,e foi se tornando a festa mais importante.Dessa Páscoa,passaram a celebrar a Ascensão e Pentecostes como frutos da Páscoa.Depois foram incluídas a última Ceia,a Agonia no Horto das Oliveiras,a Paixão e a Morte de Jesus.Isto tudo deu-se até os séculos IV e V.No século IV já se preparavam as festas de Natal.Em 604,a estrutura fundamental do ano litúrgico já estava pronta.
A partir daí foram acrescentando períodos de preparação às festas e também outras festas como Santíssima Trindade,Corpus Christi,Sagrado Coração de Jesus,Cristo Rei etc.O ano litúrgico foi formado por dois ciclos principais:o da Páscoa e o de Natal.Cada um deles é composto de uma preparação,uma celebração e um prolongamento.
*CICLO DA PÁSCOA
Septuagéssima(substituída hoje pela Quaresma)-Páscoa-Ascensão-Pentecostes-Domingo após o Pentecostes.
*CICLO DO NATAL
Advento-Natal e Epifania-Domingo após a Epifania
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