"Sou."
Sobre massacre  de 12 crianças em Realengo, subúrbio da cidade do Rio de Janeiro, a ministra  achou por bem dar uma declaração  com mais conteúdo:
“A tragédia do Realengo nos mergulha num sentimento que desconhecíamos, uma dor absurda porque misturada a um espanto descomunal. Ao mesmo tempo, nos leva a uma adoção pela dor: todos e cada um de nós passamos a ter ali a sua filha, o seu filho, o seu sobrinho, além daquela típica e tão querida garota do vizinho que certo dia se infiltrou na nossa vida com a desculpa de gostar de tomar o lanche na nossa casa. Como mãe, tia e avó que sou, me somo a cada mãe e a cada família para, ao mesmo tempo em que choro junto, dar um abraço apertado para renovarmos a esperança na vida e, também juntos, passarmos a cuidar mais dela.
Ana de Hollanda
Ministra de Estado da Cultura"
Difícil  imaginar um exemplo mais perfeito de hipocrisia abortista. Deparada com um  questionamento sobre a liberação do aborto, a ministra não deixou dúvidas sobre  seu posicionamento. Nem mesmo tentou, como  outras ministras a quem foi feita a mesma pergunta, maquiar a resposta. É a  favor e pronto. 
Tempo de  gestação, motivos do abortamento e outras variáveis criadas por abortistas para  tornar mais palatável o horror que eles defendem, sequer passaram pelo discurso  da ministra. Em resumo, por suas palavras podemos imaginar que ela é favorável a  qualquer tipo de aborto.
Palmas para  sua coerência! Sou dos que defendem que quem é favorável a um tipo de aborto é  também, por coerência, favorável a qualquer outro tipo. Quem é favorável à  distribuição de Pílulas do Dia Seguinte deve também, por coerência, ser  favorável ao Aborto  por Nascimento Parcial, uma coisa que é tão ou mais horrenda quanto um  psicopata atirar na cabeça de uma criança. Incoerente é defender uma coisa e  verter lágrimas pela outra.
Ou seja,  quando a mídia está em polvorosa, procurando qualquer autoridade para dar  declaração, Ana de Hollanda lembra que é "mãe, tia e avó" e chora junto  às mães das vítimas. Certo... Já quando é perguntada por uma revistazinha idiota  se ela é favorável à morte de não-nascidos, ela nem titubeia:  "Sou".
Interessante,  não? Os abortistas e sua ética seletiva é coisa realmente espantosa.
PARTE II

Em entrevista  à revista Marie Claire, ao lhe ser perguntado se é a favor do aborto, Maria do  Rosário, ministra da Secretaria de Direitos Humanos,  saiu-se com a mais longa  resposta dentre todas as respostas à mesma pergunta, que também  foi feita às suas companheiras ministras:
"É um tema que precisa ser trabalhado pela sociedade e as mulheres brasileiras precisam ser escutadas. O que é um tema de saúde pública foi transformado num tema eleitoral nos últimos tempos. Não foi justo o que tentou se fazer com a presidenta Dilma como mulher, colocá-la em uma situação difícil. Foi muito adequado quando ela respondeu que essas circunstâncias não devem ser tratadas como um caso de polícia, mas sim de saúde pública. Sou favor de que no Brasil se cumpra a legislação, que diz respeito à questão do estupro, da violência de um modo geral. Acho que nós devemos avançar na questão do risco de vida da mãe, assegurando a agilização desses procedimentos. Concordo também nos casos de anencefalia, que não tenhamos essa dor perpetuada para as mulheres durante a gravidez. Essa é a minha posição institucional. Minha posição pessoal é contrária de que as mulheres sejam penalizadas."
Esta coisa de  duas posições, uma pessoal e outra institucional, já  foi tentada pelo ex-presidente Lula. É coisa de gente bicéfala, de gente que  pensa que é possível defender uma coisa quando em um cargo público e outra  pessoalmente. É a tática daqueles que preferem enganar em vez de afirmar  explicitamente o que realmente pensa sobre o assunto.
Lula é um  mestre nisto e parece que a ministra Maria do Rosário foi boa aluna, pois ela  consegue a façanha de no mesmo parágrafo dizer que é a favor do cumprimento da  lei e, logo em seguida, dizer que é contrária a que mulheres sejam  penalizadas.
A eloqüência  de Maria do Rosário contrasta com a economia  de vocábulos da ministra Ana de Hollanda, mas nem por isto é menos  desastrosa.
Quem gasta uma  penca de palavras para responder se é ou não a favor do aborto, só quer enganar  seu interlocutor. E é exatamente o que tenta fazer Maria do Rosário, e o melhor  exemplo disto é exatamente que ela consegue se contradizer em um simples  parágrafo. Bastava um simples sim ou não...
Após o  massacre em Realengo, a ministra Maria do Rosário esteve no Hospital Albert  Schweitzer, para onde foram encaminhadas as vítimas da tragédia. Lá a  ministra deu a seguinte declaração:
"O Brasil está de luto. Nossa presença no Rio de Janeiro é símbolo de solidariedade. Eu vim representando a presidente Dilma. (...)
Esse é um momento de solidariedade. Ninguém pensaria isso no nosso país. É a primeira vez que aconteceu. Nós estamos em choque."
Pois é... A  ministra parece se preocupar muito com solidariedade, não é mesmo? Ela e também  a presidente Dilma, pois a ministra a representava, preocupam-se muito com a  solidariedade às vítimas quando os holofotes da mídia e os olhos do país lhes  estão voltados. Já quando se trata da morte de crianças não-nascidas, o truque é  dizer que tudo se trata de um problema de Saúde Pública, o  que é mentira. Aí, para esta gente, tudo está resolvido... Aí não há  ministra e nem presidente em estado de choque. Para elas, não há nem vítimas, o  que há é uma candidata que foi colocada em "situação difícil". Fácil mesmo deve  ser para o nascituro que foi parar no lixo hospitalar como solução do tal  problema de Saúde Pública, não?
O governo  Dilma pode estar completando apenas 100 dias, mas parece que a hipocrisia nem  precisa de muito tempo para atingir os alarmantes níveis anteriores.

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