Aproximadamente 10 mil universitários se reuniram, no final da tarde desta 
quinta-feira, na Basílica de São Pedro para um encontro com Bento XVI. O Papa 
iniciou sua homília citando o Apóstolo Tiago: “Sejam constantes, irmãos, até a 
vinda do Senhor”.
Após, Bento XVI fez um chamado aos universitários. 
“Para vocês que vivem no coração do ambiente cultural e social do nosso tempo, 
que experimentam as novas e mais refinadas tecnologias, que são protagonistas de 
um dinamismo histórico que parece irresistível, o convite do Apóstolo pode 
parecer um anacronismo, quase um convite a sair da história, a não desejar ver 
os frutos de seu trabalho, de sua pesquisa. Mas é assim mesmo?”, questiona Bento 
XVI.
“O convite para esperarmos Deus está ultrapassado? E ainda de uma 
maneira mais radical poderíamos nos perguntar: o que significa o Natal para mim; 
é realmente importante para a minha existência, para a construção da sociedade? 
São muitas, na nossa época, as pessoas, especialimente aquelas que vocês 
encontram nas salas de aula, que dão voz à pergunta se devemos esperar qualquer 
coisa ou qualquer um; se devemos esperar um outro messias, um outro deus; se 
vale à pena confiarmos naquela Criança que na noite de Natal encontraremos na 
manjedoura entre Maria e José”.
Exortando a sermos pacientes, outra vez 
citando o Apóstolo Tiago, que nos convida a sermos como o agricultor, o qual 
“espera com constância o precioso fruto da terra”, Bento XVI explicou a virtude 
deste sentimento.
“A paciência é a virtude daqueles que confiam em Deus e 
sua presença histórica. Daqueles que não se deixam vencer pela tentação de 
recolocar toda a esperança no imediato, em perspectivas horizontais, em projetos 
tecnicamente perfeitos, mas distantes da realidade mais profunda, aquela que 
conceda a dignidade mais alta à pessoa humana: a dimensão transcedente, o ser 
criatura imagem e semelhança de Deus, o de levar no coração do desejo de 
elevar-se a Ele”.
Rádio Vaticano

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