segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Um Santo e Feliz 2013!




A equipe do blog Santa Igreja, deseja a vocês caros leitores e suas famílias os votos de boas festas! Um Feliz Natal e um Santo 2013! Que neste próximo ano Nosso Senhor lhes abençoe cada vez mais, que Nossa Senhora os guarde sempre e sempre! E que em 2013 vocês, caros leitores, continuem conosco e com a tradição da Igreja, observando as noticias e comentando os fatos. Novamente boas festas!

Pontifical de Mons. Pozzo em Trieste, Itália

 






domingo, 30 de dezembro de 2012

Liturgia das Horas: Vésperas da Solenidade da Sagrada Família.

"Oração

Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo, concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes, para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar um dia às alegrias da vossa casa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus."

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Ordenações sacerdotais na arquidiocese de Fortaleza

A Arquidiocese de Fortaleza realizou no dia 21 de dezembro, na Catedral Metropolitana de Fortaleza, uma Celebração Eucarística onde foram ordenados seis novos presbíteros pela imposição das mãos e Oração Consecratória de Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, Arcebispo de Fortaleza.

Os ordenados foram: Antony Christopher de Amorim Gadelha; Helano Samy da Silva Holanda; João Batista Aires Silva; Paulo Roberto Lima dos Reis; Zacarias Virgílio de Araújo Filho.






 
 








 
 
Fonte (texto e fotos): Arquidiocese de Fortaleza
Fonte (fotos): Facebook

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Santo Estevão Protomártir, rogai por nós!

 
"Mas, cheio do Espírito Santo, Estêvão fitou o céu e viu a glória de Deus e Jesus de pé à direita de Deus: 'Eis que vejo, disse ele, os céus abertos e o Filho do homem, de pé, à direita de Deus'. Levantaram um grande clamor, taparam os ouvidos e todos juntos se atiraram furiosos contra ele. Lançaram-no fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas depuseram os seus mantos aos pés de um moço chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão, que orava e dizia: 'Senhor Jesus, recebe meu espírito'. Posto de joelhos, exclamou em alta voz: 'Senhor, não lhes leves em conta este pecado...' A estas palavras, expirou."
 
(At. 7, 54-60)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

NATIVIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO


GLÓRIA IN EXCELSIS DEO!

Canto das Kaléndas

Octávo Kaléndas ianuárii. Luna undecima.
Innúmeris transáctis sæculis a creatióne mundi,
quando in princípio Deus creávit cælum et terram
et hóminem formávit ad imáginem suam;
permúltis étiam sæculis, ex quo post dilúvium
Altíssimus in núbibus arcum posúerat, signum fœderis et pacis;
a migratióne Ábrahæ, patris nostri in fide, de Ur Chaldæórum sæculo vigésimo primo;
ab egréssu pópuli Ísrael de Ægýpto, Móyse duce, sæculo décimo tértio;
ab unctióne David in regem, anno círciter millésimo;
hebdómada sexagésima quinta, iuxta Daniélis prophetíam;
Olympíade centésima nonagésima quarta;
ab Urbe cóndita anno septingentésimo quinquagésimo secúndo;
anno impérii Cæsaris Octaviáni Augústi quadragésimo secúndo; toto Orbe in pace compósito,
 Iesus Christus, ætérnus Deus æterníque Patris Fílius,
mundum volens advéntu suo piíssimo consecráre,
de Spíritu Sancto concéptus, novémque post conceptiónem decúrsis ménsibus,
in Béthlehem Iudæ náscitur ex María Vírgine factus homo:
 Natívitas Dómini nostri Iesu Christi secúndum carnem.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Mensagem do Santo Padre aos membros da Cúria Romana


Audiência com a Cúria Romana
Vaticano
Sexta-feira, 21 de dezembro de 2012


Senhores Cardeais,
Venerados Irmãos no Episcopado e no Presbiterado,
Queridos irmãos e irmãs!

Com grande alegria, me encontro hoje convosco, amados membros do Colégio Cardinalício, representantes da Cúria Romana e do Governatorado, para este momento tradicional antes do Natal. A cada um de vós dirijo uma cordial saudação, começando pelo Cardeal Angelo Sodano, a quem agradeço as amáveis palavras e os ardentes votos que me exprimiu em nome dele e vosso. O Cardeal Decano recordou-nos uma frase que se repete muitas vezes na liturgia latina destes dias: «Prope este iam Dominus, venite, adoremus! – O Senhor está perto; vinde, adoremos!». Também nós, como uma única família, nos preparamos para adorar, na gruta de Belém, aquele Menino que é Deus em pessoa e tão próximo que Se fez homem como nós. De bom grado retribuo os votos formulados e agradeço de coração a todos, incluindo os Representantes Pontifícios espalhados pelo mundo, pela generosa e qualificada colaboração que cada um presta ao meu ministério.

Encontramo-nos no fim de mais um ano, também este caracterizado – na Igreja e no mundo – por muitas situações atribuladas, por grandes problemas e desafios, mas também por sinais de esperança. Limito-me a mencionar alguns momentos salientes no âmbito da vida da Igreja e do meu ministério petrino. Começo pelas viagens realizadas ao México e a Cuba: encontros inesquecíveis com a força da fé, profundamente enraizada nos corações dos homens, e com a alegria pela vida que brota da fé. Recordo que, depois da chegada ao México, na borda do longo troço de estrada que tivemos de percorrer, havia fileiras infindáveis de pessoas que saudavam, acenando com lenços e bandeiras. Recordo que, durante o trajecto para Guanajuato – pitoresca capital do Estado do mesmo nome –, havia jovens devotamente ajoelhados na margem da estrada para receber a bênção do Sucessor de Pedro; recordo como a grande liturgia, nas proximidades da estátua de Cristo-Rei, constituiu um acto que tornou presente a realeza de Cristo: a sua paz, a sua justiça, a sua verdade. E tudo isto, tendo como pano de fundo os problemas dum país que sofre devido a múltiplas formas de violência e a dificuldades resultantes de dependências económicas. Sem dúvida, são problemas que não se podem resolver simplesmente com a religiosidade, mas sê-lo-ão ainda menos sem aquela purificação interior dos corações que provém da força da fé, do encontro com Jesus Cristo. Seguiu-se a experiência de Cuba; também lá nas grandes liturgias, com seus cânticos, orações e silêncios, se tornou perceptível a presença d’Aquele a quem, por muito tempo, se quisera recusar um lugar no país. A busca, naquele país, de uma justa configuração da relação entre vínculos e liberdade, seguramente, não poderá ter êxito sem uma referência àqueles critérios fundamentais que se manifestaram à humanidade no encontro com o Deus de Jesus Cristo.

Como sucessivas etapas deste ano que se encaminha para o fim, gostava de mencionar a grande Festa da Família em Milão, bem como a visita ao Líbano com a entrega da Exortação apostólica pós-sinodal que deverá agora constituir, na vida das Igrejas e da sociedade no Médio Oriente, uma orientação nos difíceis caminhos da unidade e da paz. O último acontecimento importante deste ano, a chegar ao ocaso, foi o Sínodo sobre a Nova Evangelização, que constituiu ao mesmo tempo um início comunitário do Ano da Fé, com que comemorámos a abertura do Concílio Vaticano II, cinquenta anos atrás, para o compreender e assimilar novamente na actual situação em mudança.

Todas estas ocasiões permitiram tocar temas fundamentais do momento presente da nossa história: a família (Milão), o serviço em prol da paz no mundo e o diálogo inter-religioso (Líbano), bem como o anúncio da mensagem de Jesus Cristo, no nosso tempo, àqueles que ainda não O encontraram e a muitos que só O conhecem por fora e, por isso mesmo, não O reconhecem. De todas estas grandes temáticas, quero reflectir um pouco mais detalhadamente sobre o tema da família e sobre a natureza do diálogo, acrescentando ainda uma breve consideração sobre o tema da Nova Evangelização.

A grande alegria, com que se encontraram em Milão famílias vindas de todo o mundo, mostrou que a família, não obstante as múltiplas impressões em contrário, está forte e viva também hoje; mas é incontestável – especialmente no mundo ocidental – a crise que a ameaça até nas suas próprias bases. Impressionou-me que se tenha repetidamente sublinhado, no Sínodo, a importância da família como lugar autêntico onde se transmitem as formas fundamentais de ser pessoa humana. É vivendo-as e sofrendo-as, juntos, que as mesmas se aprendem. Assim se tornou evidente que, na questão da família, não está em jogo meramente uma determinada forma social, mas o próprio homem: está em questão o que é o homem e o que é preciso fazer para ser justamente homem. Os desafios, neste contexto, são complexos. Há, antes de mais nada, a questão da capacidade que o homem tem de se vincular ou então da sua falta de vínculos. Pode o homem vincular-se para toda a vida? Isto está de acordo com a sua natureza? Ou não estará porventura em contraste com a sua liberdade e com a auto-realização em toda a sua amplitude? Será que o ser humano se torna-se ele próprio, permanecendo autónomo e entrando em contacto com o outro apenas através de relações que pode interromper a qualquer momento? Um vínculo por toda a vida está em contraste com a liberdade? Vale a pena também sofrer por um vínculo? A recusa do vínculo humano, que se vai generalizando cada vez mais por causa duma noção errada de liberdade e de auto-realização e ainda devido à fuga da perspectiva duma paciente suportação do sofrimento, significa que o homem permanece fechado em si mesmo e, em última análise, conserva o próprio «eu» para si mesmo, não o supera verdadeiramente. Mas, só no dom de si é que o homem se alcança a si mesmo, e só abrindo-se ao outro, aos outros, aos filhos, à família, só deixando-se plasmar pelo sofrimento é que ele descobre a grandeza de ser pessoa humana. Com a recusa de tal vínculo, desaparecem também as figuras fundamentais da existência humana: o pai, a mãe, o filho; caem dimensões essenciais da experiência de ser pessoa humana.

Num tratado cuidadosamente documentado e profundamente comovente, o rabino-chefe de França, Gilles Bernheim, mostrou que o ataque à forma autêntica da família (constituída por pai, mãe e filho), ao qual nos encontramos hoje expostos – um verdadeiro atentado –, atinge uma dimensão ainda mais profunda. Se antes tínhamos visto como causa da crise da família um mal-entendido acerca da essência da liberdade humana, agora torna-se claro que aqui está em jogo a visão do próprio ser, do que significa realmente ser homem. Ele cita o célebre aforismo de Simone de Beauvoir: «Não se nasce mulher; fazem-na mulher - t pas femme, on le devient». Nestas palavras, manifesta-se o fundamento daquilo que hoje, sob o vocábulo «gender - género», é apresentado como nova filosofia da sexualidade. De acordo com tal filosofia, o sexo já não é um dado originário da natureza que o homem deve aceitar e preencher pessoalmente de significado, mas uma função social que cada qual decide autonomamente, enquanto até agora era a sociedade quem a decidia. Salta aos olhos a profunda falsidade desta teoria e da revolução antropológica que lhe está subjacente. O homem contesta o facto de possuir uma natureza pré-constituída pela sua corporeidade, que caracteriza o ser humano. Nega a sua própria natureza, decidindo que esta não lhe é dada como um facto pré-constituído, mas é ele próprio quem a cria. De acordo com a narração bíblica da criação, pertence à essência da criatura humana ter sido criada por Deus como homem ou como mulher. Esta dualidade é essencial para o ser humano, como Deus o fez. É precisamente esta dualidade como ponto de partida que é contestada. Deixou de ser válido aquilo que se lê na narração da criação: «Ele os criou homem e mulher» (Gn 1, 27). Isto deixou de ser válido, para valer que não foi Ele que os criou homem e mulher; mas teria sido a sociedade a determiná-lo até agora, ao passo que agora somos nós mesmos a decidir sobre isto. Homem e mulher como realidade da criação, como natureza da pessoa humana, já não existem. O homem contesta a sua própria natureza; agora, é só espírito e vontade. A manipulação da natureza, que hoje deploramos relativamente ao meio ambiente, torna-se aqui a escolha básica do homem a respeito de si mesmo. Agora existe apenas o homem em abstracto, que em seguida escolhe para si, autonomamente, qualquer coisa como sua natureza. Homem e mulher são contestados como exigência, ditada pela criação, de haver formas da pessoa humana que se completam mutuamente. Se, porém, não há a dualidade de homem e mulher como um dado da criação, então deixa de existir também a família como realidade pré-estabelecida pela criação. Mas, em tal caso, também a prole perdeu o lugar que até agora lhe competia, e a dignidade particular que lhe é própria; Bernheim mostra como o filho, de sujeito jurídico que era com direito próprio, passe agora necessariamente a objecto, ao qual se tem direito e que, como objecto de um direito, se pode adquirir. Onde a liberdade do fazer se torna liberdade de fazer-se por si mesmo, chega-se necessariamente a negar o próprio Criador; e, consequentemente, o próprio homem como criatura de Deus, como imagem de Deus, é degradado na essência do seu ser. Na luta pela família, está em jogo o próprio homem. E torna-se evidente que, onde Deus é negado, dissolve-se também a dignidade do homem. Quem defende Deus, defende o homem.

Dito isto, gostava de chegar ao segundo grande tema que, desde Assis até ao Sínodo sobre a Nova Evangelização, permeou todo o ano que chega ao fim: a questão do diálogo e do anúncio. Comecemos pelo diálogo. No nosso tempo, para a Igreja, vejo principalmente três campos de diálogo, onde ela deve estar presente lutando pelo homem e pelo que significa ser pessoa humana: o diálogo com os Estados, o diálogo com a sociedade – aqui está incluído o diálogo com as culturas e com a ciência – e, finalmente, o diálogo com as religiões. Em todos estes diálogos, a Igreja fala a partir da luz que a fé lhe dá. Ao mesmo tempo, porém, ela encarna a memória da humanidade que, desde os primórdios e através dos tempos, é memória das experiências e dos sofrimentos da humanidade, onde a Igreja aprendeu o que significa ser homem, experimentando o seu limite e grandeza, as suas possibilidades e limitações. A cultura do humano, de que ela se faz garante, nasceu e desenvolveu-se a partir do encontro entre a revelação de Deus e a existência humana. A Igreja representa a memória do que é ser homem defronte a uma civilização do esquecimento que já só se conhece a si mesma e só reconhece o próprio critério de medição. Mas, assim como uma pessoa sem memória perdeu a sua identidade, assim também uma humanidade sem memória perderia a própria identidade. Aquilo que foi dado ver à Igreja, no encontro entre revelação e experiência humana, ultrapassa sem dúvida o mero âmbito da razão, mas não constitui um mundo particular que seria desprovido de interesse para o não-crente. Se o homem, com o próprio pensamento entra na reflexão e na compreensão daqueles conhecimentos, estes alargam o horizonte da razão e isto diz respeito também àqueles que não conseguem partilhar a fé da Igreja. No diálogo com o Estado e a sociedade, naturalmente a Igreja não tem soluções prontas para as diversas questões. Mas, unida às outras forças sociais, lutará pelas respostas que melhor correspondam à justa medida do ser humano. Aquilo que ela identificou como valores fundamentais, constitutivos e não negociáveis da existência humana, deve defendê-lo com a máxima clareza. Deve fazer todo o possível por criar uma convicção que possa depois traduzir-se em acção política.

Na situação actual da humanidade, o diálogo das religiões é uma condição necessária para a paz no mundo, constituindo por isso mesmo um dever para os cristãos bem como para as outras crenças religiosas. Este diálogo das religiões possui diversas dimensões. Há-de ser, antes de tudo, simplesmente um diálogo da vida, um diálogo da acção compartilhada. Nele, não se falará dos grandes temas da fé – se Deus é trinitário, ou como se deve entender a inspiração das Escrituras Sagradas, etc. –, mas trata-se dos problemas concretos da convivência e da responsabilidade comum pela sociedade, pelo Estado, pela humanidade. Aqui é preciso aprender a aceitar o outro na sua forma de ser e pensar de modo diverso. Para isso, é necessário fazer da responsabilidade comum pela justiça e a paz o critério basilar do diálogo. Um diálogo, onde se trate de paz e de justiça indo mais além do que é simplesmente pragmático, torna-se por si mesmo uma luta ética sobre os valores que são pressupostos em tudo. Assim o diálogo, ao princípio meramente prático, torna-se também uma luta pelo justo modo de ser pessoa humana. Embora as escolhas básicas não estejam enquanto tais em discussão, os esforços à volta duma questão concreta tornam-se um percurso no qual ambas as partes podem encontrar purificação e enriquecimento através da escuta do outro. Assim estes esforços podem ter o significado também de passos comuns rumo à única verdade, sem que as escolhas básicas sejam alteradas. Se ambas as partes se movem a partir duma hermenêutica de justiça e de paz, a diferença básica não desaparecerá, mas crescerá uma proximidade mais profunda entre eles.

Hoje em geral, para a essência do diálogo inter-religioso, consideram fundamentais duas regras: 1ª) O diálogo não tem como alvo a conversão, mas a compreensão. Nisto se distingue da evangelização, da missão. 2ª) De acordo com isso, neste diálogo, ambas as partes permanecem deliberadamente na sua identidade própria, que, no diálogo, não põem em questão nem para si mesmo nem para os outros.

Estas regras são justas; mas penso que assim estejam formuladas demasiado superficialmente. Sim, o diálogo não visa a conversão, mas uma melhor compreensão recíproca: isto é correcto. Contudo a busca de conhecimento e compreensão sempre pretende ser também uma aproximação da verdade. Assim, ambas as partes, aproximando-se passo a passo da verdade, avançam e caminham para uma maior partilha, que se funda sobre a unidade da verdade. Quanto a permanecer fiéis à própria identidade, seria demasiado pouco se o cristão, com a sua decisão a favor da própria identidade, interrompesse por assim dizer por vontade própria o caminho para a verdade. Então o seu ser cristão tornar-se-ia algo de arbitrário, uma escolha simplesmente factual. Nesse caso, evidentemente, ele não teria em conta que a religião tem a ver com a verdade. A propósito disto, eu diria que o cristão possui a grande confiança, mais ainda, a certeza basilar de poder tranquilamente fazer-se ao largo no vasto mar da verdade, sem dever temer pela sua identidade de cristão. Sem dúvida, não somos nós que possuímos a verdade, mas é ela que nos possui a nós: Cristo, que é a Verdade, tomou-nos pela mão e, no caminho da nossa busca apaixonada de conhecimento, sabemos que a sua mão nos sustenta firmemente. O facto de sermos interiormente sustentados pela mão de Cristo torna-nos simultaneamente livres e seguros. Livres: se somos sustentados por Ele, podemos, abertamente e sem medo, entrar em qualquer diálogo. Seguros, porque Ele não nos deixa, a não ser que sejamos nós mesmos a desligar-nos d’Ele. Unidos a Ele, estamos na luz da verdade.

Por último, impõe-se ainda uma breve consideração sobre o anúncio, sobre a evangelização, de que, na sequência das propostas dos Padres Sinodais, falará efectiva e amplamente o documento pós-sinodal. Acho que os elementos essenciais do processo de evangelização são visíveis, de forma muito eloquente, na narração de São João sobre a vocação de dois discípulos do Baptista, que se tornam discípulos de Cristo (cf. Jo 1, 35-39). Antes de tudo, há o simples acto do anúncio. João Baptista indica Jesus e diz: «Eis o Cordeiro de Deus!» Pouco depois o evangelista vai narrar um facto parecido; agora é André que diz a Simão, seu irmão: «Encontrámos o Messias!» (1, 41). O primeiro elemento fundamental é o anúncio puro e simples, o kerigma, cuja força deriva da convicção interior do arauto. Na narração dos dois discípulos, temos depois a escuta, o seguir os passos de Jesus; um seguir que não é ainda verdadeiro seguimento, mas antes uma santa curiosidade, um movimento de busca. Na realidade, ambos os discípulos são pessoas à procura; pessoas que, para além do quotidiano, vivem na expectativa de Deus: na expectativa, porque Ele está presente e, portanto, manifestar-Se-á. E a busca, tocada pelo anúncio, torna-se concreta: querem conhecer melhor Aquele que o Baptista designou como o Cordeiro de Deus. Depois vem o terceiro acto que tem início com o facto de Jesus Se voltar para trás, Se voltar para eles e lhes perguntar: «Que pretendeis?» A resposta dos dois é uma nova pergunta que indica a abertura da sua expectativa, a disponibilidade para cumprir novos passos. Perguntam: «Rabi, onde moras?» A resposta de Jesus – «vinde e vereis» – é um convite para O acompanharem e, caminhando com Ele, tornarem-se videntes.

A palavra do anúncio torna-se eficaz quando existe no homem uma dócil disponibilidade para se aproximar de Deus, quando o homem anda interiormente à procura e, deste modo, está a caminho rumo ao Senhor. Então, vendo a solicitude de Jesus sente-se atingido no coração; depois o impacto com o anúncio suscita uma santa curiosidade de conhecer Jesus mais de perto. Este ir com Ele leva ao lugar onde Jesus habita: à comunidade da Igreja, que é o seu Corpo. Significa entrar na comunhão itinerante dos catecúmenos, que é uma comunhão feita de aprofundamento e, ao mesmo tempo, de vida, onde o caminhar com Jesus nos faz tornar videntes.

«Vinde e vereis». Esta palavra dirigida aos dois discípulos à procura, Jesus dirige-a também às pessoas de hoje que estão em busca. No final do ano, queremos pedir ao Senhor para que a Igreja, não obstante as próprias pobrezas, se torne cada vez mais reconhecível como sua morada. Pedimos-Lhe para que, no caminho rumo à sua casa, nos torne, também a nós, sempre mais videntes a fim de podermos afirmar sempre melhor e de modo cada mais convincente: encontrámos Aquele que todo o mundo espera, ou seja, Jesus Cristo, verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro homem. Neste espírito, desejo de coração a todos vós um santo Natal e um feliz Ano Novo.


Fonte: ACI Digital

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Menino Joseph Ratzinger escreve carta para o Menino Jesus

"Amado Menino Jesus! Em pouco tempo você descerá sobre a terra. Queria ganhar um missal, uma casula verde e o coração de Jesus. Serei sempre um bom menino. Saudações - Joseph Ratzinger". São os desejos de um garoto de sete anos, o futuro Papa da Igreja, em uma carta encontrada na casa Pentling, na Alemanha durante obras de reestruturação. A carta foi resgatada graças à irmã Maria, que a possuía como recordação.

Em 1934, os irmãos Georg e Joseph e a irmã Maria, escreveram uma carta ao Menino Jesus, fazendo pedidos de presentes de Natal. Na Baviera existe a bela tradição católica de que o Menino Jesus é quem traz os presentes e os deixa na árvore de Natal. As crianças escrevem as cartinhas com uma lista de seus presentes preferidos.

Georg, que tinha dez anos, queria ganhar a partitura de uma música e uma casula branca, enquanto Maria, que tinha treze anos sonhava com um livro cheio de desenhos. Joseph, que tinha sete anos, com uma escrita muito precisa, pediu um missal, uma casula verde e o coração de Jesus. As cartas foram escritas numa única folha para economizar, pois na época o papel custava caro e a família Ratzinger não era rica.

O caráter "eclesiástico" dos pedidos não deveria surpreender, pois na Alemanha nesta época, a Missa era um tema presente nas brincadeiras infantis, e isso também acontecia na casa da família Ratzinger. "Nós dois montávamos juntos o presépio, e entre as brincadeiras, digamos espirituais, tinha a "brincadeira do padre", que nós fazíamos juntos, minha irmã não participava. Celebrávamos a missa e tínhamos casulas feitas pela costureira de nossa mãe", contou Dom Georg Ratzinger, no livro-entrevista com Michael Hesemann intitulado " Meu irmão, o Papa".

A carta ficará exposta até o dia 6 de janeiro em Munique.


Fonte: Gaudium Press

O Rito Moçárabe e o Ano da Fé

 
Dom Bráulio Rodríguez Plaza, arcebispo de Toledo, publicou um magnífico artigo no jornal L'Osservatore Romano em 18 de dezembro, no qual relaciona o Rito Hispano-Moçárabe com o Ano da Fé. Colocamos um parágrafo do artigo do Primado da Espanha:

Este ano de graça considero que é muito importante dar a conhecer os conteúdos da fé da Igreja; isso, sem dúvida, nos pode ajudar a aprofundar na lex credendi que nos mostra nossa própria tradição, a bonita tradição litúrgica do Rito Hispano-Moçárabe. Uma fé que forjou uma cultura, nossa cultura; e para uma contínua e verdadeira renovação deve ter-se em conta a volta às fontes e o conhecimento de si mesmo: «Esta antiga Liturgia hispano-moçárabe representa, portanto, uma realidade eclesial, e também cultural, que não pode ser relegada ao esquecimento se se querem compreender em profundidade as raízes do espírito cristão do povo espanhol»
O site Lex Orandi  traduziu o artigo para a língua espanhola.

Fonte: Lex Orandi
 


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O Papa usará novamente o fânon no tempo do Natal


Uma última palavra sobre as vestes litúrgicas. Na ocasião das canonizações de 21 de outubro passado, Bento XVI usou o fânon, uma capa muito simples e leve que, a partir do X-XII século, foi utilizada como veste litúrgica tipicamente papal. O fará de novo?

Aparecerá nas duas grandes solenidades a da Noite de Natal e da Epifania. O termo fânon deriva do latim e significa "pano". Foi habitualmente usado pelos Pontífices até João Paulo II. Bento XVI tem procurado preservar o uso desta simples e significativa veste litúrgica. Durante o tempo foi-se desenvolvida uma simbologia em relação a este paramento. Se diz que representa o escudo da fé que protege a Igreja. Nesta interpretação simbólica, as faixas verticais de cor ouro e prata exprimem a unidade e a indissolubilidade da Igreja latina e oriental, que se colocam aos ombros do Sucessor de Pedro. Me parece uma simbologia muito bonita. E é muito importante e significativo recordá-la durante o Ano da Fé.
 
 
 
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Da entrevista de Mons. Guido Marini sobre as celebrações litúrgicas natalinas deste ano, que pode ser conferida na íntegra, em italiano, no site do vaticano.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Testemunhos de judeus sobre a ação do Papa Pio XII durante a 2ª Grande Guerra

Alguns testemunhos de judeus sobre a ação do Papa Pio XII:

Albert Einstein, judeu:

 "A Igreja Católica foi a única a protestar contra os atentados de Hitler à liberdade. Até então eu não tinha interesse pela Igreja, mas hoje experimento grande admiração por ela¥ visto que somente a Igreja teve a coragem de se levantar em, favor da verdade espiritual e da liberdade moral".

As declarações dos líderes judeus:

1 - Albert Einstein:

“Quando aconteceu a revolução na Alemanha, olhei com confiança as universidades, pois sabia que sempre se orgulharam de sua devoção por causa da verdade. Mas as universidades foram amordaçadas. Então, confiei nos grandes editores dos diários que proclamavam seu amor pela liberdade. Mas, do mesmo modo que as universidades, também eles tiveram que se calar, sufocados em poucas semanas. Somente a Igreja permaneceu firme, em pé, para fechar o caminho às campanhas de Hitler que pretendiam suprimir a verdade. Antes eu nunca havia experimentado um interesse particular pela Igreja, mas agora sinto por ela um grande afeto e admiração, porque a Igreja foi a única que teve a valentia e a constância para defender a verdade intelectual e a liberdade moral.” [Albert Einstein, judeu alemão, Prêmio Nobel de Física, na Revista norte-americana TIME, em 23 de dezembro de 1940. Einstein teve que fugir da Alemanha nazista e foi acolhido nos EUA na universidade de Princeton]

2 – Isaac Herzog:

“O povo de Israel nunca se esquecerá o que Sua Santidade [Pio XII] e seus ilustres delegados, inspirados pelos princípios eternos da religião que formam os fundamentos mesmos da civilização verdadeira, estão fazendo por nossos desafortunados irmãos e irmãs nesta hora , a mais trágica de nossa história, que é a prova viva da divina Providência neste mundo.” [Isaac Herzog, Gran Rabino da Palestina, em 28 de fevereiro de 1944; “Actes et documents du Saint Siege relatifs a
la Seconde Guerre Mondiale”, X, p. 292.]

3 – Alexander Shafran:

“Não é fácil para nós encontrar as palavras adequadas para expressar o calor e consolo que experimentamos pela preocupação do Sumo Pontífice [Pio XII], que ofereceu uma grande soma para aliviar os sofrimentos dos judeus deportados; os judeus da Romênia nunca esqueceremos estes fatos de importância histórica.” [Alexander Shafran, Gran Rabino de Bucarest, em 7 de abril de 1944; “Actes et documents du Saint Siege relatifs a la Seconde Guerre Mondiale”, X, p. 291-292]

4 – Juez Joseph Proskauer:
“Temos ouvido em muitas partes que o Santo Padre [Pio XII] foi omisso na salvação dos refugiados na Itália, e sabemos de fontes que merecem confiança que este grande Papa estendeu suas mãos poderosas e acolhedoras para ajudar aos oprimidos na Hungria”. [Juez Joseph Proskauer, presidente do “American Jewish Committee”, na Marcha de Conscientização de 31 de julho de 1944
em Nova York]

5 – Giuseppe Nathan:

“Dirigimos uma reverente homenagem de reconhecimento ao Sumo Pontífice [Pio XII], aos religiosos e religiosas que puseram em prática as diretrizes do Santo Padre, somente viram nos perseguidos a irmãos, e com arrojo e abnegação atuaram de forma inteligente e eficaz para socorrer-nos, sem pensar nos gravíssimos perigos a que se expunham.”[Giuseppe Nathan, Comissário da União de Comunidades Israelitas Italianas, 07-09-1945]

6. A. Leo Kubowitzki:

“Ao Santo Padre [Pio XII], em nome da União das Comunidades Israelitas, o mais sentido agradecimento pela obra levada a cabo pela Igreja Católica em favor do povo judeu em toda a Europa durante a Guerra”. [ A.Leo Kubowitzki, Secretario Geral do “World Jewish Congress” (Congresso Judeu Mundial ), ao ser recebido pelo Papa em 21-09-1945]

7. William Rosenwald:

“Desejaria aproveitar esta oportunidade para render homenagem ao Papa Pio XII por seu esforço em favor das vítimas da Guerra e da opressão. Proveu ajuda aos judeus na Itália e interveio a favor dos refugiados para aliviar sua carga”. [William Rosenwald, presidente de “United Jewish Appeal for Refugees”, 17 de março de 1946, citado em 18 de março no “New York Times”.]

8 – Eugenio Zolli:

“Podem ser escritos volumes sobre as multiformes obras de socorro de Pio XII. As regras da severa clausura cairam, todas e cada uma das coisas estão a serviço da caridade. Escolas, oficinas administrativas, igrejas, conventos, todos têm seus hóspedes. Como uma sentinela diante da sagrada herança da dor humana, surge o Pastor Angélico, Pio XII. Ele viu o abismo de desgraça ao qual a humanidade se dirige. Ele mediu e prognosticou a imensidão da tragédia. Ele fez de si mesmo o arauto da voz da justiça e o defensor da verdadeira paz”. [Eugenio Zolli, em seu livro “Before the Dawn” (Antes da Aurora), 1954; seu nome original era Israel Zoller, Gran Rabino de Roma; durante a Segunda Guerra Mundial; convertido ao cristianismo em 1945, foi batizado como "Eugenio" em honra de Eugenio Pacelli, Pío XII]

9 – Golda Meir:

“Choramos a um grande servidor da paz que levantou sua voz pelas vítimas quando o terrível martírio se abateu sobre nosso povo”. [Golda Meier, ministra do Exterior de Israel, outubro de 1958, ao morrer Pío XII]

10 – Pinchas E. Lapide:
“Em um tempo em que a força armada dominava de forma indiscriminada e o sentido moral havia caído ao nível mais baixo, Pio XII não dispunha de força alguma semelhante e pôde apelar somente à moral; se viu obrigado a contrastar a violência do mal com as mãos desnudas. Poderia ter elevado vibrantes protestos, que pareceriam inclusive insensatos, ou melhor proceder passo a passo, em silêncio. Palavras gritadas ou atos silenciosos. Pio XII escolheu os atos silenciosos e tratou de salvar o que poderia ser salvo.”[Pinchas E. Lapide, historiador hebreu e consul de Israel em Milão, em sua obra "Three Popes and Jews" (Três Papas e os Judeus), Londres 1967; ele calcula que Pío XII e a Igreja salvaram com suas intervenções 850.000 vidas].

11 – Sir Martin Gilbert:

 “O mesmo Papa foi denunciado por Joseph Goebbels - ministro de Propagando do governo nazista – por haver tomado a defesa dos judeus na mensagem de Natal de 1942, onde criticou o racismo. Desempenhou também um papel, que descrevo com alguns detalhes, no resgate das três quartas partes dos judeus de Roma”.[Sir Martin Gilbert, historiador judeu inglês, especialista no Holocausto e a Segunda Guerra Mundial, em uma entrevista em 02-02-2003 no programa "In Depth", do canal de televisão C-Span].

12 – Paolo Mieri:

 “O linchamento contra Pio XII? Um absurdo. Venho de uma família de origem judia e tenho parentes que morreram nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Esse Papa [Pio XII] e a Igreja que tanto dependia dele, fizeram muitíssimo pelos judeus. Seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas e quase um milhão de judeus salvos graças à estrutura da Igreja e deste Pontífice. Se recrimina a Pio XII por não ter dado um grito diante das deportações do gueto de Roma, mas outros historiadores têm observado que nunca viram os antifacistas correndo à estação para tratar de deter o trem dos deportados. Um dos motivos por que este importante Papa foi crucificado se deve ao fato de que tomou parte contra o universo comunista de maneira dura, forte e decidida.”[Paolo Mieri, periodista judeu italiano, ex-diretor do “Corriere della Será”, apresentando o livro “Pio XII; Il Papa degli ebrei” (Pio XII; O Papa dos hebreus), de Andrea Tornielli, a 6 de junho de 2001. ]

13 – David G. Dalin:

“Pio XII não foi o Papa de Hitler, mas o defensor maior que já tiveram os judeus, e precisamente no momento em que o necessitávamos. O Papa Pacelli foi um justo entre as nações a quem há de reconhecer haver protegido e salvado a centenas de milhares de judeus. É difícil imaginar que tantos líderes mundiais do judaísmo, em continentes tão diferentes, tenham se equivocado ou confundido a hora de louvar a conduta do Papa durante a Guerra. Sua gratidão a Pio XII permaneceu durante muito tempo, e era genuína e profunda. [David G. Dalin, rabino de Nova York e historiador, 22 de agosto de 2004, entrevistado em Rímini, Itália]



http://cleofas.com.br/historiador-judeu-revela-de-maneira-pessoal-e-encoberta-pio-xii-salvou-milhares-de-judeus/

http://cleofas.com.br/museu-de-israel-isenta-papa-pio-xii-de-culpa/

http://www.pr.gonet.biz/kb_read.php?num=1347

http://www.apostoladoscr.com.br/2011/06/13-declaracoes-de-lideres-judeus-em.html

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Carta de Sua Santidade Bento XVI aos participantes do Encontro Summorum Pontificum


Fonte: Facebook do Pe.Carlos Augusto - Arquidiocese de Belém

Uso das dalmáticas pelos acólitos na Espanha


 
Uso das dalmáticas pelos acólitos.
 
De acordo com informações resgatadas pelo historiador Don Ramón de la Campa, no Arquivo da Catedral de Sevilha, que agora é colocado ao lado do arcebispado de Sevilha no Palácio do Arcebispo, estão todas as disputas que existiam entre o Cabido da Catedral e Dom Jaime de Palafox y Cardona (1684-1701), o "homem de mil ações." Ele pretendia abolir todos os usos particulares e privilégios hispânicas: procedência do deão sobre o vigário eclesiástico, danças dos seis, uso de ornamentos brancos e celestes para a Imaculada..., e o uso de dalmáticas pelos ministros menores. Todos os pleitos foram a Roma, o que nos interessa, entre outros, à SCR (Sagrada Congregação dos Ritos). Eles foram longos, e nós sabemos como terminou, é certo que o costume foi perpetuado. Se pediu o parecer a muitas catedrais da Espanha, e todas respondiam afirmativamente, ao uso de dalmáticas por ministros leigos ou clérigos não ordenados, como própria de nossa nação. Uma das soluções sugeridas é que fossem paramentos não abençoados, mas isto não satisfez.
 
Há relatos de viajantes do século XIX que incluem aos ceroferários e turiferário com dalmáticas. Também existem testemunhos de que no seminário de Sevilha havia antigamente dalmáticas de todos as cores para quando o seminário assistia solenemente à catedral. (...)
 
***
Post publicado originalmente em: 12 de julho de 2011.
Obtido de: Una Voce Málaga
Tradução livre: Santa Igreja

Los hombres de confianza del Papa

Benedicto XVI se fía ciegamente sólo de dos personas: Georg Gänswein y Tarcisio Bertone. Se equivoca quien piensa que el nombramiento de Prefecto de la Casa Pontificia y la consiguiente elevación a la dignidad arzobispal del secretario particular del Papa ha debilitado al Secretario de Estado de Su Santidad. Así como se equivoca quien cree que el fortalecimiento de don Georg es el preludio a la sustitución, en los primeros meses del 2013, del cardenal Bertone. Es, en cambio, la señal opuesta.
 
Benedicto XVI, en el umbral de los ochenta y seis años, como todas las personas de edad avanzada, difícilmente cambiará a los colaboradores más cercanos, es decir, el secretario particular y el Secretario de Estado. Es obvio que esta línea de pensamiento puede ser puesta en discusión en cualquier momento, pero sólo si ocurren episodios como el que ha llevado a la destitución del ex –mayordomo del Papa, Paolo Gabriele. Si don Georg y el cardenal Bertone confirman su fidelidad a Benedicto XVI, como es bastante creíble y previsible, no habrá cambios para ellos. Más aún, con el fortalecimiento del secretario particular de Ratzinger, sale fortalecido también el Secretario de Estado vaticano.

El mensaje es claro: confianza confirmada por parte de Benedicto XVI a don Georg y a Bertone porque ellos son inocentes en el asunto Vatileaks. Con resignación de los cuervos que habían hecho de los principales colaboradores del Papa los objetivos declarados explícitamente. Lo que hace reflexionar es que, a diferencia de su directo predecesor, el actual cardenal de Cracovia Stanislaw Dziwisz, por cuarenta años junto a Karol Wojtyla, don Georg ha asociado en su persona tanto la responsabilidad de la secretaría particular del Papa como la de la Prefectura de la Casa Pontificia. Esto no ocurrió con Juan Pablo II y su don Stanislao cuando, en 1998, este último fue elevado por el Papa polaco a la dignidad episcopal. Dziwisz, de hecho, mantuvo el rol de secretario particular de Wojtyla pero le fue confiado también el de Prefecto adjunto de la Casa Pontificia, junto al responsable de la estructura, el nuevo cardenal y arcipreste de la Basílica de San Pablo Extramuros, James Michael Harvey.

Hay luego algunas voces que quisieran acreditar el inminente retiro anticipado del cardenal Angelo Comastri, debido a causas de salud, que debería dejar los tres cargos de Arcipreste de la Basílica Vaticana, Presidente de la Fábrica de San Pedro y Vicario general de Su Santidad para la Ciudad del Vaticano. En su lugar se menciona el nombre del actual Arzobispo de Nápoles, el cardenal Crescencio Sepe, compañero de estudios y coetáneo de Comastri. Estos rumores son totalmente privados de fundamento. Y están motivadas exclusivamente por el deseo de algunos de crear desorden en los Sagrados Palacios. Pero quien decide es solamente el Papa.
 
 
Fuente: Orticalab

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

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