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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Missa Solene em Frederico Westphalen: entrega do título de Monsenhor ao Cônego Leonir A. Fainello

 Neste domingo, 13, uma solene Missa estacional foi celebrada na catedral Santo Antonio em Frederico Westphalen. O Rvmo Monsenhor Leonir Agostinho Fainello recebeu oficialmente das mãos de Dom Antonio o título de Monsenhor Capelão de Sua Santidade. Dom Antonio aproveitou a solenidade para usar a nova casula romana, que ganhou de presente de aniversário de posse. Além disso um detalhe a ser observado: as luvas pontificais. Apesar de permitido, os bispos não as usam mais. Dom Antonio se serviu da ocasião para pô-las em uso. Vejam algumas  fotos abaixo:













II ENCONTRO SUMMORUM PONTIFICUM DO BRASIL

Aproxima-se o dia 15 de novembro quando terá início o
II Encontro Sacerdotal Summorum Pontificum
promovido pela Arquidiocese do Rio
e pela Administração Apostólica São João Maria Vianney.

Por isso pedimos aos nossos leitores que intensifiquem as suas orações para que este encontro traga muitos frutos para a Igreja Católica no Brasil especialmente no diz respeito à aplicação das diretivas e dos exemplos dados pelo Papa Bento XVI contribuindo para o crescimento de um Novo Movimento Litúrgico que nos faça viver o verdadeiro espírito da liturgia.


http://subsidioliturgico.blogspot.com/2011/11/rezemos-pelo-ii-encontro-sacerdotal.html

domingo, 13 de novembro de 2011

La storia della mitra damascata

La mitra, scrive il p. Bonarmi, sebbene sia un distintivo proprio della dignità vescovile, si usa anche dai cardinali per privilegio loro conceduto in un colla porpora nel concilio I di Lione da Innocenzo IV, innalzato al sommo pontificato nell'1243.

Il Garampi stima che i cardinali godano l'uso della mitra fino da s.Leone IX creato nell'1049, esprimendosi con queste parole nel concederla agli arcivescovi di Treveri: "Romana mitra caput vestrum insignimus, qua et vos et successores vestri in ecclesiasticis officiis more romano semper utamini, semperque vos esse romanae sedis discipulos reminiscamini".
I cardinali vescovi e preti usano della mitra preziosa e di lama d'oro nelle messe pontificali nei loro titoli; nelle messe poi cantate dai medesimi nelle cappelle papali in luogo dell' aurifrigiata usano quella di damasco bianco, che ora descriveremo. In altre funzioni, fuori la cappella papale, usano la mitra o preziosa, o aurifrigiata, o semplice, a seconda della qualità delle funzioni stesse. Della semplice, la quale è di damasco bianco, come accennammo, con frangia di seta rossa nelle vitte, avente un tessuto speciale nel drappo, che da'tappezzieri e ricamatori chiamasi la pigna, coprono il capo negli offici che celebrarci pei defonti, ed allorchè assistono ai pontificali del papa, in luogo della berretta.

L'Incoronazione di Carlo Magno, 1516-1517, Raffaelo Sanzio e bottega, Stanza dell'Incendio di Borgo, Stanze Vaticane. Il Pontefice (ritratto di Papa Leone X) è circondato da cardinali e vescovi. I primi si riconoscono grazie alla particolare damascatura della mitria.
Nè fu già questo distintivo per i soli cardinali dell' ordine vescovile e presbiterale, ma fu anche comune ai cardinali dell' ordine dei diaconi. Celestino III creando cardinale circa il 1192 s. Alberto che fu vescovo di Liegi, dell' ordine diaconale, gl'impose la mitra [...]. Più chiara testimonianza di tal prerogativa se ne ha in due sigilli di cardinali diaconi dell' 1214 e 1290 colla mitra in capo [...].

E perchè i cardinali diaconi, ancorchè insigniti del carattere vescovile, come si è qualche volta verificato, non vestono mai gli abiti pontificali nelle loro diaconie, così non hanno neppure l'uso della mitra preziosa, e di quella di lama d'oro. É a questi però comune il distintivo della mitra damascena, quando assistono coi cardinali vescovi e preti alle funzioni che si fanno dal papa.

Coteste funzioni papali, nelle quali in un cogli abiti sacri del colore conveniente usano della mitra damascena gli eminentissimi padri, sono attualmente i pontificali che si fanno nel corso dell' anno dal supremo gerarca, le distribuzioni delle candele nel giorno della purificazione della [...] Vergine, delle ceneri, degli Agnus Dei nel sabato in albis, e delle Palme nella domenica di questa appellazione.

Riferisce il Rinaldi all'anno 1464, che la mitra di seta bianca a lavoro di damasco fu agli eminentissimi porporati per la prima volta conceduta in luogo della berretta da Paolo II a distinzione degli altri prelati. Quindi bene a ragione di questa mitra devono scoprirsi il capo nella messa che solennemente pontifica il sommo pontefice nell' anniversaria solennità del natale del divino Redentore, restando col capo scoperto in ginocchio per tutto il tempo che dura il canto del versetto - Et incarnatus est -, mentre il papa, come viene prescritto dal cerimoniale de' vescovi, genuflette col capo coperto di mitra: "Episcopus cum mitra apud sedem suam, et ceteri in propriis locis genuflectere debent usque ad terram hac nocte, et die sequenti in missa maiori, prout etiara in die annunciationis".

[...] la mitra, sia che si consideri come ornamentum, sia che si consideri come operimentum del capo, deve dai cardinali, come senato del pontefice, e da quanti ne hanno l'uso, togliersi dal capo nell'inginocchiare, allorchè cantasi dai cappellani cantori - Et incarnatus est - nella messa pontificata dal papa nell'anniversaria solennità della nascita di N. S. G., e perchè non può dirsi che essi pontifichino, il che sarebbe assurdo, in un col papa, e perchè non può dirsi che la mitra in quella sacra cerimonia, tenendosi in luogo della berretta, sia un compimento degli abiti pontificali che non adoperano. In questo mio sentimento mi sono sempre più conconfermato dopo letto il cerimoniale di Paride Grassi. Questo chiarissimo scrittore nel titolo - De missa maiore, papa celebrante - ci fa sapere che cum cantatur a choro Et incarnatus est, papa cum mitra caput versus altare humiliter inclinat. Cardinales autem et alii omnes genuflectunt sine mitris, quousque cantatum sit et homo factus est. Quo cantato omnes surgunt a genibus et sedent.
I cadaveri dei cardinali vescovi, preti, e diaconi si espongono colla mitra damascena, e con questa si seppelliscono.
Tratto da: Sacris Solemniis

sábado, 12 de novembro de 2011

São Francisco sobre o Sacerdócio

 
 
 
 
"O Senhor me deu tanta fé nos sacerdotes que vivem segundo a santa
 
Igreja Romana, por causa de sua ordenação, que, mesmo se eles me
 
perseguissem, recorreria a eles. E a todos hei de respeitar, amar e
 
honrar, como a meus senhores. Nos sacerdotes não quero considerar
 
pecado algum, porque neles reconheço o Filho de Deus e eles são
 
meus senhores. E isto faço porque do mesmo altíssimo Filho de Deus
 
nada vejo corporalmente neste mundo senão o seu santíssimo Corpo
 
e Sangue, que eles consagram e somente eles administram aos
 
demais"

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Canção Nova, escândalo novo: deputado petista, gayzista e perseguidor da Igreja estréia programa!


A TV Canção Nova acaba de lançar seis novos programas. Assim informa o seu próprio sítio: “Segundo o diretor artístico da emissora, Gilberto Maia, as produções terão formato diferenciado e serão inovadoras no estilo e no conteúdo, com o intuito de atender a todos os públicos".

Todos os públicos mesmo. Ao lado de um “conservador” “Pergunte e responderemos”, do sempre passivo Felipe Aquino, foi lançado, entre outros, o programa “Justiça e Paz“, que vai ao ar nas quintas-feiras, das 23:30 à meia-noite.

E quem são as grandes estrelas do novo show?

Deixemos que fale a assessoria de imprensa da Canção Nova: “O bispo de Jales (SP), Dom Demétrio Valentini e o sociólogo Edinho Silva vão discutir temas sociais a partir da doutrina social da Igreja, contida no Catecismo da Igreja Católica. Entrarão em pauta assuntos como democracia, saúde [ndr: aborto? afinal, para eles é questão de saúde pública...], educação, greves, sindicatos e liberdade religiosa“.

O Epíscopo-vermelho de Jales todos conhecem. Do ignóbil episcopado brasileiro, é o que há de mais abjeto. Mas, quem é Edinho Silva?

Um leitor de Araraquara, conterrâneo do sociólogo, informa: Edinho Silva é Deputado Estadual em São Paulo pelo PT. E continua: “Quando prefeito de Araraquara, iniciou a revolução homossexual com a semana do orgulho homossexual com palestras e passeatas” [Prova disso está na página da web do Deputado].

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Santo Padre sobre o Sacerdócio


"O convite do Senhor para o ministério não é fruto de mérito especial, mas é um dom a ser acolhido que se corresponde dedicando-se não apenas a um projeto individual, mas ao de Deus, totalmente generoso e desinteressado", disse o Papa. "Nunca devemos esquecer - como sacerdotes - que a única subida legítima rumo ao ministério do pastor não é aquela do sucesso, mas a da Cruz."

Por fim, o Santo Padre encorajou os sacerdotes a viverem como servos, tanto no sentido de ser modelo para os fiéis como servos dos sacramentos.
"É uma vida, então, profundamente marcada por estes serviços: o atencioso cuidado com o rebanho, a celebração fiel da liturgia, e pela prontidão para com todos os irmãos, especialmente os pobres e necessitados", disse o Santo Padre.

"Ao viver essa caridade pastoral no modelo de Cristo e com Cristo, em qualquer lugar que o Senhor chamar, cada sacerdote poderá realizar plenamente a si mesmo e sua vocação".

S.S.Bento XVI

MATER ET CAPVT


Dentre as ricas e grandiosas em que se celebram majestosamente as cerimônias do culto após as perseguições, destaca-se logo no primeiro plano aquela cuja dedicação memoramos.

Situada no Monte Célio, o Palácio Lateranense pertencia então a Fausta, mulher de Constantino.Depois de se converter, o imperador legou-a ao Papa para domicílio privado, fundando anexa ao palácio a Igreja do Latrão que se tornou Mãe e Cabeça de todas as igrejas do mundo.

sábado, 5 de novembro de 2011

Bento XVI celebra missa pelos cardeais e bispos defuntos


O Santo Padre Bento XVI,celebrou nesta quinta feira, 03 de novembro, missa pelos cardeais e bispos que no último ano, "concluíram suas peregrinações terrenas", Urbano Navarrete, S.I.,Michele Giordano, Varkey Vithayathil, C.SS.R., Giovanni Saldarini, Augustín García-Gasco Vicente, Georg Maximilian Sterzinsky, Kazimierz Swiatek, Virgílio Noè, Aloysius Matthew Ambroziac e Andrzej Maria Deskur, convidando a rezar, animados pela fé na vida e no mistério da comunhão dos santos.Em sua homilia fez reflexões sobre a ressurreição de Jesus, o mistério de sua morte e o despertar de sua vida imortal.

Nossos pensamentos e sentimentos diante da morte

" Jesus foi ao encontro da paixão, com decisão pegou a via da cruz; Ele falava abertamente aos seus discípulos sobre aquilo que deveria acontecer em Jerusalém", e continuou:" O filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão; e morto ele, ressucitará ao terceiro dia".(Mc, 9:31) e seus discípulos não entendiam esta palavra e receavam interrogá-lo. "Nós também diante da morte, não podemos não provar os sentimentos e pensamentos ditados em nossa condiçã humana. E assim se faz próximo a nós e nos surpreende."Cristo assume até o fim nossa carne imortal para que essa seja investida da gloriosa potência de Deus, do vento do Espírito vivificante que a transforma e regenera."

A morte de Cristo como fonte de vida

" Deus versou todo seu amor, como uma imensa cascata, que nos lembra a imagem contida no salmo 41: Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as ondas e vagas têm passado sobre mim. O abismo da morte é preenchido de um outro abismo, ainda maior, que é aquele do amor de Deus, assim a morte não tem mais nenhum poder sobre Jesus Cristo (Rm 8,9), nem sobre aqueles que, pela fé e pelo Batismo, estão asociados a Ele: Se morremos com Cristo -diz São Paulo- acreditamos que também viveremos com ele (Rm 8,8). Este " Viver com Jesus" é o cumprimento da esperança de Oséias: "...e nós viveremos na sua presença" (6,2).

A graça e a fidelidade

" O intervento de Deus na história humana não obedece a nenhum ciclo natural, abedece somente à sua graça e sua fidelidade. A vida nova e eterna é fruto da árvore da cruz, uma árvore que floresce e frutifica pela luz e pela força que provém somente de Deus. Sem a cruz de Cristo, toda a energia da natureza permanece impotente diante da força negativa do pecado."

E terminou pedindo por intercessão de Nossa Senhora: "...que este mistério de comunhão, que preencheu toda a existência deles, se cumpra plenamente em cada um."

De: http://www.zenit.org/article-29170?l=portuguese

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Comemoração dos Fiéis Defuntos


A Morte do Justo e a Morte do Pecador

"[...] Mas se morrermos com Cristo, temos fé que também viveremos com Ele, sabendo que Cristo, uma vez ressuscitado dentre os mortos, já não morre, a morte não tem mais domínio sobre ele.Porque, morrendo, ele morreu para o pecado uma por todas; vivendo, ele vive para Deus.Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus em Cristo Jesus [...]"(Rm 6,8-11).

Sabemos que ao morrermos teremos um lugar reservado no Céu, cabe somente a nós irmos ou não.Se tivermos fé ressuscitaremos com Cristo, e viveremos para sempre com Ele e NEle, porque a morte não terá domínio nenhum sobre o nosso Deus. Ao sermos batizados nós morremos com Cristo, e ressuscitamos ao mesmo tempo, ou seja, morremos para o pecado e renascemos para a vida eterna. Após a Ressurreição de Nosso Senhor, as portas do Céu foram abertas para nós, em seu amor poderemos ser salvos.


"[...]Portanto, que o pecado não impere mais em vosso corpo mortal, sujeitando-vos às suas paixões; nem entregueis vossos membros, como armas de injustiça, ao pecado; pelo contrário, oferecei-vos a Deus como vivos provindos dos mortos e oferecei vossos membros como armas de justiça a serviço de Deus. E o pecado não vos dominará, porque não estais debaixo da Lei,mas sob a graça.E daí? Vamos pecar, porque não estamos mais debaixo da Lei mas sob a graça?De modo algum![...]Porque o salário do pecado é a morte, e a graça de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.[...]".(Rm 6,12-15;23)

A Libertação do cristão, que Paulo fala, significa a libertação pela morte, pois a morte liberta da vida anterior e de suas servidões.Unido pela fé e pelo batismo ao Cristo morto e ressuscitado, o cristão está morto ao pecado, para viver sob a graça do Espírito Santo.Da mesma forma que o liberto pertence a seu novo senhor, assim também o cristão ressuscitado em Cristo não vive mais para si mesmo, mas para Cristo e para Deus.O cristão está morto para a Lei, como para o pecado, pelo "corpo de Cristo", morto e ressuscitado.

A Palavra do Senhor confirma esta Tradição pois "santo e piedoso o seu pensamento; e foi essa a razão por que mandou que se celebrasse pelos mortos um sacrifício expiatório, para que fossem absolvidos de seu pecado" (2 Mc 2, 45). Assim é salutar lembrarmos neste dia, que "a Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que écompletamente distinta do castigo dos condenados" (Catecismo da Igreja Católica).

Portanto, a alma que morreu na graça e na amizade de Deus, porém necessitando de purificação, assemelha-se a um aventureiro caminhando num deserto sob um sol escaldante, onde o calor é sufocante, com pouca água; porém enxerga para além do deserto, a montanha onde se encontra o tesouro, a montanha onde sopram brisas frescas e onde poderá descansar eternamente; ou seja, "o Céu não tem portas" (Santa Catarina de Gênova), mas sim uma providencial 'ante-sala'.


"As almas do Purgatório, diz o Concílio de Trento, podem ser socorridas com os sufrágios dos fiéis e de modo particularmente eficaz com a Santa Missa".A razão disto reside no fato que no Sacrifício, o sacerdote oferece ao Pai debaixo das espécies eucarísticas, a Deus oficialmente o resgate das almas, quer dizer, o Sangue de Jesus Cristo, e em que o mesmo Senhor Jesus Cristo se oferece ao Pai no ato da Missa, salva as almas que padecem no Purgatório, dando-lhes o refrigério da luz e da paz.


Não há pois dia, em que a Igreja não recorde dos fiéis defuntos.Visitemos os cemitérios neste dia, pedindo a Deus que se complete para os nossos mortos a vitória sobre o pecado e som a morte, e que no dia final sobre o tocar das trombetas, ressurjam revestidos de glória imortal para cantar os louvores de Deus para sempre.

"Ó meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno. Levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem! Amém!"

terça-feira, 1 de novembro de 2011

FESTA DE TODOS OS SANTOS


"Hoje celebramos a Solenidade de todos os Santos. Na luz de Deus, recordamos todos aqueles que deram testemunho de Cristo durante a sua vida terrena, esforçando-se por praticar os Seus ensinamentos. Alegramo-nos com estes nossos irmãos e irmãs que nos precederam, percorrendo o mesmo caminho que nós percorremos e que agora, na glória do Céu, recebem a recompensa merecida.

São aqueles que, segundo a expressão do Apocalipse, "vieram da grande tribulação; lavaram as suas roupas e as branquearam no sangue do Cordeiro" (7, 14). Eles souberam caminhar contra a corrente, seguindo o "sermão da montanha" como norma inspiradora da sua vida: pobreza de espírito e simplicidade de vida; mansidão e não-violência; arrependimento dos pecados cometidos e expiação pelos pecados dos outros; fome e sede de justiça; misericórdia e paixão; pureza de coração; compromisso em favor da paz; e sacrifício pela justiça (cf. Mt 5, 3-10).

Cada cristão é chamado à santidade, ou seja, a viver as Bem-Aventuranças. Como exemplo para todos, a Igreja indica os irmãos e as irmãs que se distinguiram nas virtudes e foram instrumentos da graça divina. Hoje, comemoramo-los todos juntos para que, com a sua ajuda, possamos crescer no amor de Deus e ser "sal da terra e luz do mundo" (cf. Mt 5, 13-14).

A comunhão dos Santos ultrapassa o limiar da morte. Trata-se de uma comunhão que tem o seu centro em Deus, o Deus dos vivos (cf. Ibid., 22, 32). Lemos no Livro do Apocalipse: "Felizes os mortos que desde agora morrem no Senhor" (cf. 14, 13). Precisamente a Solenidade de todos os Santos enche de significado a comemoração de todos os defuntos, que celebraremos amanhã. Trata-se de um dia de oração e de profunda reflexão sobre o mistério da vida e da morte. "Deus não é o autor da morte" afirmam as Escrituras dado que "Ele criou tudo para a existência" (Sb 1, 13-14). "Por inveja do demónio é que a morte entrou no mundo e prová-la-ão os que pertencem ao demónio" (Ibid., 2, 24)."


Beato João Paulo II, na solenidade de Todos os Santos de 2001.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Os jovens aos pés do Redentor

Ontem, Domingo de Cristo Rei, no calendário tradicional, um grupo de leigos, por ideia e apoio do Salvem a Liturgia, promoveu a I Peregrinação da Juventude Católica ao Cristo Redentor, no Corcovado, Rio de Janeiro. A data foi escolhida para reafirmar nosso desejo de que Cristo seja o Rei de nossa nação, e que o Brasil fique mesmo a Seus pés.


Texto e Fotos de: Salvem a Liturgia

domingo, 30 de outubro de 2011

Tú Reinarás


Tú reinarás, este es el grito

que ardiente exhala nuestra fe
Tú reinarás, oh Rey Bendito
pues tú dijiste ¡Reinaré!

Reine Jesús por siempre
Reine su corazón,
en nuestra patria, en nuestro suelo
es de María, la nación

Tu reinarás, dulce esperanza,
que al alma llena de placer;
habrá por fin paz y bonanza,
felicidad habrá doquier

Tu reinaras, dichosa Era,
dichoso pueblo con tal Rey
será tu cruz nuesta bandera,
y tu Evangelio nuestra Ley

Tu reinarás en este suelo,
te prometemos nuestro amor,
Oh buen Jesús, danos consuelo
en este valle de dolor

Tú reinarás, Reina y ahora,
en esta casa y población
ten compasión del que implora
y acude a ti en la aflicción.

Tú reinarás toda la vida
trabajaremos con gran fe
en realizar y ver cumplida
la gran promesa: ¡Reinaré!


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Discurso de Bento XVI em Assis


Queridos irmãos e irmãs,
distintos Chefes e representantes das Igrejas e Comunidades eclesiais e das religiões do mundo,
queridos amigos,

Passaram-se vinte e cinco anos desde quando pela primeira vez o beato Papa João Paulo II convidou representantes das religiões do mundo para uma oração pela paz em Assis. O que aconteceu desde então? Como se encontra hoje a causa da paz? Naquele momento, a grande ameaça para a paz no mundo provinha da divisão da terra em dois blocos contrapostos entre si. O símbolo saliente daquela divisão era o muro de Berlim que, atravessando a cidade, traçava a fronteira entre dois mundos. Em 1989, três anos depois do encontro em Assis, o muro caiu, sem derramamento de sangue. Inesperadamente, os enormes arsenais, que estavam por detrás do muro, deixaram de ter qualquer significado. Perderam a sua capacidade de aterrorizar. A vontade que tinham os povos de ser livres era mais forte que os arsenais da violência. A questão sobre as causas de tal derrocada é complexa e não pode encontrar uma resposta em simples fórmulas. Mas, ao lado dos fatores económicos e políticos, a causa mais profunda de tal acontecimento é de caráter espiritual: por detrás do poder material, já não havia qualquer convicção espiritual. Enfim, a vontade de ser livre foi mais forte do que o medo face a uma violência que não tinha mais nenhuma cobertura espiritual. Sentimo-nos agradecidos por esta vitória da liberdade, que foi também e sobretudo uma vitória da paz. E é necessário acrescentar que, embora neste contexto não se tratasse somente, nem talvez primariamente, da liberdade de crer, também se tratava dela. Por isso, podemos de certo modo unir tudo isto também com a oração pela paz.

Mas, que aconteceu depois? Infelizmente, não podemos dizer que desde então a situação se caracterize por liberdade e paz. Embora a ameaça da grande guerra não se aviste no horizonte, todavia o mundo está, infelizmente, cheio de discórdias. E não é somente o facto de haver, em vários lugares, guerras que se reacendem repetidamente; a violência como tal está potencialmente sempre presente e caracteriza a condição do nosso mundo. A liberdade é um grande bem. Mas o mundo da liberdade revelou-se, em grande medida, sem orientação, e não poucos entendem, erradamente, a liberdade também como liberdade para a violência. A discórdia assume novas e assustadoras fisionomias e a luta pela paz deve-nos estimular a todos de um modo novo.


Procuremos identificar, mais de perto, as novas fisionomias da violência e da discórdia. Em grandes linhas, parece-me que é possível individuar duas tipologias diferentes de novas formas de violência, que são diametralmente opostas na sua motivação e, nos particulares, manifestam muitas variantes. Primeiramente temos o terrorismo, no qual, em vez de uma grande guerra, realizam-se ataques bem definidos que devem atingir pontos importantes do adversário, de modo destrutivo e sem nenhuma preocupação pelas vidas humanas inocentes, que acabam cruelmente ceifadas ou mutiladas. Aos olhos dos responsáveis, a grande causa da danificação do inimigo justifica qualquer forma de crueldade. É posto de lado tudo aquilo que era comummente reconhecido e sancionado como limite à violência no direito internacional. Sabemos que, frequentemente, o terrorismo tem uma motivação religiosa e que precisamente o caráter religioso dos ataques serve como justificação para esta crueldade monstruosa, que crê poder anular as regras do direito por causa do «bem» pretendido. Aqui a religião não está ao serviço da paz, mas da justificação da violência.

A crítica da religião, a partir do Iluminismo, alegou repetidamente que a religião seria causa de violência e assim fomentou a hostilidade contra as religiões. Que, no caso em questão, a religião motive de facto a violência é algo que, enquanto pessoas religiosas, nos deve preocupar profundamente. De modo mais subtil mas sempre cruel, vemos a religião como causa de violência também nas situações onde esta é exercida por defensores de uma religião contra os outros. O que os representantes das religiões congregados no ano 1986, em Assis, pretenderam dizer – e nós o repetimos com vigor e grande firmeza – era que esta não é a verdadeira natureza da religião. Ao contrário, é a sua deturpação e contribui para a sua destruição. Contra isso, objeta-se: Mas donde deduzis qual seja a verdadeira natureza da religião? A vossa pretensão por acaso não deriva do facto que se apagou entre vós a força da religião? E outros objetarão: Mas existe verdadeiramente uma natureza comum da religião, que se exprima em todas as religiões e, por conseguinte, seja válida para todas? Devemos enfrentar estas questões, se quisermos contrastar de modo realista e credível o recurso à violência por motivos religiosos. Aqui situa-se uma tarefa fundamental do diálogo inter-religioso, uma tarefa que deve ser novamente sublinhada por este encontro. Como cristão, quero dizer, neste momento: É verdade, na história, também se recorreu à violência em nome da fé cristã. Reconhecemo-lo, cheios de vergonha. Mas, sem sombra de dúvida, tratou-se de um uso abusivo da fé cristã, em contraste evidente com a sua verdadeira natureza. O Deus em quem nós, cristãos, acreditamos é o Criador e Pai de todos os homens, a partir do qual todas as pessoas são irmãos e irmãs entre si e constituem uma única família. A Cruz de Cristo é, para nós, o sinal daquele Deus que, no lugar da violência, coloca o sofrer com o outro e o amar com o outro. O seu nome é «Deus do amor e da paz» (2 Cor 13,11). É tarefa de todos aqueles que possuem alguma responsabilidade pela fé cristã, purificar continuamente a religião dos cristãos a partir do seu centro interior, para que – apesar da fraqueza do homem – seja verdadeiramente instrumento da paz de Deus no mundo.

Se hoje uma tipologia fundamental da violência tem motivação religiosa, colocando assim as religiões perante a questão da sua natureza e obrigando-nos a todos a uma purificação, há uma segunda tipologia de violência, de aspeto multiforme, que possui uma motivação exatamente oposta: é a consequência da ausência de Deus, da sua negação e da perda de humanidade que resulta disso. Como dissemos, os inimigos da religião veem nela uma fonte primária de violência na história da humanidade e, consequentemente, pretendem o desaparecimento da religião. Mas o «não» a Deus produziu crueldade e uma violência sem medida, que foi possível só porque o homem deixara de reconhecer qualquer norma e juiz superior, mas tomava por norma somente a si mesmo. Os horrores dos campos de concentração mostram, com toda a clareza, as consequências da ausência de Deus.
Aqui, porém, não pretendo deter-me no ateísmo prescrito pelo Estado; queria, antes, falar da «decadência» do homem, em consequência da qual se realiza, de modo silencioso, e por conseguinte mais perigoso, uma alteração do clima espiritual. A adoração do dinheiro, do ter e do poder, revela-se uma contrarreligião, na qual já não importa o homem, mas só o lucro pessoal. O desejo de felicidade degenera num anseio desenfreado e desumano como se manifesta, por exemplo, no domínio da droga com as suas formas diversas. Aí estão os grandes que com ela fazem os seus negócios, e depois tantos que acabam seduzidos e arruinados por ela tanto no corpo como na alma. A violência torna-se uma coisa normal e, em algumas partes do mundo, ameaça destruir a nossa juventude. Uma vez que a violência se torna uma coisa normal, a paz fica destruída e, nesta falta de paz, o homem destrói-se a si mesmo.

A ausência de Deus leva à decadência do homem e do humanismo. Mas, onde está Deus? Temos nós possibilidades de O conhecer e mostrar novamente à humanidade, para fundar uma verdadeira paz? Antes de mais nada, sintetizemos brevemente as nossas reflexões feitas até agora. Disse que existe uma conceção e um uso da religião através dos quais esta se torna fonte de violência, enquanto que a orientação do homem para Deus, vivida retamente, é uma força de paz. Neste contexto, recordei a necessidade de diálogo e falei da purificação, sempre necessária, da vivência da religião. Por outro lado, afirmei que a negação de Deus corrompe o homem, priva-o de medidas e leva-o à violência.
Ao lado destas duas realidades, religião e antirreligião, existe, no mundo do agnosticismo em expansão, outra orientação de fundo: pessoas às quais não foi concedido o dom de poder crer e todavia procuram a verdade, estão à procura de Deus. Tais pessoas não se limitam a afirmar «Não existe nenhum Deus», mas elas sofrem devido à sua ausência e, procurando a verdade e o bem, estão, intimamente estão a caminho d’Ele. São «peregrinos da verdade, peregrinos da paz». Colocam questões tanto a uma parte como à outra. Aos ateus combativos, tiram-lhes aquela falsa certeza com que pretendem saber que não existe um Deus, e convidam-nos a tornar-se, em lugar de polémicos, pessoas à procura, que não perdem a esperança de que a verdade exista e que nós podemos e devemos viver em função dela. Mas, tais pessoas chamam em causa também os membros das religiões, para que não considerem Deus como uma propriedade que de tal modo lhes pertence que se sintam autorizados à violência contra os demais. Estas pessoas procuram a verdade, procuram o verdadeiro Deus, cuja imagem não raramente fica escondida nas religiões, devido ao modo como eventualmente são praticadas. Que os agnósticos não consigam encontrar a Deus depende também dos que creem, com a sua imagem diminuída ou mesmo deturpada de Deus. Assim, a sua luta interior e o seu interrogar-se constituem para os que creem também um apelo a purificarem a sua fé, para que Deus – o verdadeiro Deus – se torne acessível. Por isto mesmo, convidei representantes deste terceiro grupo para o nosso Encontro em Assis, que não reúne somente representantes de instituições religiosas. Trata-se de nos sentirmos juntos neste caminhar para a verdade, de nos comprometermos decisivamente pela dignidade do homem e de assumirmos juntos a causa da paz contra toda a espécie de violência que destrói o direito. Concluindo, queria assegura-vos de que a Igreja Católica não desistirá da luta contra a violência, do seu compromisso pela paz no mundo. Vivemos animados pelo desejo comum de ser «peregrinos da verdade, peregrinos da paz».

Bento XVI (tradução para português publicada pelo Vaticano) – Fonte: Agência Ecclesia
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