Páginas

sábado, 17 de julho de 2010

Ave Maris Stella

Nossa Senhora do Carmo (História)



Pelo ano de 1222, dois cruzados ingleses levaram para a Inglaterra, alguns Carmelitas que habitavam o Monte Carmelo. Um homem penitente, austero, logo se uniu a eles. Era Simão Stock. Consta que tivesse ele recebido um aviso de Nossa Senhora que viriam da Palestina Monges devotos de Maria e que deveria unir-se a eles. Vieram depois tantos Carmelitas para a Europa que foi preciso nomear um Superior Geral para os mesmos. Em 1245, foi ele eleito para desempenhar este cargo. Encontrou ele dificuldades quase insuperáveis. Mandou que os Carmelitas estudassem: isto gerou uma discórdia interna, pois não queriam os mais velhos que contemplativos estudassem. O clero secular revoltou-se contra eles e pediu a Roma sua supressão. Diante de tanta oposição, Simão Stock, com seus 90 anos, retirou-se para o mosteiro de Cambridge, no Ducado de Kent, e pedia a proteção de Maria. Orava ele em sua cela, quando viu um clarão, na noite de 16 de julho de 1251. Rodeada de anjos, Maria Santíssima entregou-lhe o Escapulário, dizendo-lhe: "Recebe, filho queridissimo, este Escapulário de tua Ordem: isto será para ti e todos os Carmelitas um privilégio. Quem morrer revestido dele não sofrerá o fogo eterno".

Desde aquele 16 de julho de 1251, Nossa Senhora do Carmo jamais deixou de amparar seus devotos, revestidos do Escapulário.

Passaram sete séculos, Milhões de cristãos, trouxeram o Escapulário de Maria.

É verdade que aqui e acolá surgem vozes, negando a aparição e, por consequência, a devoção devida a Maria.

O maior inimigo do Escapulário do Carmo foi o Anglicano Launoy, dizendo que é uma lenda. O livro de Launoy foi colocado no Índice dos Livros Proibidos. O papa Bento XIV, um dos mais sábios teólogos de todos os tempos, não se limitou apenas a condenar Launoy, mas disse claramente que só um desprezador da Religião podia negar a autenticidade da Visão do Escapulário. Apesar disto, o livro de Launoy continuou a ser citado e as dúvidas persistiram. Foi devido aos ataques que se fez um estudo mais apurado e se descobriu o livro, denominado "Viridarium", escrito em 1398 por Frei João Grossi, Superior Geral dos Carmelitas. Era um homem santo e letrado, célebre na Igreja pela atividade exercida para terminar com o Grande Cisma do Ocidente. Consultou os companheiros que conviveram com S. Simão Stock. Apresenta ele um Catálogo dos santos Carmelitas, dizendo que o nono é S. Simão Stock, o sexto superior geral da Ordem. Descreveu como aconteceu a aparição, a 16 de julho de 1251. Contou que São Simão Stock morreu em Bordeus, na França, quando visitava a Província de Vascônia em 1261.

Infelizmente, a biblioteca de Bordeus foi queimada um século depois da aparição de Nossa Senhora do Carmo, por funcionários municipais, por causa de uma peste, com medo da propagação do contágio.

Henrique VIII, rei da Inglaterra, ao se separar de Roma e, ao fundar a Igreja anglicana, mandou arrasar as bibliotecas católicas.

Um carmelita contemporâneo de São Simão Stock, que vivia na Palestina, escreveu um livro intitulado: "De multiplicatione Religionis Carmelitarum per Provinciais Syriae et Europae; et de perditione Monasteriorum Terrae Sanctae". Nesta obra, contava as terríveis perseguições e dissenções que arruinavam a Ordem do Carmo, antes da aparição de Nossa Senhora . Opinava ele que eram fomentadas por Satanás. Declarava ele que a Santíssima Virgem apareceu ao Prior Geral, São Simão Stock e que, após a Visão de Nossa Senhora do Carmo, o Papa não só aprovara a Ordem, mas ordenara que se empregassem censuras eclesiásticas contra todo aquele que, daí em diante, fosse contra os Carmelitas. O Papa mandou cartas a todos os Arcebispos e Bispos, exortando-os a tratar com mais caridade e consideração os seus amados irmãos Carmelitas e permitissem a construção de mosteiros adequados.

Um ano depois da aparição de Nossa Senhora do Carmo, o Rei da França, Henrique III, em 1252, publicou diplomas de proteção real à Ordem recentemente transplantada para o seu reino.

Em 1262, um ano após a morte de São Simão Stock, o Papa Urbano IV concedeu privilégios aos membros que compunham a Confraria do Carmo. Ora o Papa só dá privilégios a associações bem constituídas.

Quinze anos depois da morte de S. Simão Stock, ocorrida em 1261, foi sepultado em Arezzo, a 10 de janeiro de 1276, o Papa Gregório X, que governou a Igreja, desde 1271. Consta que antes de ser Papa usava o Escapulário. Em 1830 quando foi exumado seu corpo para ser colocado num relicário de prata, foi encontrado intacto o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, de seda de carmezim, com precioso bordado a ouro, como convinha ao Papa. Encontra-se, hoje, no museu de Arezzo, como um dos tesouros. Este é o primeiro Escapulário pequeno conhecido na História.

Em 1820, numa Assembléia, em florença, Itália, os 40 Carmelitas reunidos falam do Escapulário, ocorrendo o mesmo, em julho de 1287, em Montpelier, França.

As constituições de 1324, 1357 e 1369 dizem que o Escapulário é o hábito especial da Ordem e que os Carmelitas devem usá-lo.

Diante disto, John Haffert diz: "Conclui-se, portanto, que a aparição da Santíssima Virgem a S. Simão Stock é, historicamente, ceríssima".

Uma vez demonstrada a historicidade da aparição de Nossa Senhora do Carmo, John Haffert analisa o cumprimento da Promessa de Maria, através dos sete séculos. Conta ele fatos e mais fatos ocorridos com o que, na vida, trouxeram o Escapulário de Nossa Senhora.

http://www.carmeloonline.com.br/

Nossa Senhora do Carmo



Nossa Senhora do Carmo é um título consagrado a Nossa Senhora, também conhecida por Nossa Senhora do Monte Carmelo. Este título apareceu por propósito de relembrar o convento construído em honra à Virgem Maria, nos primeiros séculos do Cristianismo, no Monte Carmelo, na Samaria.



Sua principal característica é carregar consigo o escapulário, que representa estar a serviço do reino de Deus e traz benefícios a quem assume este sinal e esta proposta como seus. Sua festa é comemorada em 16 de Julho.

sábado, 10 de julho de 2010

Benção de Pio XII

Férias de Bento XVI em Castel Gandolfo: oração, passeios e livros


Bento XVI passou seu primeiro dia de férias de verão na residência pontifícia de Castel Gandolfo, a cerca de 30 quilômetros de Roma.


Ao chegar, na tarde de ontem, a esse lugar de tranquilidade para os papas desde a época de Urbano VIII, Bispo de Roma de 1623 a 1644, disse aos fiéis reunidos: "Queridos amigos, nesta tarde começam as minhas férias e estou feliz por estar convosco, cercado pela beleza da criação e da história e pela vossa simpatia e amizade. Obrigado de todo coração, abençoo todos. Boa tarde e boa semana. Obrigado pela vossa presença e amizade".

O Papa permanecerá no palácio apostólico - ao invés de ir às montanhas do norte da Itália, como havia feito nos anos anteriores - até o final de setembro, interrompendo sua estadia com duas visitas apostólicas: no dia 5 de setembro, a Carpineto Romano (na província de Roma); e de 16 a 19 de setembro, ao Reino Unido.


Desfrutando da companhia do seu irmão, Pe. Georg, vindo da Baviera, o Pontífice aproveitará estas duas semanas para passear pelo jardim, rezando o terço, às vezes na companhia dos seus secretários, Pe. Georg Gaenswein, da Alemanha, e Pe. Alfred Xuereb, de Malta.

A presença em Castel Gandolfo lhe permitirá dedicar um amplo tempo à leitura e começar a escrever novas obras.

Em sua viagem a Sulmona, no domingo passado, ao almoçar com os bispos de Abruzos, o Papa antecipou que pretende dedicar-se a escrever um novo livro sobre a infância de Jesus. Ele já terminou o segundo volume de "Jesus de Nazaré", que atualmente se encontra em tradução.


Os jornalistas que acompanham o Papa também discutiam nestes dias sobre a possibilidade de que comece a escrever uma quarta encíclica sobre a fé, depois das outras duas dedicadas às virtudes teologais: o amor (Deus caritas est) e a esperança (Spe salvi).

Na vila pontifícia, colocou-se um piano de cauda para que o Papa possa interpretar peças do repertório clássico que tanto ele como seu irmão sacerdote apreciam particularmente, começando por Mozart.

O Papa também receberá a visita dos seus amigos, entre os quais se encontra seu secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, quem também lhe informará sobre questões importantes da vida da Igreja.

O próximo encontro público do Papa será no próximo domingo, 11 de julho, ao meio-dia, quando peregrinos do mundo inteiro se reunirão no pátio da residência pontifícia para rezar a oração mariana do Ângelus. As demais audiências públicas foram canceladas. A próxima audiência geral do Papa será no dia 4 de agosto.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Há 30 anos...


Fortaleza, 9 de Julho de 1980

Senhor Cardeal Aloísio Lorscheider, Arcebispo de Fortaleza,Meus caros Irmãos no Episcopado,Queridos irmãos e irmãs no Senhor,

1. A vós a graça e a paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo, que vos reuniu aqui no amor do seu Espírito para reavivar e confirmar a vossa Fé e a vossa Esperança neste encontro com o Papa, Cabeça visível da grande Família do Povo de Deus, a Igreja, à qual todos nós pertencemos.
Pisando o chão de Fortaleza e do Estado do Ceará, abençoado, já nos albores de sua evangelização, pelo martírio do Padre Jesuíta Francisco Pinto e pelo trabalho do Padre Luiz Figueira, o meu pensamento repassa, com profunda gratidão a Deus, os vossos quatro séculos de cristianismo. Depois, aberto a uma jubilosa confiança, ele se detém diante da realidade viva e palpitante desta Igreja e desta Cidade de Fortaleza, Capital do Estado do Ceará e Sede do Secretariado Regional Nordeste I, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Sinto-me muito feliz por este encontro com a vossa Cidade. Agradecendo as fraternas palavras de boas-vindas, dirijo a minha saudação, antes de tudo, ao Senhor Cardeal-Arcebispo, Dom Aloísio Lorscheider, que representa a unidade da Igreja Particular de Fortaleza, solidamente alicerçada em Cristo Jesus. Saúdo igualmente os Senhores Bispos aqui reunidos, vindos não só dos Estados vizinhos, mas do Brasil inteiro, para o X Congresso Eucarístico Nacional.
O meu pensamento se volta, a seguir, com deferência e gratidão, às Autoridades, pelos gestos de consideração e desvelo com que me acolheram. A elas faço votos de um frutuoso serviço para o bem de todo o povo da Capital e do Estado.
Saúdo com particular afeto os Sacerdotes, os Religiosos e as Religiosas de tantas Congregações, que partilham com dedicação e generosidade a obra de evangelização, assistência e promoção humana desta Igreja. Saúdo os queridos doentes, os que sofrem, os pobres. Saúdo os jovens e, com sentimentos de afeição especial, a centena de seminaristas do Seminário Regional, recentemente reaberto. Eles são a alegre esperança de uma comunidade de fiéis, pascal e dinâmica, empenhada em servir os mais pobres. Saúdo a todos e a cada um, e acolho num grande abraço todos quantos formam a Igreja peregrinante neste recanto da Terra Brasileira.

2. E agora, o meu coração se abre fraterno e amigo – como se abriu outrora o de Jesus para as multidões –, para este povo numeroso e festivo, congregado aqui para trazer-me as calorosas boas-vindas de Fortaleza. Queridos irmãos e irmãs, abraço-vos com profunda amizade e vos digo logo que, conhecendo a glória do vosso passado comprometido com os esforços em prol da Independência e da Abolição da Escravatura, conheço também os dotes do vosso coração: a acolhedora hospitalidade; a simplicidade de espírito; a atitude intrépida diante das lutas pela sobrevivência, exasperadas pela inclemência da natureza e aspereza do clima, que não chegaram a enfraquecer, mas, pelo contrário, deram novo vigor à vossa paciência, à vossa longanimidade, à vossa proverbial coragem.
Coragem, irmãos e irmãs, coragem sempre, fiéis ao espírito que deu origem à vossa Capital, nascida à volta da Fortaleza e Capela de Nossa Senhora da Assunção, que, desde os inícios, protegeu como Mãe as vossas famílias, o vosso trabalho e os vossos projetos. Para esta vossa Cidade se dirigem hoje os olhares de todos os brasileiros, porque está para ser inaugurado, em seu seio, um grandioso acontecimento de Fé, que atinge todos os fiéis da “Terra de Vera Cruz”: o X Congresso Eucarístico Nacional.

3. O Congresso Eucarístico é, antes de tudo, um grande e comunitário ato de Fé na presença e na ação de Jesus-Eucaristia, que permanece sacramentalmente conosco, para conosco percorrer os nossos caminhos, a fim de que possamos enfrentar, com a Sua força, os nossos problemas, canseiras e sofrimentos. Nutridos com o Corpo do Senhor, temos em nós a Vida (Cf. 1Jo 6, 53) e podemos com confiança trabalhar, no Seu Espírito e com o Seu Espírito, para tornar mais humana, mais digna e mais cristã a nossa convivência neste mundo. Os nossos caminhos devem ser os seus caminhos, os nossos métodos os seus métodos, os nossos pensamentos o seus pensamentos.
Unamo-nos desde agora em torno da Hóstia Consagrada, do Divino Peregrino entre os peregrinos, desejosos de receber d’Ele a inspiração e a força para fazer nossas as necessidades e as aspirações dos nossos irmãos migrantes, com aquele amor eficaz que animou o primeiro Bispo de Fortaleza, Dom Luiz Antônio dos Santos, benemérito fundador do Seminário e incansável apóstolo da caridade durante a grande seca de 1877-1879.
Queridos Irmãos e Irmãs, no sinal do Pão da Vida, que é Cristo, e na expectativa da Missa de


Abertura do Congresso Eucarístico, renovo a minha saudação cordial e amiga e vos dou a minha Bênção: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

Embrião deve ter direitos iguais aos de um ser humano assinalam bispos alemães


Os bispos alemães criticaram o Supremo Tribunal Federal, por aprovar um processo que, na fertilização «In Vitro», permite descartar embriões com dano genético. A discussão gira em torno do Diagnóstico Pré-Implantacional (DPI), um exame que pode ser utilizado, na fertilização "In Vitro", para diagnosticar nos embriões a existência de alguma doença genética, antes da implantação no útero da mãe. No caso de existirem anomalias, o embrião pode ser descartado, se for essa a vontade dos progenitores.


Segundo a nota da agência portuguesa Ecclesia, a Conferência Episcopal Alemã (em comunicado publicado na sua página oficial) criticou a decisão do Tribunal “que declarou que um ginecologista que implemente o DPI não pode ser acusado de violar a lei de proteção de um embrião”.

Os bispos referem que “a matança dos embriões que, após confirmação de dano genético já não são colocados de volta ao útero da mãe, não pode ser aceita contra a nossa própria ideia de ser humano”.

A aceitação do processo DPI, mesmo em pequena escala, é considerada pela Conferência Episcopal Alemã como “dizer que um embrião não é um ser humano”, reforçando que “não existem argumentos persuasivos que digam se, nesta fase, o embrião é mais ou menos pessoa”.

O processo DPI foi tema central no 20º Encontro da Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia, que reuniu, já este mês em Roma, médicos, enfermeiros, embriologistas, geneticistas, grupos de defesa dos pacientes e os próprios pacientes que se submetem ao exame.

Fonte:ACI

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Caminhai com Maria


A Imaculada Conceição de Maria constitui o sinal do amor gratuito do Pai, a expressão perfeita da redenção levada a cabo pelo Filho, o ponto de partida de uma vida totalmente disponível à ação do Espírito.


"Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade..." (Lc 1, 39). As palavras deste trecho evangélico fazem-nos vislumbrar, com os olhos do coração, a jovem de Nazaré a caminho da "cidade da Judeia", onde morava a sua prima, para lhe oferecer os seus serviços. Aquilo que nos surpreende acima de tudo, em Maria, é a sua atenção repleta de ternura pela sua parente idosa. Trata-se de um amor concreto, que não se limita a palavras de compreensão, mas que se compromete pessoalmente numa verdadeira assistência. À sua prima, a Virgem não dá simplesmente algo que lhe pertence; Ela dá-se a si mesma, sem nada exigir como retribuição. Ela compreendeu de maneira perfeita que, mais do que um privilégio, o dom recebido de Deus constitui um dever, que a empenha no serviço aos outros, na gratuidade que é própria do amor.


"A minha alma proclama a grandeza do Senhor..." (Lc 1, 46). No seu encontro com Isabel, os sentimentos de Maria brotam com vigor no cântico do Magnificat. Através dos seus lábios exprimem-se a expectativa repleta de esperança dos "pobres do Senhor", e a consciência do cumprimento das promessas, porque Deus "se recordou da sua misericórdia" (cf. Lc 1, 54).

É precisamente desta consciência que brota a alegria da Virgem Maria, que transparece no conjunto do cântico: alegria de saber que Deus "olha" para Ela, apesar da sua "fragilidade" (cf. Lc 1, 48); alegria em virtude do "serviço" que lhe é possível prestar, graças às "grandes obras" que o Todo-Poderoso realizou em seu favor (cf. Lc 1, 49); alegria pela antecipação das bem-aventuranças escatológicas, reservadas aos "humildes" e aos "famintos" (cf. Lc 1, 52-53).

Depois do Magnificat chega o silêncio; nada se diz acerca dos três meses da presença de Maria ao lado da sua prima Isabel. Talvez nos seja dita a coisa mais importante: o bem não faz ruído, a força do amor expressa-se na discrição tranquila do serviço quotidiano.


Queridos Amigos, para isto sabemos que podemos contar com Aquela que, sem jamais ter cedido ao pecado, é a única criatura perfeitamente livre. É a Ela que vos confio. Caminhai com Maria, ao longo do trajecto da plena realização da vossa humanidade!


Homilia do Santo Padre João Paulo II,na festa da Assunção de Nossa Senhora em Lourdes,2004

Porém, ele não quer fazê-lo sozinho !


[...]Porém, ele não quer fazê-lo sozinho, e assim, como na multiplicação dos pães, envolve também os discípulos: "Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu, pronunciou sobre eles a bênção, partiu-os deu-os aos discípulos para que os distribuíssem à multidão" (Lc 9, 16).

Este sinal milagroso é figura do maior mistério de amor que se renova cada dia na Santa Missa: mediante os ministros ordenados, Cristo dá o seu Corpo e o seu Sangue pela vida da humanidade. E quantos se nutrem dignamente à sua Mesa, tornam-se instrumentos vivos da sua presença de amor, de misericórdia e de paz.


"Lauda, Sion, Salvatorem...! Sião, louva o Salvador / o teu guia, o teu pastor / com hinos e cânticos". Com íntima emoção, ouvimos ressoar no coração este convite ao louvor e à alegria.[...]Contemplando Maria, compreenderemos melhor a força transformadora que a Eucaristia possui. Colocando-nos à escuta dela, encontraremos no mistério eucarístico a coragem e o vigor para seguir Cristo Bom Pastor e para O servir nos irmãos.


Homilia do Santo Padre João Paulo II,na Solenidade de Corpus Christi de 2004.

A Realidade da Santa Missa
















quarta-feira, 7 de julho de 2010

07.07.07 "Summorum Pontificum" 3 anos de Graça


Nonis Iulii (7.VII) anno Domini MMVII Litterae Apostolicae motu proprio datae "Summorum Pontificum" a Benedicto XVI Pontifice Maximo promulgantur, ex quibus finem ponitur ritus romani ueteris iniquae de facto proscriptioni ab instauratione liturgica qui post Concilium Oecumenicum Vaticanum alterum adueniit.




Vaticano salvou judeus durante nazismo, diz historiador

Parte III



Nova percepção sobre Pio XII



O chefe do Conselho da PTWF, Elliot Hershberg, afirmou que a Fundação "continuará a revelar tantos documentos quanto possível, pois tudo o que temos encontrado até agora parece indicar que a conhecida percepção negativa acerca de Pio XII é errada. Nós também acreditamos que muitos judeus que conseguiram deixar a Europa não tinham qualquer ideia de que seus vistos e documentos de viagem haviam sido obtidos por meio desses esforços do Vaticano".








Já o presidente da PTWF, Gary Krupp, disse que, "de acordo com nossa missão de identificar e eliminar obstáculos não teológicos entre as religiões, reconhecemos que o papado do Papa Pio XII transcorreu durante um período que impactou negativamente a bilhões de pessoas. PTWF comprometeu-se com o projeto de recuperação de documentos da época da guerra, para torná-los públicos, bem como muitos documentos e depoimentos de testemunhas oculares tanto quanto possível para trazer a verdade à luz. Até hoje, temos mais de 40 mil páginas de documentos, vídeos de testemunhas oculares, e artigos de notícias em nosso website para ajudar historiadores na pesquisa deste período".








O renomado estudioso professor Ronald Rychlak e autor do recém-reimpresso "Hitler, a Guerra e o Papa" disse: "PTWF identificou diversos documentos que comprovam as boas obras do Papa Pio XII e da Igreja Católica. Isso é outra confirmação daquelas boas obras. O aspecto mais importante deste documento é que ele mostra o que muitos de nós temos dito há muito tempo: esforços que parecem ter sido dirigidos para proteger apenas os judeus convertidos protegeram realmente os judeus, independentemente de serem convertidos ou não".
Só nos resta dizer: Obrigado Santidade !

Vaticano salvou judeus durante nazismo, diz historiador

Parte II

Papel decisivo

Um indício de que o futuro Papa Pio XII não se refere apenas a "judeus convertidos" é claramente revelado quando Pacelli solicita que os Arcebispos "cuidem de providenciar santuários para salvaguardar o bem-estar espiritual e proteger os cultos religiosos, costumes e tradições" - em latim: "ubi ipsis propria sint aedes sacra, propria schola et propria ea omnia quae ad religionis cultum, instituta et mores pertinent". De fato, os judeus convertidos na Alemanha nunca haviam tido quaisquer santuários, costumes ou tradições por conta própria. Com a sua conversão, eles apenas tornaram-se católicos normais.




Mais uma prova da real intenção dos pedidos do Vaticano surge a partir da leitura original das respostas dos bispos e Núncios ao pedido de Pacelli. Os bispos frequentemente se referem aos "judeus perseguidos", não aos "judeus convertidos" ou "católicos não arianos". Embora seja amplamente reconhecido pelos historiadores que Pacelli intercedeu para salvar milhares de "judeus convertidos", muitos baseiam suas conclusões com base em uma leitura superficial de cartas e documentos do Vaticano. Uma vez que muitas das críticas com relação a esse papado não aceitam a comprovada ameaça nazista contra o Estado do Vaticano e a vida do Papa Pio XII diretamente, elas parecem não entender que havia uma necessidade de envio de artifícios somente de modo criptografado ou verbal. Em muitos casos, os historiadores são ignorantes acerca da língua original do Vaticano, que às vezes usa o latim antigo para expressar o significado oculto de suas solicitações. "

"Altos funcionários do Vaticano verificaram para nós que os termos católicos não arianos, não arianos, judeus católicos significavam realmente judeus. Fomos informados de que se os documentos fossem interceptados, tal artifício não levantaria uma bandeira vermelha com relação à concordata assinada em 1933, que especificamente providenciava proteção para os judeus que haviam se convertido para o cristianismo", agrega o historiador Hesemann.

Vaticano salvou judeus durante nazismo, diz historiador

Parte I


A Pave the Way Foundation (PTWF) anunciou a descoberta de documentos vaticanos de grande importância para o esclarecimento do papel desempenhado pelo Papa Pio XII durante a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto.


O historiador e representante alemão da PTWF, Michael Hesemann, tem feito visitas regulares ao recentemente aberto Arquivo Secreto Vaticano e continua a fazer descobertas significativas. Seu mais recente estudo dos documentos originais que foram anteriormente publicados revelam as ações secretas para salvar milhares de judeus já em 1938, apenas três semanas após a Kristallnacht [Noite dos Cristais].


O Cardeal Eugenio Pacelli (Papa Pio XII), então secretário de Estado do Papa Pio XI, enviou um telex em 30 de novembro de 1938 às Nunciaturas e Delegações Apostólicas, bem como uma carta a 61 arcebispos do mundo católico, solicitando 200 mil vistos para "católicos não arianos" três semanas após a Kristallnacht. Além disso, enviou cartas adicionais, datadas de 9 de janeiro de 1939.


Michael Hesemann afirmou que "o fato de que nesta carta se fale de 'ebrei convertiti' (judeus convertidos), e 'católicos não arianos' certamente é um disfarce. Não era possível ter certeza de que agentes nazistas não iriam tomar conhecimento acerca desta iniciativa. Pacelli tinha que ter certeza de que eles não fariam mal uso disso para propaganda do nazismo, de que eles não poderiam afirmar que 'a Igreja é uma aliada dos judeus'".


De fato, os nazistas já haviam utilizado a frase "os judeus e seus aliados negros (Igreja) e vermelhos (bolcheviques)" em sua propaganda, e qualquer passo errado poderia causar uma perseguição contra a Igreja na Alemanha nazista. A Concordata de 1933 marcou profundamente a Alemanha, e também garantiu que judeus convertidos fossem tratados como cristãos. Usando esta posição legal, Pacelli foi capaz de ajudar a "católicos não arianos".
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...