.-  O Bispo de San Sebastián (Espanha), Dom José Ignacio Munilla, defendeu a  liberdade religiosa dos cristãos nos países do Ocidente e Oriente, onde  o laicismo e os fundamentalismos islâmico e hindu estão fazendo que a  Cristãofobia ocupe o lugar do anti-semitismo do século XX.
Em seu  artigo "De deuses e homens", publicado este 23 de janeiro, Dom Munilla  afirmou que "é um fato que a liberdade religiosa não é respeitada nem  por uns nem por outros (...). O laicismo do Ocidente difunde um  racionalismo anti-religioso, enquanto que os fundamentalismos do Oriente  impulsionam uma religiosidade irracional".
O bispo indicou que  isto coloca os cristãos árabes "em meio de um perigoso “sanduíche”:  suspeitos de cumplicidade com os Estados Unidos, pelo mero fato de ser  cristãos; e ao mesmo tempo ignorados por um Ocidente laicista que se  envergonha de suas raízes".
Entretanto, o Bispo afirmou que o diálogo inter-religioso do cristianismo com o islã  e o hinduísmo é viável, pois "o verdadeiro choque de trens se produz no  encontro do laicismo, por um lado, e o fundamentalismo, pelo outro, que  se retroalimentam, até o extermínio".
O bispo afirmou que um  exemplo é o filme francês "Dos homens e dos deuses", do diretor Xavier  Beauvois, que relata a tomada do monastério cistercense de Monte Atlas  (Argélia) por parte do Grupo Islâmico Armado em meados de 1996 e que  terminou com a decapitação dos sete monges.
Dom Munilla afirmou  que o filme "recolhe com fidelidade a boa harmonia destes monges  cristãos com os habitantes muçulmanos daquela região, ao mesmo tempo que  a irrupção repentina do fundamentalismo islâmico, que muda por completo  o cenário de convivência pacífica”. 
"Longe de ser um filme que  se vale do fundamentalismo para satanizar o Islã em conjunto, este  reflete de forma sobressalente o ideal do diálogo inter-religioso  propugnado pela Igreja no Concílio Vaticano II", afirmou.
Dom Munilla recordou que em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz deste ano, o Papa Bento XVI  assinalou que a liberdade religiosa é o caminho para a paz e para  encontrar a verdade, porque esta "não se impõe com a violência mas pela  força da própria verdade."
       FONTE: ACI DIGITAL

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