Caríssimos: que Jesus guarde as minhas filhas e os meus filhos!
Ainda são muito recentes os momentos de grande importância de que fomos
testemunhas na vida da Igreja: a eleição de um novo Romano Pontífice.
Como acontece sempre nestes eventos, pudemos experimentar a ação do
Paráclito e o que Bento XVI afirmava ao iniciar o ministério petrino: “A
Igreja está viva; esta é a maravilhosa experiência deste dias (...). A
Igreja é jovem. Traz em si mesma o futuro do mundo e, portanto, indica
também a cada um de nós o caminho para o futuro. A Igreja é jovem, e nós
assim o vemos: experimentamos a alegria que o Ressuscitado prometeu aos
seus” [1].
Com uma grande alegria, unidos a toda a Igreja, todas e todos na Obra
acolhemos a eleição do Papa Francisco, que trouxe consigo uma rajada de
espiritualidade, de anelos de melhora. A festa de São José, dia em que o
novo Pontífice deu início solene ao seu ministério de Pastor supremo da
Igreja universal, tornou especialmente tangível a percepção de que o
Senhor, a sua Mãe Santíssima e o santo Patriarca velam pela Igreja em
cada momento; de que a Esposa de Cristo nunca está só no meio das
vicissitudes e flutuações que encontra no decorrer da sua existência.
De que modo vive José a sua vocação como custódio de Maria, de Jesus, da Igreja?, perguntava o Papa Francisco. E respondia: Com
a atenção constantemente voltada para Deus, aberto aos seus sinais,
disponível para o seu projeto e não tanto para o próprio; é o que Deus
pede a Davi (...). Deus não
deseja uma casa construída pelo homem, mas a fidelidade à sua palavra,
ao seu desígnio; quem constrói a casa é o próprio Deus, mas com pedras
vivas marcadas pelo seu Espírito. José é “custódio” porque sabe escutar a
Deus, deixar-se guiar pela sua vontade, e precisamente por isso é ainda
mais sensível às pessoas que lhe foram confiadas; sabe como ler com
realismo os acontecimentos, está atento ao que o rodeia, e sabe tomar as
decisões mais sensatas [2]. Como já vos fiz notar antes da eleição e
vo-lo confirmei depois – seguindo em tudo o nosso Padre –, já queremos
ao novo Papa com imenso afeto sobrenatural e humano, ao mesmo tempo que
procuramos apoiar – com abundante oração e mortificação – os primeiros
passos do seu ministério, sempre importantes.
Ontem começou o tempo pascal. O aleluia cheio
de júbilo, que sobe da terra ao céu de todos cantos da terra, manifesta
a fé inquebrantável da Igreja no seu Senhor. Jesus, após a sua
afrontosa morte na Cruz, recebeu de Deus Pai, pelo Espírito Santo, uma
nova vida – uma vida plena de glória na sua Humanidade Santíssima –,
como confessamos aos domingos num dos artigos do Credo: o mesmo Jesus – perfectus homo,
homem perfeito – que sofreu a morte sob Pôncio Pilatos e foi sepultado,
esse mesmo Jesus ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras
[3], para nunca mais morrer e como penhor da nossa ressurreição futura e
da vida eterna que esperamos. Digamos, pois, com a Igreja: Na
verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos glória
sempre, Senhor, mas mais solenemente neste tempo em que Cristo, nossa
páscoa, foi imolado. Ele é o Cordeiro de Deus que tirou o pecado do
mundo: morrendo, destruiu a morte, e, ressuscitando, restaurou a vida [4].
Procuremos aprofundar, com a ajuda do Paráclito, neste grande mistério
da fé, sobre o qual se apoia – como o edifício sobre os seus alicerces –
toda a vida cristã. “O mistério da Ressurreição de Cristo – ensina o Catecismo da Igreja Católica –
é um acontecimento real que teve manifestações historicamente
comprovadas, como atesta o Novo Testamento”[5]. São Paulo explicava-o
aos cristãos de Corinto: Porque eu
vos transmiti em primeiro lugar o mesmo que recebi: que Cristo morreu
pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou
ao terceiro dia, segundo as Escrituras; e apareceu a Cefas e depois aos
doze [6].
O caráter total excepcional da ressurreição de Cristo consiste em que a
sua Humanidade Santíssima, uma vez reunidos de novo a alma e o corpo
pela virtude do Espírito Santo, foi completamente transfigurada na
glória de Deus Pai. É um fato histórico certificado por testemunhas
plenamente críveis; mas é, ao mesmo tempo e sobretudo, objeto
fundamental da fé cristã. O Senhor, “no seu corpo ressuscitado, passa do
estado de morte para outra vida, além do tempo e do espaço. Na
Ressurreição, o corpo de Jesus enche-se do poder do Espírito Santo;
participa da vida divina no estado da sua glória, de tal modo que São
Paulo pôde dizer de Cristo que Ele é o «Adão celeste» (cf. 1 Cor 15, 35-50)”[7].
Meditemos no que São Josemaria escreveu numa das suas homilias: Cristo vive. Jesus é o Emanuel: Deus conosco. A sua Ressurreição revela-nos que Deus não abandona os seus (...).
Cristo vive na sua Igreja.
“Digo-vos a verdade: a vós convém que eu vá, porque, se não for, o
Consolador não virá a vós; mas, se for, eu vo-lo enviarei” (Jo
16, 7). Tais eram os desígnios de Deus: Jesus, morrendo na Cruz,
dava-nos o Espírito de Verdade e de Vida. Cristo permanece na sua
Igreja: nos seus sacramentos, na sua liturgia, na sua pregação e em toda
a sua atividade.
De modo especial, Cristo continua presente entre nós nessa entrega
diária que é a Sagrada Eucaristia. Por isso, a Missa é o centro e a raiz
da vida cristã. Em todas as missas está sempre o Cristo total, Cabeça e
Corpo. Por Cristo, com Cristo e em Cristo.
Porque Cristo é o Caminho, o Medianeiro; nEle encontramos tudo; fora
dEle, a nossa vida torna-se vazia. Em Jesus Cristo, e instruídos por
Ele, atrevemo-nos a dizer – audemus dicere – Pater noster, Pai nosso. Atrevemo-nos a chamar Pai ao Senhor dos céus e da terra.
A presença de Jesus vivo é a garantia da sua presença no mundo [8].
Jesus ressuscitado é também o Dono do mundo, o Senhor da história: nada
acontece sem que Ele o queira ou permita em função dos desígnios
salvadores de Deus. São João no-lo apresenta no Apocalipse em toda a
sua glória: No meio dos candelabros [vi] alguém
semelhante ao Filho do homem, vestido com uma túnica até aos pés e o
peito cingido por um cinto de ouro. A sua cabeça e os seus cabelos eram
brancos como lã cor de neve, os seus olhos como chamas de fogo, os seus
pés semelhantes ao metal precioso incandescido na fornalha, a sua voz
como o estrondo de muitas águas. Segurava na mão direita sete estrelas,
da sua boca saía uma espada afiada de dois gumes, e o seu rosto era como
o sol quando brilha em todo o seu esplendor [9].
Esta soberania de Nosso Senhor sobre o mundo e sobre a história em toda
a sua amplitude exige de nós, seu discípulos, que nos empenhemos com
todas as nossas forças na edificação do seu reino na terra. Uma tarefa
que requer não só que amemos a Deus com todo o coração e toda a alma,
mas que amemos com uma caridade afetiva e efetiva, com obras e de verdade [10], cada um dos nossos semelhantes, particularmente os que estão mais necessitados. Por isso, compreende-se muito bem – escreveu São Josemaria – a impaciência, a angústia e os anseios inquietos daqueles que, com alma naturalmente cristã (cf. Tertuliano, Apologético, 17),
não se resignam perante as situações de injustiça pessoal e social que o
coração humano é capaz de criar. Tantos séculos de convivência entre os
homens, e ainda tanto ódio, tanta destruição, tanto fanatismo acumulado
em olhos que não querem ver e em corações que não querem amar [11].
Esta é, como sabeis, uma das preocupações que o novo Papa
manifestou desde os primeiros momentos do seu pontificado. Impelidos
pelo exemplo e pelos ensinamentos do nosso Padre, continuemos a
esforçar-nos por levar a caridade de Cristo, a solicitude espiritual e
material pelos outros, ao ambiente em que cada qual trabalha; de modo
pessoal, mas também procurando e pedindo a urgente colaboração de outras
pessoas que manifestam esta preocupação pelos necessitados. Não
esqueçamos nunca que o Opus Dei nasceu e se reforçou, por querer divino,
entre os pobres e doentes dos bairros periféricos de Madri; e a eles o
nosso Fundador se dedicou com generosidade e otimismo, com grande
emprego de tempo, nos primeiros anos da Obra. Em 1941, escrevia: Não
é preciso recordar-vos, porque assim o viveis, que o Opus Dei nasceu
entre os pobres de Madri, nos hospitais e nos bairros mais miseráveis: e
continuamos a atender os pobres, as crianças e os doentes. É uma
tradição que nunca se interromperá na Obra [12].
Poucos anos depois, São Josemaria completava este ensinamento com
outras palavras bem claras que, apesar do tempo decorrido, conservam
plena atualidade. Neste tempo de confusão – escrevia –,
não se sabe o que é direita, nem centro, nem esquerda, no campo
político e no social. Mas se por esquerda se entende conseguir o
bem-estar para os pobres, a fim de que todos possam satisfazer o direito
de viver com um mínimo de conforto, de trabalhar, de estar bem
atendidos se adoecem, de distrair-se, de ter filhos e poder educá-los,
de ser velhos e ser atendidos, então eu estou mais à esquerda do que
ninguém. Naturalmente, dentro da doutrina social da Igreja, e sem
compromissos com o marxismo ou com o materialismo ateu; nem com a luta
de classes, anticristã, porque nestas coisas não podemos transigir [13].
Doía especialmente ao nosso Fundador ver que o desamor e a falta de
caridade com os indigentes também se dava às vezes entre os cristãos:
Os
bens da terra, repartidos entre poucos; os bens da cultura, encerrados
em cenáculos. E, lá fora, fome de pão e de sabedoria; vidas humanas –
que são santas, porque vêm de Deus – tratadas como simples coisas, como
números de uma estatística. Compreendo e partilho dessa impaciência,
levantando os olhos para Cristo, que continua a convidar-nos a pôr em
prática o mandamento novo do amor.
Todas
as situações que a nossa vida atravessa trazem uma mensagem divina e
pedem-nos uma resposta de amor, de entrega aos outros [14].
Minhas filhas e filhos, meditemos nestas palavras e façamo-las ressoar nos ouvidos de muitas pessoas, a fim de que o mandamento novo da
caridade brilhe na vida de todos e seja – como Jesus queria – o
distintivo de todos os seus discípulos [15]. Quereria que
aprofundássemos na frase que se lê no Evangelho após o relato da
ressurreição de Jesus: Gavisi sunt discipuli viso Domino [16],
os discípulos encheram-se de alegria ao verem o Senhor. Consideremos
também que o Mestre nos segue sempre de perto, e temos que descobri-lo,
de olhá-lo, nas circunstâncias extraordinárias e ordinárias da vida
corrente, convencidos daquilo que São Josemaria afirmava: ou o
encontramos aí, ou não o encontraremos nunca. Por isso, será que, com o
triunfo de Cristo, com a certeza de que Ele conta conosco, demos um novo
rumo ao nosso gaudium cum pace, à nossa alegria cheia de paz? Tem essa alegria conteúdo sobrenatural e humano?
Ao longo deste mês, a par do júbilo da Igreja pela Páscoa e por ter de
novo um sucessor de Pedro na terra, acrescentam-se no nosso caso outros
motivos de alegria: especialmente os aniversários da Primeira Comunhão e
da Confirmação de São Josemaria no dia 23. Que boa ocasião para que,
nas próximas semanas, peçamos ao Senhor, por intercessão do nosso
Padre, a luz abundante e a fortaleza do Espírito Santo para o Papa
Francisco, para a Igreja Santa, para a humanidade! Não vos escondo que
me dá muito gosto percorrer a história do Opus Dei, a história das misericórdias de Deus,
e peço à Trindade Santíssima que o mesmo suceda com todas e com todos:
não vivemos de recordações, mas da alegria de ver a mão de Deus no
caminho percorrido pela Obra, na vida de São Josemaria.
Com todo o afeto, abençoa-vos
o vosso Padre
+Javier
Roma, 1º de abril de 2013.
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quinta-feira, 25 de abril de 2013
sexta-feira, 19 de abril de 2013
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Lefebvrianos dão por encerrado diálogo com a Santa Sé
Postado por
Paulo Roberto
Lisboa, 17 abr 2013 (Ecclesia)
– O superior da Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX), fundada por
D. Marcel Lefèbvre (1905-1991), revelou numa carta que o diálogo com a
Santa Sé para o reconhecimento canónico, iniciado com Bento XVI, está
encerrado, sem sucesso.
“A Fraternidade encontrou-se numa delicada posição durante grande parte do ano 2012, em razão do último movimento feito por Bento XVI que procurava normalizar a nossa situação. As dificuldades provinham das exigências que acompanhavam a proposta romana – as quais não pudemos e não poderemos nunca subscrever”, escreve D. Bernard Fellay, em missiva divulgada na internet.
Em junho de 2012, a Santa Sé revelou que tinha proposto a criação de uma prelatura pessoal para a FSSPX depois de ter pedido aos seus membros a aceitação de um preâmbulo que apresentava “certos princípios doutrinais e critérios de interpretação da doutrina católica necessários para garantir a fidelidade ao magistério da Igreja”.
Entre as questões que separam as duas partes destacam-se a aceitação do Concílio Vaticano II (1962-1965) e do magistério pós-conciliar dos Papas em matérias como as celebrações litúrgicas, o ecumenismo ou a liberdade religiosa.
D. Bernard Fellay confirma ter recebido uma carta do próprio Bento XVI “a manifestar claramente e sem ambiguidades as condições que eram impostas para uma normalização canónica”.
“Estas condições são de ordem doutrinal: recaem sobre a aceitação total do Concílio Vaticano II e da missa de Paulo VI. Portanto, como escreveu D. Augustine Di Noia, vice-presidente da Comissão Ecclesia Dei, numa carta dirigida aos membros da Fraternidade São Pio X em fins do ano passado, no plano doutrinal permanecemos no ponto de partida, tal como se estava nos anos 70” do século passado, acrescenta o texto.
Em março de 2009, Bento XVI enviou uma carta aos bispos de todo o mundo, para explicar a remissão das excomunhões de quatro bispos da Fraternidade São Pio X que tinham sido ordenados pelo arcebispo Lefèbvre, sem mandato pontifício, no ano de 1988.
Na altura, o agora Papa emérito escreveu que "enquanto a Fraternidade não tiver uma posição canónica na Igreja, também os seus ministros não exercem ministérios legítimos na Igreja (...) enquanto as questões relativas à doutrina não forem esclarecidas, a Fraternidade não possui qualquer estado canónico na Igreja, e os seus ministros (...) não exercem de modo legítimo qualquer ministério na Igreja"
Fonte: Blog do Pe.Valderi
“A Fraternidade encontrou-se numa delicada posição durante grande parte do ano 2012, em razão do último movimento feito por Bento XVI que procurava normalizar a nossa situação. As dificuldades provinham das exigências que acompanhavam a proposta romana – as quais não pudemos e não poderemos nunca subscrever”, escreve D. Bernard Fellay, em missiva divulgada na internet.
Em junho de 2012, a Santa Sé revelou que tinha proposto a criação de uma prelatura pessoal para a FSSPX depois de ter pedido aos seus membros a aceitação de um preâmbulo que apresentava “certos princípios doutrinais e critérios de interpretação da doutrina católica necessários para garantir a fidelidade ao magistério da Igreja”.
Entre as questões que separam as duas partes destacam-se a aceitação do Concílio Vaticano II (1962-1965) e do magistério pós-conciliar dos Papas em matérias como as celebrações litúrgicas, o ecumenismo ou a liberdade religiosa.
D. Bernard Fellay confirma ter recebido uma carta do próprio Bento XVI “a manifestar claramente e sem ambiguidades as condições que eram impostas para uma normalização canónica”.
“Estas condições são de ordem doutrinal: recaem sobre a aceitação total do Concílio Vaticano II e da missa de Paulo VI. Portanto, como escreveu D. Augustine Di Noia, vice-presidente da Comissão Ecclesia Dei, numa carta dirigida aos membros da Fraternidade São Pio X em fins do ano passado, no plano doutrinal permanecemos no ponto de partida, tal como se estava nos anos 70” do século passado, acrescenta o texto.
Em março de 2009, Bento XVI enviou uma carta aos bispos de todo o mundo, para explicar a remissão das excomunhões de quatro bispos da Fraternidade São Pio X que tinham sido ordenados pelo arcebispo Lefèbvre, sem mandato pontifício, no ano de 1988.
Na altura, o agora Papa emérito escreveu que "enquanto a Fraternidade não tiver uma posição canónica na Igreja, também os seus ministros não exercem ministérios legítimos na Igreja (...) enquanto as questões relativas à doutrina não forem esclarecidas, a Fraternidade não possui qualquer estado canónico na Igreja, e os seus ministros (...) não exercem de modo legítimo qualquer ministério na Igreja"
Fonte: Blog do Pe.Valderi
terça-feira, 16 de abril de 2013
sábado, 13 de abril de 2013
Papa Francisco alternará as férulas de seus predecessores
Postado por
Caio Vinícius
O Ofício das celebrações Liturgicas do Vaticano informa que o Papa Francisco usará ora a ferula de Paulo VI, ora, de Bento XVI.
Eis o texto, publicado pelo Vaticano:
LA FERULA
Il pastorale come insegna liturgica dei vescovi e degli abati risale al settimo secolo in alcune fonti spagnole, anche se il suo uso poteva essere forse più antico. Pare che il pastorale come simbolo dell’autorità episcopale sia passato dalla penisola iberica all’Inghilterra, alla Gallia e alla Germania. Comunque, dalle descrizioni della solenne messa papale negli Ordines Romani non emerge il suo uso. Anche le raffigurazioni dei papi confermano che il pastorale vescovile non faceva parte delle insegne del papa, perché non lo si vede in nessun monumento iconografico eseguito a Roma. Perciò, Innocenzo III († 1216) scrive nel suo De sacro altaris mysterio (I,62): “Romanus Pontifex pastorali virga non utitur”.
La ragione di questo costume risiede forse nel fatto che il pastorale era un simbolo di investitura del neo-eletto vescovo da parte del metropolita o di un altro vescovo (cerimonia che dal periodo carolingio fino all’epoca della lotta per le investiture era fatto proprio sempre di più dai regnanti secolari). Il papa invece non riceveva l’investitura da un altro vescovo, come accennò Bernardo Botono da Parma (†1263) nella Glossa ordinaria dei Decretali di Gregorio IX (I,15): Il papa riceve il suo potere da Dio solo. San Tommaso d’Aquino fa un ulteriore ragionamento, quando commenta che “Romanus pontifex non utitur baculo … etiam in signum quod non habet coarctatam potestatem, quod curvatio baculi significat” (Super Sent., lib. 4 d. 24 q. 3 a. 3 ad 8), riferendosialla forma ormai comune del bastone storto alla cima, come un segno della cura pastorale e della giurisdizione.
Dall’alto medioevo, se non prima, i papi si servirono della ferula pontificalis come insegna indicante la loro potestà temporale. La forma della ferula non è ben conosciuta. Probabilmente era un bastone che portava al suo vertice una croce. Nel medioevo al papa, quando dopo la sua elezione prendeva di possesso della Basilica Lateranense , era presentata la ferula dal priore di S. Lorenzo al Laterano (cioè dal Sancta Sanctorum) come “signum regiminis et correctionis”, cioè come simbolo di governo che include la punizione e la penitenza. La presentazione della ferula fu un atto importante, ma non avevo lo stesso significato dell’imposizione del pallio nella coronazione del papa. Infatti, non era più osservata almeno dall’inizio del cinquecento.
L’uso della ferula non ha mai fatto parte della liturgia papale, tranne in alcune occasioni come l’apertura della porta santa e le consacrazioni delle chiese, nelle quali il papa prendeva la ferula per bussare per tre volte alla porta e per disegnare l'alfabeto latino e greco sul pavimento della chiesa. Nel tardo medioevo, i papi usavano come ferula anche un bastone con la triplice croce.
Dopo la sua elezione nel 1963 Papa Paolo VI ha commissionato allo scultore napoletano Lello Scorzelli un bastone pastorale per le solenni celebrazioni liturgiche. Questo pastorale argenteo riprese dalla ferula tradizionale la forma di croce, accompagnato però dalla figura del Crocifisso. Paolo VI ha utilizzato questo bastone per la prima volta nell’occasione della chiusura del Concilio Vaticano Secondo, l’8 dicembre 1965. In seguito, l’ha adoperato in modo analogo al pastorale del vescovo, spesso ma non sempre nelle celebrazioni liturgiche. Paolo VI e Giovanni Paolo II hanno usato in certe occasioni anche la triplice croce come insegna.
Per la Domenica delle Palme 2008, Papa Benedetto XVI ha sostituito questo pastorale, usato anche da Giovanni Paolo I, Giovanni Paolo II e da lui stesso, con un bastone sormontato da una croce dorata, che fu regalato al Beato Pio IX nel 1877, dal Circolo di San Pietro, in occasione del cinquantesimo anniversario della sua consacrazione vescovile. Questo bastone è stato adoperato come ferula già dal Beato Giovanni XXIII per varie celebrazioni liturgiche durante il Vaticano Secondo.
Con la celebrazione dei Primi Vespri di Avvento del 2009, il Santo Padre Benedetto XVI ha iniziato a usare un nuovo bastone, a lui donato dal Circolo San Pietro, simile nella forma a quello di Pio IX.
Il Santo Padre Francesco, per la celebrazione della Santa Messa in occasione dell'insediamento sulla Cathedra Romana (7.04.2013), ha usato la croce pastorale di Paolo VI, con l'intenzione di alternare nelle prossime celebrazioni l'uso di questa con quella di Benedetto XVI.
sábado, 6 de abril de 2013
Papa Francisco e o Milagre Eucarístico em Buenos Aires
Postado por
Caio Vinícius
O atual Papa Francisco conduziu
investigação para comprovar um dos maiores Milagres Eucarísticos da história
recente, ocorrido em Buenos Aires em 1996.
Foi o chamado Milagre Eucarístico de Buenos
Aires, onde uma Hóstia Consagrada tornou-se Carne e Sangue. O Cardeal Jorge
Bergoglio, Arcebispo de Buenos Aires, hoje Papa Francisco, ordenou que se
chamasse um fotógrafo profissional para tirar fotos do acontecimento para que os
fatos não se perdessem. Depois foram conduzidas pesquisas de laboratório
coordenadas pelo Dr. Castañón.
** Ler o artigo completo
Fonte: Voz da Igreja
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Poucas surpresas. Francisco como é
Postado por
Caio Vinícius
Os primeiros atos do novo Papa revistos à luz da sua autobiografia. Os motivos de seu silêncio sobre os temas que mais opõem a Igreja aos poderes do mundo: nascimento, morte, família, liberdade religiosa.
A reportagem é de Sandro Magister e publicada no sítio italiano Chiesa.it, 03-04-2013. A tradução é do Cepat.
Salvo na Argentina, pouquíssimos textos sobre Jorge Mario Bergoglio haviam sido publicados antes de ele ser eleito Papa.
Mas agora as traduções de seus escritos, discursos e entrevistas se multiplicam rapidamente e ajudam a tornar menos surpreendentes os gestos do Papa Francisco.
Na sequência, apresentamos algumas destas “surpresas”, pequenas e grandes, mas que não aparecem como tais à luz da sua autobiografia, publicada em 2010 na Argentina, no livro-entrevista de Sergio Rubin e Francesca Ambrogetti, com o título El Jesuíta, agora à venda também em outros países, entre eles a Itália.
Um Papa que nunca canta
É verdade, o Papa Francisco gosta de ouvir música, mas não canta, nem sequer durante as Missas solenes nem ao dar a bênção. Diz-se que os jesuítas “non rubricant nec cantant”, quer dizer, os jesuítas não gostam das cerimônias nem do canto. Mas a explicação é mais simples.
Aos 21 anos sofreu uma pneumonia aguda e “foram detectados três quistos... [e] teve que se submeter a uma cirurgia para retirar a parte superior do pulmão direito. [...] Desde então sofre de uma deficiência pulmonar que, embora não o condicione severamente, impõe-lhe um limite humano”.
Em consequência, simplesmente não canta porque não tem ar suficiente para isso, tal como se intui também pela forma como fala, com uma respiração curta e com voz suave. Em qualquer caso, confessou: “sou desafinado”.
Um Papa que fala somente em italiano
Efetivamente, fala bem o italiano. E também compreende o dialeto piemontês de sua família de origem. Mas “quanto a outros idiomas – admite em sua autobiografia –, eu deveria precisar que não os falo, mas que eu os falava, pela falta de prática. Falava bem o francês, e com o alemão me virava. O que sempre mais me custou foi o inglês, sobretudo pela fonética”.
O fato é que ao renunciar a falar em idiomas diferentes do italiano, Bergoglio parece ter decidido sacrificar – em público – também sua língua materna, o espanhol.
Na Páscoa, renunciou também a saudar em 65 idiomas, habitualmente recitados pelos pontífices que o precederam.
Um Papa que quer fazer tudo por si mesmo
No Vaticano, teve que tomar forçosamente um secretário, o maltês Alfred Xuereb, ex-segundo assistente de Bento XVI. Também em Buenos Aires tinha uma secretária, mas ele mesmo agendava seus compromissos e fazia sua agenda de endereços que, dizia, “seria um verdadeiro desastre perdê-la”.
Tinha um escritório “pequeno, mas muito bem organizado”. E organizados são também seus horários: cinco horas de sono por noite, luz apagada às 23h, levanta às 4h “sem necessidade de um despertador”, depois do almoço “uma sesta de 40 minutos”. Sabe cozinhar. Gosta de ouvir música e ler, especialmente os clássicos da literatura. Vê as notícias nos jornais. Nunca utilizou internet, nem sequer para correio.
Um Papa que não quer se fazer chamar de “Papa”
Notou-se isso. Bergoglio prefere para si o simples título de “bispo de Roma” e cala sobre seu poder de chefe da Igreja universal, apesar de que esse poder tenha sido confirmado com muita força pelo Concílio Vaticano II.
Pode-se ler na sua autobiografia: “Quando o pai ou o professor tem que dizer ‘aqui quem manda sou eu’ ou ‘aqui o superior sou eu’ é porque já perdeu a autoridade. E então tem que se apropriar dela com as palavras. Proclamar que se tem o bastão na mão não significa mandar e impor, mas servir”.
Parece que Bergoglio não quer proclamar, mas exercitar o seu poder supremo de sucessor de Pedro.
Um Papa que decide tudo por si
Também disse em sua entrevista autobiográfica: “Confesso que, em geral, por meu temperamento, a primeira resposta que me vem é equivocada. [...] Por conta disso, aprendi a desconfiar da primeira reação. Já mais tranquilo, depois de passar pelo crisol da solidão, vou me aproximando do que tenho que fazer. Mas da solidão das decisões ninguém se salva. Posso pedir um conselho, mas, no final das contas, sou eu mesmo quem tem que decidir”.
Na prática, é preciso prever que com Francisco o primado para a tomada de decisões não será afetado, nem sequer com uma futura atitude mais colegiada do governo da Igreja.
Um Papa que se esquiva dos temas conflitivos
Efetivamente, nos discursos e nas homilias do começo de seu pontificado, Bergoglio evitou, até agora, tocar nas questões que mais mostram a Igreja em oposição aos poderes mundanos.
No discurso ao corpo diplomático não tocou nas ameaças que pesam sobre a liberdade religiosa, da mesma maneira que em suas outras intervenções evitou qualquer menção aos pontos críticos do nascimento, da morte e da família.
Mas, em seu livro-entrevista Bergoglio lembra que também Bento XVI decidiu calar em uma ocasião: “Quando Bento XVI foi à Espanha [em 2006] todos pensaram que criticaria o governo de Rodríguez Zapatero por suas diferenças com a Igreja católica em vários temas. Alguém, inclusive, lhe perguntou se havia falado com as autoridades espanholas sobre o casamento entre homossexuais. Mas o Papa disse que não, que falou com eles de coisas positivas e que depois viria o resto. De alguma maneira estava dizendo que primeiro é preciso sublinhar o positivo, o que nos une; não o negativo, o que nos divide; que se deve priorizar o encontro entre as pessoas, o caminhar juntos. Depois, a abordagem das diferenças será mais fácil”.
Em outra passagem do livro Bergoglio critica essas homilias “que deveriam ser querigmáticas, mas que acabam sendo moralizantes. E dentro da moral – embora não tanto nas homilias como em outras ocasiões – prefere-se falar da moral sexual, de tudo o que tem algum vínculo com o sexo. Dizer que isso pode, aquilo não pode. Que isso é pecado, aquilo não. E então relegamos o tesouro de Jesus vivo, o tesouro do Espírito Santo em nossos corações, o tesouro de um projeto de vida cristã que tem muitas outras implicações para além das questões sexuais. Deixamos de lado uma catequese riquíssima, com os mistérios da fé, do Credo e acabamos nos centrando em se fazemos ou não uma marcha contra um projeto de lei que permite o uso da camisinha”.
E acrescenta: “Creio, sinceramente, que a opção básica da Igreja, na atualidade, não é diminuir ou tirar prescrições ou tornar mais fácil isto ou aquilo, mas sair às ruas para encontrar as pessoas, conhecer as pessoas por seu nome. Mas não só porque essa é sua missão, sair para anunciar o Evangelho, mas porque não fazê-lo produz prejuízo. [...] É verdade que, se alguém sai às ruas, pode lhe acontecer o que acontece a qualquer cidadão comum: acidentar-se. Mas prefiro mil vezes ter uma Igreja acidentada a uma Igreja doente”.
Visto em: Instituto Humanitas Unisinos
A reportagem é de Sandro Magister e publicada no sítio italiano Chiesa.it, 03-04-2013. A tradução é do Cepat.
Salvo na Argentina, pouquíssimos textos sobre Jorge Mario Bergoglio haviam sido publicados antes de ele ser eleito Papa.
Mas agora as traduções de seus escritos, discursos e entrevistas se multiplicam rapidamente e ajudam a tornar menos surpreendentes os gestos do Papa Francisco.
Na sequência, apresentamos algumas destas “surpresas”, pequenas e grandes, mas que não aparecem como tais à luz da sua autobiografia, publicada em 2010 na Argentina, no livro-entrevista de Sergio Rubin e Francesca Ambrogetti, com o título El Jesuíta, agora à venda também em outros países, entre eles a Itália.
Um Papa que nunca canta
É verdade, o Papa Francisco gosta de ouvir música, mas não canta, nem sequer durante as Missas solenes nem ao dar a bênção. Diz-se que os jesuítas “non rubricant nec cantant”, quer dizer, os jesuítas não gostam das cerimônias nem do canto. Mas a explicação é mais simples.
Aos 21 anos sofreu uma pneumonia aguda e “foram detectados três quistos... [e] teve que se submeter a uma cirurgia para retirar a parte superior do pulmão direito. [...] Desde então sofre de uma deficiência pulmonar que, embora não o condicione severamente, impõe-lhe um limite humano”.
Em consequência, simplesmente não canta porque não tem ar suficiente para isso, tal como se intui também pela forma como fala, com uma respiração curta e com voz suave. Em qualquer caso, confessou: “sou desafinado”.
Um Papa que fala somente em italiano
Efetivamente, fala bem o italiano. E também compreende o dialeto piemontês de sua família de origem. Mas “quanto a outros idiomas – admite em sua autobiografia –, eu deveria precisar que não os falo, mas que eu os falava, pela falta de prática. Falava bem o francês, e com o alemão me virava. O que sempre mais me custou foi o inglês, sobretudo pela fonética”.
O fato é que ao renunciar a falar em idiomas diferentes do italiano, Bergoglio parece ter decidido sacrificar – em público – também sua língua materna, o espanhol.
Na Páscoa, renunciou também a saudar em 65 idiomas, habitualmente recitados pelos pontífices que o precederam.
Um Papa que quer fazer tudo por si mesmo
No Vaticano, teve que tomar forçosamente um secretário, o maltês Alfred Xuereb, ex-segundo assistente de Bento XVI. Também em Buenos Aires tinha uma secretária, mas ele mesmo agendava seus compromissos e fazia sua agenda de endereços que, dizia, “seria um verdadeiro desastre perdê-la”.
Tinha um escritório “pequeno, mas muito bem organizado”. E organizados são também seus horários: cinco horas de sono por noite, luz apagada às 23h, levanta às 4h “sem necessidade de um despertador”, depois do almoço “uma sesta de 40 minutos”. Sabe cozinhar. Gosta de ouvir música e ler, especialmente os clássicos da literatura. Vê as notícias nos jornais. Nunca utilizou internet, nem sequer para correio.
Um Papa que não quer se fazer chamar de “Papa”
Notou-se isso. Bergoglio prefere para si o simples título de “bispo de Roma” e cala sobre seu poder de chefe da Igreja universal, apesar de que esse poder tenha sido confirmado com muita força pelo Concílio Vaticano II.
Pode-se ler na sua autobiografia: “Quando o pai ou o professor tem que dizer ‘aqui quem manda sou eu’ ou ‘aqui o superior sou eu’ é porque já perdeu a autoridade. E então tem que se apropriar dela com as palavras. Proclamar que se tem o bastão na mão não significa mandar e impor, mas servir”.
Parece que Bergoglio não quer proclamar, mas exercitar o seu poder supremo de sucessor de Pedro.
Um Papa que decide tudo por si
Também disse em sua entrevista autobiográfica: “Confesso que, em geral, por meu temperamento, a primeira resposta que me vem é equivocada. [...] Por conta disso, aprendi a desconfiar da primeira reação. Já mais tranquilo, depois de passar pelo crisol da solidão, vou me aproximando do que tenho que fazer. Mas da solidão das decisões ninguém se salva. Posso pedir um conselho, mas, no final das contas, sou eu mesmo quem tem que decidir”.
Na prática, é preciso prever que com Francisco o primado para a tomada de decisões não será afetado, nem sequer com uma futura atitude mais colegiada do governo da Igreja.
Um Papa que se esquiva dos temas conflitivos
Efetivamente, nos discursos e nas homilias do começo de seu pontificado, Bergoglio evitou, até agora, tocar nas questões que mais mostram a Igreja em oposição aos poderes mundanos.
No discurso ao corpo diplomático não tocou nas ameaças que pesam sobre a liberdade religiosa, da mesma maneira que em suas outras intervenções evitou qualquer menção aos pontos críticos do nascimento, da morte e da família.
Mas, em seu livro-entrevista Bergoglio lembra que também Bento XVI decidiu calar em uma ocasião: “Quando Bento XVI foi à Espanha [em 2006] todos pensaram que criticaria o governo de Rodríguez Zapatero por suas diferenças com a Igreja católica em vários temas. Alguém, inclusive, lhe perguntou se havia falado com as autoridades espanholas sobre o casamento entre homossexuais. Mas o Papa disse que não, que falou com eles de coisas positivas e que depois viria o resto. De alguma maneira estava dizendo que primeiro é preciso sublinhar o positivo, o que nos une; não o negativo, o que nos divide; que se deve priorizar o encontro entre as pessoas, o caminhar juntos. Depois, a abordagem das diferenças será mais fácil”.
Em outra passagem do livro Bergoglio critica essas homilias “que deveriam ser querigmáticas, mas que acabam sendo moralizantes. E dentro da moral – embora não tanto nas homilias como em outras ocasiões – prefere-se falar da moral sexual, de tudo o que tem algum vínculo com o sexo. Dizer que isso pode, aquilo não pode. Que isso é pecado, aquilo não. E então relegamos o tesouro de Jesus vivo, o tesouro do Espírito Santo em nossos corações, o tesouro de um projeto de vida cristã que tem muitas outras implicações para além das questões sexuais. Deixamos de lado uma catequese riquíssima, com os mistérios da fé, do Credo e acabamos nos centrando em se fazemos ou não uma marcha contra um projeto de lei que permite o uso da camisinha”.
E acrescenta: “Creio, sinceramente, que a opção básica da Igreja, na atualidade, não é diminuir ou tirar prescrições ou tornar mais fácil isto ou aquilo, mas sair às ruas para encontrar as pessoas, conhecer as pessoas por seu nome. Mas não só porque essa é sua missão, sair para anunciar o Evangelho, mas porque não fazê-lo produz prejuízo. [...] É verdade que, se alguém sai às ruas, pode lhe acontecer o que acontece a qualquer cidadão comum: acidentar-se. Mas prefiro mil vezes ter uma Igreja acidentada a uma Igreja doente”.
Visto em: Instituto Humanitas Unisinos
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