quinta-feira, 30 de setembro de 2010

São Jerônimo, Doutor da Igreja, rogai por nós!

S.Jerônimo nasceu na Dalmácia(onde nasceu também o papa Caio), no século IV, e foi batizado em Roma.Preocupado com o problema da perfeição cristã, frequentou os primeiros monges de Treves, voltou à Itália e partiu depois para o Oriente, onde viveu como eremita no deserto da Síria e se entregou a rudes mortificações e à lição dos livros sagrados. Ordenado sacerdote em Antioquia, iniciou-se em Constantinopla nos estudos das obras escrituristas de Orígenes, e regressou a Roma. Secretário ao mesmo tempo de S.Dâmaso e diretor espiritual de grande nomeada, determinou retirar-se definitivamente para a Palestina. Morreu em 419 ou 420. Os seus restos descansam em Roma na basílica de Santa Maria Maior. São Jerônimo traduziu a bíblia e fixou em grande parte de texto latino da Vulgata, que a S.Igreja adotou como versão oficial.O seu grande saber, os seus comentários à Sagrada Escritura e o vigor com que combateu as heresias do seu tempo mereceram-lhe o título de Doutor.

Dele disse o Papa Bento XVI: A preparação literária e a ampla erudição permitiram que Jerónimo fizesse a revisão e a tradução de muitos textos bíblicos: um precioso trabalho para a Igreja latina e para a cultura ocidental. Com base nos textos originais em grego e em hebraico e graças ao confronto com versões anteriores, ele realizou a revisão dos quatro Evangelhos em língua latina, depois o Saltério e grande parte do Antigo Testamento. Tendo em conta o original hebraico e grego, a Septuaginta, a versão grega clássica do Antigo Testamento que remontava ao tempo pré-cristão, e as precedentes versões latinas, Jerónimo, com a ajuda de outros colaboradores, pôde oferecer uma tradução melhor: ela constitui a chamada "Vulgata", o texto "oficial" da Igreja latina, que foi reconhecido como tal pelo Concílio de Trento e que, depois da recente revisão, permanece o texto "oficial" da Igreja de língua latina.



É interessante ressaltar os critérios aos quais o grande biblista se ateve na sua obra de tradutor. Revela-o ele mesmo quando afirma respeitar até a ordem das palavras das Sagradas Escrituras, porque nelas, diz, "até a ordem das palavras é um mistério" (Ep. 57, 5), isto é, uma revelação. Reafirma ainda a necessidade de recorrer aos textos originários: "Quando surge um debate entre os Latinos sobre o Novo Testamento, para as relações discordantes dos manuscritos, recorremos ao original, isto é, ao texto grego, no qual foi escrito o Novo Pacto. Do mesmo modo para o Antigo Testamento, se existem divergências entre os textos gregos e latinos, apelamos ao texto original, o hebraico; assim tudo o que brota da nascente, podemo-lo encontrar nos ribeiros" (Ep. 106, 2).(Audiência geral, Roma, em 7 de novembro de 2007).

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