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segunda-feira, 22 de março de 2010

Cardeal enumera atitudes atuais de um sacerdote bom pastor



Dom José Policarpo proferiu catequese no quinto domingo da Quaresma



LISBOA, segunda-feira, 22 de março de 2010 (ZENIT.org).- Um desafio do Ano Sacerdotal é “fazer com que os sacerdotes sejam, em tudo e sobretudo, pastores do Povo que lhes foi confiado”.


Essa foi a indicação dada pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo, ontem, na Sé Patriarcal, na catequese do quinto domingo da Quaresma, em que o purpurado discutiu a atitude sacerdotal de Jesus Cristo ligada à imagem do Bom Pastor.


“Tanto no Antigo como no Novo Testamento a designação de Deus como Pastor do seu Povo exprime, em linguagem tocante e significativa, o intenso amor de Deus pelo seu Povo, define a salvação e o sacrifício que no-la mereceu como ato de amor, de um amor intenso e levado ao extremo”, explica o cardeal.


Cristo “é Sacerdote porque nos salvou; e salvou-nos porque nos amou até ao limite, até ao dom da própria vida. Ele é o Sumo Sacerdote do novo Povo de Deus porque é o seu Bom Pastor”.


Segundo Dom José Policarpo, ligar o sacerdócio de Cristo ao seu amor de Bom Pastor “ajuda a viver cada momento sacerdotal da Igreja como expressão da intensidade atual do amor com que Deus nos ama, em Jesus Cristo”.


“Esta perspectiva do Pastor pode inspirar toda a renovação pastoral na forma de exercer, atualmente, o ministério sacerdotal. Essa pode transformar-se na grande interpelação do Ano Sacerdotal: fazer com que os sacerdotes sejam, em tudo e sobretudo, pastores do Povo que lhes foi confiado.”


O Patriarca de Lisboa enumerou “as atitudes atuais de um sacerdote bom pastor, até para as transformarmos em prece, quando rezamos pelos nossos sacerdotes”.


Um bom pastor “é alguém que guia, que tem a coragem de indicar, à luz da fé, o caminho a seguir. Sabe dizer a verdade com amor. Um bom pastor é um amigo da vida. Ele deve abrir para os outros as fontes da vida eterna”.


“Um bom pastor é aquele que não fica prisioneiro daqueles que o rodeiam sempre, mas vai à procura dos que se desviaram ou nunca vieram; é aquele que, sem desprezar ninguém, dá um lugar especial no seu coração aos pobres, aos pequeninos, aos mais fracos.”


“Um bom pastor é alguém que vigia, está atento, avisa dos perigos; um bom pastor não se apascenta a si mesmo, não usa o seu ministério para proveito próprio; um bom pastor conhece as suas ovelhas.”


“É sobretudo quando celebramos a Eucaristia e damos atualidade à ação sacerdotal de Cristo, que somos os pastores que Ele deseja para o seu Povo. Isso exige que, na nossa vida, nos tornemos ‘modelos do rebanho’”, afirma Dom José Policarpo.

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