sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Dom Eugênio esclarece sobre a maçonaria

 
VOZ DO PASTOR - Mensagem do Cardeal D. Eugênio de Araújo Sales Arcebispo Emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro
 
Sobre a Maçonaria Desde o Papa Clemente XII, com a Constituição Apostólica “In eminenti”, de 28 de abril de 1738 até nossos dias, a Igreja tem proibido aos fiéis a adesão à Maçonaria ou associações maçônicas. Após o Concílio Vaticano II, houve quem levantasse a possibilidade de o católico, conservando a sua identidade, ingressar na Maçonaria. Igualmente, se questionou a qual entidade se aplicava o interdito, pois há várias correntes: se à anglo-saxônica ou à franco-maçonaria, a atéia e a deísta, anti-clerical ou de tendência católica. Para superar essa interrogação, o Documento da Congregação para a Doutrina da Fé, com data de 26 de novembro de 1983, e que trata da atitude oficial da Igreja frente à Maçonaria, utiliza a expressão “associações maçônicas”, sem distinguir uma das outras. É vedado a todos nós, eclesiásticos ou leigos, ingressar nessa organização e quem o fizer, está “em estado de pecado grave e não pode aproximar-se da Sagrada Comunhão”.
 
Entretanto, quem a elas se associar de boa fé e ignorando penalidades, não pecou gravemente. Permanecer após tomar conhecimento da posição da Igreja, seria formalizar o ato de desobediência em matéria grave. A Congregação, no mesmo Documento de 26 de novembro de 1983, declara que “não compete às autoridades eclesiásticas locais (Conferência Episcopal, Bispos, párocos, sacerdotes, religiosos) pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçônicas, com um juízo que implique derrogação do quanto acima estabelecido”. O texto faz referência à Declaração de 17 de fevereiro de 1981, que reservava à Sé Apostólica qualquer pronunciamento que implicasse em derrogação da lei canônica em vigor. Tratava-se do cânon 2335 do Código de Direito Canônico de 1917, que previa excomunhão “ipso facto” a quem ingressasse na Maçonaria. Reconhecer uma incompatibilidade doutrinária não implica fomentar um clima de hostilidade. Preservar a própria identidade e defendê-la, não significa incentivar atritos. Aliás, somente o respeito à Verdade facilita a paz e a busca da concórdia entre os indivíduos. O novo Código de Direito Canônico assim se expressa: “Quem se inscreve em alguma associação que conspira contra a Igreja, seja punido com justa pena; e quem promove ou dirige uma dessas associações, seja punido com interdito” (cânon 1374).
 
No dia seguinte à entrada em vigor do novo Código, isto é, 26 de novembro, é publicada a citada Declaração com a aprovação do Santo Padre. Diz o Documento que a Maçonaria não vem expressamente citada por um critério redacional e acrescenta: “Permanece, portanto, inalterado o parecer negativo da Igreja, a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a Doutrina da Igreja e, por isso, permanece proibida a inscrição nelas. Em 1997, a Livraria do Vaticano editou uma obra intitulada “A Maçonaria nas disposições do Código de Direito Canônico de 1917 e de 1983”, de autoria de Zbigniew Suchecki. O sucesso levou à tradução para o italiano de outro livro do mesmo autor. Eu fazia parte da Comissão do novo Código, na parte final da elaboração. Recordo-me bem. Houve uma emenda para fazer permanecer, de modo explícito, a condenação à Maçonaria, como foi obtido para o aborto, com excomunhão “latae sententiae”. A votação, no caso do abortamento, alcançou os dois terços requeridos e foi incluído o termo. No que se refere à Maçonaria, houve maioria em favor da explicitação da mesma associação, mas não com o índice requerido. Nos debates prévios foi alegado não ser necessário, pois o texto já continha uma proibição implícita.
 
Dom Boaventura Kloppenburg, em sua obra “Igreja e Maçonaria: conciliação possível?” recentemente reeditado em 4ª edição pela “Vozes”, trata profusamente deste assunto, no capítulo “Dos princípios do liberalismo religioso à maçonaria brasileira”. E no capítulo XI, “O Maçom perante a Igreja católica – As razões da condenação da Maçonaria” – Frontal oposição de doutrinas”. Outra obra recém-publicada pela Editora “Santuário” é “Maçonaria e Igreja católica”, de Dom João Evangelista Martins Terra.
 
Permanecendo a proibição no ensinamento da Igreja, houve nesse período pós-conciliar uma profunda modificação no relacionamento entre pessoas, entre católicos e maçons. Embora permanecendo separadas, existe um clima de respeito mútuo que permite um diálogo. O exemplo foi o aparecimento de reuniões entre católicos e maçons para estudo como o de uma Comissão das Grandes Lojas reunidas da Alemanha e a Conferência Episcopal Alemã, de 1974 a 1980. A Declaração final do Episcopado alemão evidencia a incompatibilidade, pois a maçonaria não mudou em sua essência. A pesquisa acurada sobre rituais e os fundamentos dessa instituição demonstra a existência de doutrinas que se excluem. Entre as causas dessa separação, enumera: a ideologia dos maçons, o conceito de Verdade, de Religião, de Deus, a Revelação, sobre a tolerância, os ritos, a perfeição do homem e a espiritualidade. De outro lado, a realidade alemã vê a possibilidade de colaboração pastoral na área da Justiça Social e Direitos Humanos. O fato de existirem eclesiásticos na maçonaria prova que há falhas na disciplina. São dadas explicações, não justificativas, baseadas em situações históricas, como no caso da Independência do Brasil. Dom Boaventura Kloppenburg, em sua obra examina o assunto e o reduz a dimensões reais O respeito mútuo e a fidelidade aos ensinamentos da Igreja nos possibilitam uma convivência pacífica com os irmãos maçons.
 
Mensagem do Cardeal D. Eugênio de Araújo Sales Arcebispo Emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

São Pio X P.P, Rogai por nós!


Nascido como Giuseppe Melchiorre Sarto, São Pio X ficou conhecido como “Papa da Eucaristia”.

Segundo filho de uma família do campo em Treviso, foi ordenado padre em 1858, estudou direito canônico e obras de São Tomas de Aquino. Em 1884 foi sagrado bispo para a diocese de Mântua e em 1896 assumiu o patriarcado de  Veneza, chegando automaticamente ao cardinalato (Cf. diretos patriarcais) Giuseppe foi eleito Papa e 4 de agosto de 1903.
Com o lema: “Instaurare omnia in Christo” (Renovar todas as coisas em Cristo) foi um grande defensor da doutrina Católica, governou a Igreja em tempos de dificuldades, mas a governou com firmeza. Pio X introduziu grandes reformas na liturgia e codificou a Doutrina da Igreja Católica, sempre num sentido tradicional e facilitou a participação popular na Eucaristia. Foi um Papa pastoral, encorajando estilos de vida que refletissem os valores cristãos. Permitiu a prática da comunhão eucarística frequente e fomentou o acesso das crianças à Eucaristia quando da chegada à chamada idade da razão. Promoveu ainda o estudo do canto gregoriano e do catecismo(Conhecido pelos nomes: 3º Catecismo da Cristandade ou Catecismo Maior de São Pio X). No Brasil foi o fundador da Diocese de Taubaté, no Estado de São Paulo.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Crisis de fe en la Iglesia de Alemania: “Sin asimilación del Catecismo, la fe se desvanece”

 
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Presentamos algunos extractos de un artículo de Andrea Galli, publicado en Avvenire, sobre la compleja realidad de la Iglesia en Alemania, en vísperas del Año de la Fe convocado por el Santo Padre, junto con la entrevista a Mons. Willhelm Inkamp, sacerdote alemán, historiador de la Iglesia y consultor de las Congregaciones para las Causas de los Santos y para el Culto Divino. Como rector del santuario bávaro de Maria Vesperbild, Mons. Inkamp se destaca por su empeño en promover la visión litúrgica del Papa Benedicto XVI. Es, además, un observador autorizado de la compleja situación del catolicismo alemán.
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El Año de la Fe visto y vivido por la Iglesia alemana será un año especial. No sólo es alemán el Papa que lo ha convocado, y alemán el nuevo Prefecto de la Congregación para la Doctrina de la Fe, caso único en la historia. Alemania misma, con todo su peso, es un caso ejemplar de la secularización que ha investido brutalmente a Europa, y no sólo del norte.
 
Durante este pontificado no han faltado las agitaciones, advertidas hasta en Roma. Como el memorándum firmado por un grupo de 143 exponentes de diversas facultades de teología que, partiendo del escándalo de los abusos sexuales cometidos en algunas estructuras eclesiales, han propuesto un nuevo comienzo para la Iglesia alemana bajo la bandera de una ruptura: entre otras cosas, con el magisterio en el campo de la ética sexual, con la estructura jerárquica de la Iglesia misma, con el celibato sacerdotal.
 
Pero también en la Carta sobre la remisión de la excomunión a los cuatro obispos lefebristas – aquella en que Benedicto XVI recordó que “en amplias zonas de la tierra la fe está en peligro de apagarse como una llama que no encuentra ya su alimento” – alguno ha visto una referencia a ambientes y personalidades del catolicismo alemán en estas dramáticas palabras: “Me ha entristecido el hecho de que también católicos, que en el fondo hubieran podido saber mejor cómo están las cosas, hayan pensado que debían herirme con una hostilidad dispuesta al ataque”.
 
Precisamente en Alemania, de hecho, a pesar de que la presencia de la Fraternidad Sacerdotal San Pío X es bastante menor que en Francia, el intento de superar el cisma realizado por Lefebvre ha desencadenado reacciones polémicas.
 
A una comunidad eclesial gloriosa y compleja, atravesada todavía por instancias de renovación traumática y por tensiones que se remontan a los años `60 y `70, pero que al mismo tiempo ha dado a la Iglesia universal un Pontífice y uno de los mayores teólogos contemporáneos, a una Iglesia que ha visto una erosión constante de las vocaciones y del mismo número de fieles (150 los nuevos seminaristas registrados en el 2011, 100.000 los católicos menos cada año a partir del 2000), pero que continúa teniendo un gran impulso caritativo (450 millones de euros donados para proyectos de caridad y misioneros en los cinco continentes), Benedicto XVI ha indicado en persona las directivas para vivir el Año de la Fe.
 
Lo ha hecho en su viaje apostólico a Alemania en septiembre del año pasado y en los discursos que ha pronunciado. En uno en particular, al Consejo del Comité central de los católicos, ha querido tocar un punto difícil. La Iglesia alemana está “organizada de manera óptima pero – preguntó Ratzinger –, detrás de las estructuras, ¿hay una fuerza espiritual correspondiente, la fuerza de la fe en el Dios vivo? Debemos decir sinceramente que hay un desfase entre las estructuras y el Espíritu”.
 
El sentido teutónico del orden y la organización ha hecho de las 27 diócesis, de las curias y de su aparato máquinas eficientísimas e imponentes. Con un millón y medio de empleados, la Iglesia católica y la evangélica son juntas el segundo dador de trabajo en Alemania después de la administración pública. La Iglesia católica da trabajo en particular a cerca de 650 mil personas, de las cuales 500 mil empeñadas en la Caritas. Por esta desproporción entre aparato y fe auténticamente vivida – que concierne también al mundo de la teología, de la que Alemania continúa siendo una reserva de primordial importancia para autores, publicaciones y facultades -, así como por el riesgo de prestar excesiva atención a cuestiones en el fondo secundarias, ha venido la advertencia del Papa: “Si no llegamos a una verdadera renovación en la fe, toda reforma estructural será ineficaz”.

Entrevista a Mons. Willhelm Inkamp
 
De entre los posibles frutos del inminente Año de la Fe, ¿de cuáles tiene más necesidad la Iglesia alemana?
 
Es necesaria una verdadera recepción del Catecismo de la Iglesia Católica, que debe convertirse en un fundamento vinculante para la transmisión de los contenidos de la fe. Esto vale para la preparación a los sacramentos, para el plan de formación y para los programas didácticos de los profesores de religión, obviamente hasta la preparación de los sacerdotes.
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Usted es el rector de un santuario muy famoso, signo de un amor secular del catolicismo alemán por la Virgen. ¿Este amor existe todavía o la importancia de María debe ser redescubierta?
 
Incluso sólo el título de “Mater Ecclesiae” muestra la importancia que la Virgen María tiene para este Año de la Fe. Ella es la “Puerta de la fe” y, por eso, también la “Puerta del Cielo”. En el santuario de Maria Vesperbild florece y arde el amor por la Madre de Dios. Y la piedad popular tendrá un significado especial en el Año de la Fe.
*
Una actitud de contestación al Magisterio y un cierto espíritu anti-romano sobreviven en las Iglesias de lengua alemana, a pesar de que se han revelado estériles y en el post-Concilio han desertificado muchas comunidades cristianas. ¿Por qué resisten todavía?
 
Respecto al sentimiento anti-romano, Hans Urs Von Baltashar ya ha dicho todo lo que había para decir. Lamentablemente esto es un continuum en la historia de la Iglesia alemana. Para decirlo de un modo un poco fuerte, Febronio (NdR: 1701-1790, canonista alemán que negaba al Papa el derecho de pronunciarse sobre la conducta de las Iglesias nacionales) vive todavía, y muchos teólogos alemanes nunca han ido más allá del Concilio de Pistoya (NdR: 1786, condenado por el Papa Pío VI, se propuso una reforma de la Iglesia en sentido jansenista). El sentimiento anti-romano es, en el fondo, un resto del siglo XVIII.
*
¿Por qué la Iglesia y la misma fe resultan tan poco convincentes a muchos jóvenes?
 
El aparato eclesial, con su complicado sistema de comisiones y de consejos, no es percibido en su grandeza espiritual sino como un simple ente de derecho público que se esfuerza en todos los aspectos por tener relevancia social. Pero los efectos a largo plazo, por ejemplo de las Jornadas Mundiales de la Juventud o de los nuevos movimientos eclesiales, podrían cambiar las cosas.
*
Es típico hoy que a sacerdotes y personalidades de la Iglesia se les pida pronunciarse sobre cualquier tema que concierne a la vida social: ecología, trabajo, derechos humanos… Está quien sostiene que sería mejor concentrarse en los contenidos de la fe, dejando de lado el resto. ¿Usted qué piensa de eso?
Estoy plenamente de acuerdo. Sin la asimilación del Catecismo, de la que hablaba antes, la fe se evapora, se desvanece. También aquí, sin embargo, existe la esperanza de una corrección, por ejemplo con proyectos como el Youcat (NdR: el Catecismo de los jóvenes difundido en la JMJ de Madrid).
*
La fe se expresa también a través de signos: ¿cuáles deberían redescubrirse?

Se necesita una especial introducción a los sacramentales. La piedad popular conoce bien su profundo significado, son un tesoro para redescubrir y para ofrecer nuevamente. Me parece que es urgente una pastoral que piense cómo lograrlo.
***

Fuente: Avvenire
Traducción: La Buhardilla de Jerónimo

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ofício Divino: resumo para o dia da Assunção de Nossa Senhora.

Fizemos um pequeno resumo da Liturgia das Horas para o dia de hoje, para que possamos com esta oração, mesmo que diminuída, entrar em união com Nossa Senhora.

                                                            Vésperas 

V. 
Vinde, ó Deus, em meu auxílio. 
R. 
Socorrei-me sem demora. 
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. 
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia. 

Hino 
Nova estrela do céu, gáudio da terra,
ó Mãe do Sol, geraste o Criador: 
estende a tua mão ao que ainda era,
levanta o pecador. 

Deus fez de ti escada luminosa: 
por ela o abismo galga o próprio céu; 
dá subirmos contigo, ó gloriosa, 
envolva-nos teu véu![...]

Salmodia 

Ant. 1 Maria foi hoje elevada aos céus, 
os anjos se alegram, louvando o Senhor.
Salmo 121(122)
1 Que alegria, quando ouvi que me disseram: * 
'Vamos à casa do Senhor!' 
2 
E agora nossos pés já se detêm, *
Jerusalém, em tuas portas. [...]

Cântico Ef 1,3-10 

3 Bendito e louvado seja Deus, * 
o Pai de Jesus Cristo, Senhor nosso, 
– que do alto céu nos abençoou em Jesus Cristo * 
com bênção espiritual de toda sorte! [...]

(R.
 Bendito sejais vós, nosso Pai, 
que nos abençoastes em Cristo!
) 

Leitura breve 1Cor 15,22-23

Como em Adão todos morem, assim também em Cristo todos reviverão. Porém, cada qual
segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que
pertencem a Cristo.

Responsório breve

R. 
Foi exaltada a Virgem Maria, 
Acima dos coros dos anjos. R. Foi exaltada. 
V. 
Bendito o Senhor que a elevou! Acima.
Glória ao Pai. 
R. Foi exaltada.

Cântico evangélico (MAGNIFICAT) Lc 1,46-55
Ant. Hoje a Virgem Maria subiu para os céus,
alegremo-nos todos, pois reina com Cristo sem fim, pelos séculos.
 
A alegria da alma no Senhor

46 A minha alma engrandece ao Senhor *
47
 e exulta meu espírito em Deus, meu Salvador;
48
 porque olhou para humildade de sua serva, *
doravante as gerações hão de chamar-me de bendita.[...] 

Ant. Hoje a Virgem Maria subiu para os céus,
alegremo-nos todos, pois reina com Cristo sem fim, pelos séculos.

Preces

 
Proclamemos a grandeza de Deus Pai todo-poderoso: Ele quis que Maria, Mãe de seu
Filho, fosse celebrada por todas as gerações. Peçamos humildemente:

R. 
Cheia de graça, intercedei por nós!

Deus, autor de tantas maravilhas, que fizestes a Imaculada Virgem Maria participar em
corpo e alma da glória celeste de Cristo,
– conduzi para a mesma glória os corações de vossos filhos e filhas. R. 
Vós, que coroastes Maria como rainha do céu,
– fazei que nossos irmãos e irmãs falecidos se alegrem eternamente em vosso reino, na companhia dos santos. R. 

 
Pai nosso... 
Oração
 
Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu em corpo e alma a imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto a fim de participarmos da sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. 
Conclusão da Hora
O Senhor nos abençoe,
nos livre de todo o mal
e nos conduza à vida eterna. Amém.

ASSUNÇÃO DA SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA



Em 1º de novembro de 1950, o Venerável Papa Pio XII proclamava como dogma que a Virgem Maria “terminado o curso da vida terrena, foi assunta à glória celeste em alma e corpo”. Esta verdade de fé era conhecida pela Tradição, afirmada pelos Padres da Igreja, e era, sobretudo, um aspecto relevante do culto rendido à Mãe de Cristo. O elemento cultual constitui, por assim dizer, a força motora que determinou a formulação deste dogma: o dogma parece um ato de louvor e de exaltação em relação à Virgem Santa. Este emerge também do próprio texto da Constituição apostólica, onde se afirma que o dogma é proclamado “em honra ao Filho, para a glorificação da Mãe e a alegria de toda a Igreja”. É expresso assim na forma dogmática algo que já foi celebrado no culto da devoção do Povo de Deus como a mais alta e estável glorificação de Maria: o ato de proclamação da Assunta se apresentou quase como uma liturgia da fé. E no Evangelho que escutamos agora, Maria mesma pronuncia profeticamente algumas palavras que orientam nesta perspectiva. Diz: “Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz” (Lc 1,48). é uma profecia para toda a história da Igreja. Esta expressão do Magnificat, referida por São Lucas, indica que o louvor à Virgem Santa, Mãe de Deus, intimamente unida a Cristo, seu filho, diz respeito à Igreja de todos os tempos e de todos os lugares. E a anotação destas palavras da parte do Evangelista pressupõe que a glorificação de Maria estivesse já presente no período de São Lucas e ele a considerou um dever e um compromisso da comunidade cristã para todas as gerações. As palavras de Maria indicam que é um dever da Igreja recordar a grandeza de Nossa Senhora para a fé. Esta solenidade é um convite, portanto, a louvar Deus, e a olhar para a grandeza de Nossa Senhora, para que conheçamos Deus na face dos seus.

Homilia de Bento XVI - Festa da Assunção de Maria - 15/08/2012

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Por que iPads e smartphones não podem substituir o Missal na Liturgia?

Notícia interessante da ACI Digital.
 
Nós a reproduzimos e acrescentamos a citada decisão da Conferência Episcopal da Nova Zelândia que, assim esperamos, seja largamente seguida pelas outras Conferências do mundo.

Além de vários outros detalhes sérios a serem observados, o uso de um tablet como Missal

VATICANO, 10 Ago. 12 / 10:30 am (ACI/EWTN Noticias).- O Padre Antônio Spadaro, conhecido popularmente como o "ciberteólogo" do Vaticano, explicou por que os distintos dispositivos móveis como Ipad, Smartphones e tablets não podem substituir o Missal Romano nem os tradicionais livros na liturgia católica.
 
O sacerdote, membro do Pontifício Conselho das Comunicações, comentou em seu blog a decisão da Conferência Episcopal da Nova Zelândia de negar-se ao pedido de vários sacerdotes do país que solicitaram usar estes dispositivos móveis nas liturgias que celebram.
 
Através da edição de julho da revista italiana ‘Jesus’, e no seu blog "CyberTeologia", o Padre Spadaro explica como muda o conceito do livro sagrado nos tempos do iPad, e considera que graças aos aplicativos que permitem rezar a oração do Breviário, ou o Missal, como o iBreviary, pode-se difundir o uso dos livros litúrgicos no mundo digital.
 
Porém, recordou que "a página do Evangelho, permanece como parte integrante da ação ritual da comunidade cristã".
 
O presbítero explicou que "é inimaginável que se leve em procissão um iPad ou um computador portátil, ou que em uma liturgia um monitor seja solenemente incensado e beijado", e portanto, "a liturgia, é o baluarte de resistência da relação texto-página contra a volatilização do texto desencarnado de uma página de tinta; o contexto no qual, a página permanece como o ‘corpo’ de um texto".
 
Finalmente, o ciberteólogo convidou a pensar no Concílio do Trento, o qual abraçou a tecnologia de vanguarda dos seus tempos que foi a imprensa, e "permitiu a criação de edições úteis para a criação de uma liturgia realmente global, quer dizer, uniforme em todas as dioceses e paróquias", concluiu.
 
Um estudo realizado em 2010 pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz e pela Universidade de Lugano com o apoio da Congregação para o Clero, demonstrou que 17,5 por cento dos sacerdotes do mundo usava internet ao menos uma vez ao dia para rezar a liturgia das horas, enquanto que, até quase 36 por cento, o fazia ao menos uma vez à semana.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=23988

Até mesmo o arcebispo primaz do México, o Cardeal Norberto Rivera, já fez uso de tablet como livro litúrgico...

Tradução da decisão da Conferência Episcopal da Nova Zelândia:

CONFERÊNCIA EPISCOPAL DA NOVA ZELÂNDIA

30 de Abril de 2012

Caríssimos sacerdotes,
desde a publicação do Missal Romano para uso na Nova Zelândia, temos recebido algumas questões sobre o uso de iPads ou outros tablets, e-readers e telefones celulares por sacerdotes, ao invés do Missal, durante a Missa e outras liturgias.
 
Os bispos consideraram cuidadosamente este assunto e analisaram o que passa em outros países.
Todas as culturas religiosas [N.T.: todas as fés, no original] possuem livros sagrados que são reservados para aqueles rituais e atividades que estão no coração dessas mesmas culturas [N.T.: fés, no original]. A Igreja Católica não é diferente, e o Missal Romano é um dos nossos livros sagrados. Sua forma física é um indicativo de seu papel especial em nosso culto.
 
O Missal é reservado para o uso na liturgia da Igreja. IPads e outros disposivitos eletrônicos têm uma variedade de usos, por exemplo: jogar, navegar na internet, assistir vídeos e ler e-mails. Isto basta para tornar seu uso inadequado na liturgia.
 
A Conferência Episcopal da Nova Zelândia tomou a seguinte decisão sobre o uso de dispositivos eletrônicos no lugar do Missal. Esta decisão aplica-se a todos os sacerdotes nas dioceses da Nova Zelândia:

Com a publicação do Missal Romano surgiu um [grande] número de aplicativos com o Missal para iPad e outros tablets, telefones celulares e e-readers.
 
Enquanto estes aplicativos são excelentes para propósito de estudo, o iPad (e seus equivalentes), e-readers e telefones celulares não devem ser usados pelo sacerdote na liturgia.
 
Somente a cópia oficial impressa do Missal Romano pode ser usada na Missa e nas outras liturgias da Igreja.

+John Dew
Arcebispo de Wellington
Presidente

+Patrick Dunn
Bispo de Auckland
Secretário

+Denis Browne
Bispo de Hamilton

+Colin Campbell
Bispo de Dunedin

+Charles Drennan
Bispo de Palmerston North

+Barry Jones
Bispo de Christchurch

+Peter Cullinane
Bispo Emérito de Palmerston North

Fonte: http://cathnews.co.nz/wp-content/uploads/2012/04/Ipads-at-Mass.pdf


Tradução por Luís Augusto - membro da ARS

domingo, 12 de agosto de 2012

Posse do Novo Pároco da Paróquia Pessoal Senhor Bom Jesus Crucificado e Imaculado Coração de Maria

Fotos do Pontifical Solene da Festa do Sr. Bom Jesus Crucificado e Posse Canônica do novo Pároco da Paróquia Pessoal Senhor Bom Jesus Crucificado e Imaculado Coração de Maria, o Revmo. Pe. Ivoli Latrônico, celebrada por S.E.R. Dom Fernando Arêas Rifan no dia 06 de agosto 2012 em Bom Jesus do Itabapoana RJ. A Santa Missa foi precedida pela solene procissão com o andor do Padroeiro e no início da Santa Missa o sr. Bispo deu a posse canônica ao novo Pároco.

Em seguida o Chanceler da Administração Apostólica, o revmo Mons. José de Matos, conduziu o novo Pároco aos lugares devidos ( Confessionário, Batistério, o local onde se guarda os vasos sagrados, a capela e ao púlpito). Na celebração além dos sacerdotes e os seminaristas da Administração Apostólica também estiveram presentes as autoridades civis e militares. Rezemos para que o novo Pároco, Pe. Ivoli, junto com seus vigários, revmos. Pe. Renan Damaso e Pe. Rafael Lugão, com zelo e alegria conduzam suas ovelhas, da Paróquia e mais 19 capelas rumo à santidade.

Créditos das fotos Hernan Gouveia










terça-feira, 7 de agosto de 2012

Virgindade Perpétua de Maria:: Escritos de São Jerônimo – Capítulos 3 e 4

Capítulo 3

Sua primeira declaração [argumento de Helvídio para refutar a Virgindade Perpétua de Maria] : “Mateus diz: ‘O nascimento de Jesus Cristo foi assim: quando sua mãe Maria estava prometida a José, antes de coabitarem, encontrou-se grávida pelo Espírito Santo. E José, seu marido, sendo um homem justo e não desejando denunciá-la publicamente, pensou em repudiá-la em segredo. Mas enquanto pensava essas coisas, um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho e disse: ‘José, filho de Davi, não temas em tomar para ti Maria como tua esposa, pois o que nela foi gerado provém do Espirito Santo’. Notem” – continua ele – “que a palavra empregada é ‘prometida‘ e não ‘confiada‘, como vocês dizem; é óbvio que a única razão para estar prometida é porque deveria se casar um dia. E o Evangelista não iria dizer ‘antes de coabitarem’ se eles não viessem a coabitar no futuro, já que ninguém usaria a frase ‘antes de jantar’ se certa pessoa não fosse jantar. Também o anjo a chama ‘tua esposa’ e se refere a ela como unida a José. A seguir, somos chamados a ouvir a declaração da Escritura: ‘E José despertou do seu sono e fez como o anjo do Senhor lhe havia ordenado, tomando-a para si como esposa; e não a conheceu até que deu à luz a seu filho’”.

Capítulo IV

[São Jerônimo começa a argumentar e destruir Helvídio] Consideremos cada um desses pontos, pois seguindo o caminho dessa impiedade mostraremos que ele [Helvídio] está se contradizendo. Admite que [Maria] estava “prometida” e que o próximo passo seria se tornar esposa daquele homem a quem estava prometida. Novamente, ele a chama de “esposa” e diz que a única razão para estar prometida seria pelo fato de casar-se um dia. E, temendo que não o compreendêssemos suficientemente bem, ainda diz: “a palavra usada é ‘prometida’ e não ‘confiada’, isto é, ela ainda não se tornara esposa, nem mesmo havia sido unida pelo contrato de casamento”.

Mas quando ele continua: “o Evangelista jamais usaria tais palavras se eles não viessem a se juntar futuramente, já que não se usa a frase ‘antes de jantar’ se certa pessoa não for jantar”. Sinceramente não sei se devo lamentar ou rir. Deveria acusá-lo de ignorância ou de imprudência? Como se isto, supondo que uma pessoa dissesse: “Antes de jantar no porto, naveguei para a África”, significasse que tais palavras obrigatoriamente demonstrassem que essa pessoa alguma vez já jantou no porto. Se eu preferisse dizer: “o apóstolo Paulo, antes de ir para a Espanha, foi preso em Roma”, ou (como também acho provável) “Helvídio, antes de se arrepender, morreu”; acaso teria Paulo obrigatoriamente estado na Espanha [após a prisão], ou Helvídio se arrependeria após a morte, ainda que a Escritura diga: “No Sheol quem vos dará graças?”?

Não podemos entender a preposição “antes” – ainda que muitas vezes signifique ordem no tempo – como também ordem de pensamento? Portanto, não há necessidade que nossos pensamentos se concretizem, se alguma causa suficiente vier a evitá-los (sua concretização). Logo, quando o Evangelista diz “antes que coabitassem”, indica apenas o tempo imediatamente precedente ao casamento, e mostra que estava em estado bem adiantado, pois ela já estava prometida, a ponto de estar próximo o momento de se tornar esposa. Conforme diz [o Evangelista], antes de se beijarem e se abraçarem, antes da consumação do casamento, ela se encontrou grávida. E ela foi determinada para pertencer a ninguém mais a não ser José, que guardou com zêlo o ventre cada vez maior de sua prometida, com olhar inquieto mas que, a esta altura, quase que com o privilégio de um marido.

Ainda que possa parecer – conforme o exemplo citado – que ele teve relações sexuais com Maria após o seu parto, o seu desejo poderia ter desaparecido pelo fato dela já ter concebido anteriormente. E, embora encontremos que foi dito a José em um sonho: “Não temas em receber Maria por tua esposa” e, de novo: “José despertou do seu sono e fez conforme o anjo lhe ordenara, tomando-a por sua esposa”, não devemos nos preocupar com isto, pois ainda que seja chamada “esposa”, ela somente deixou de ser prometida, pois sabemos que é usual na Escritura dar esse título para aqueles que são noivos.

A seguinte evidência, retirada do Deuteronômio, assim o indica: “Se um homem” – diz o Escritor [sagrado] – “encontra uma mulher prometida no campo e a violenta, deve ser morto porque humilhou a esposa do seu próximo”; e, em outro lugar: “Se uma virgem é prometida a um marido, e um homem a encontra na cidade e a violenta, então deveis trazê-los para fora do portão da cidade e os apedrejareis até à morte; a mulher porque não gritou, estando na cidade, e o homem porque humilhou a esposa do seu próximo. Fareis isto para eliminar o mal do meio de vós”; e também, em outra parte: “Que tipo de homem é este que possui uma esposa prometida e ainda não a recebeu? Que volte para sua casa, para que não morra na batalha, e que outro homem a despose”.

Mas se alguém guarda dúvidas do porquê a Virgem concebeu após estar prometida [a José], uma vez que não estava prometida a mais ninguém, ou, para usar os termos da Escritura, estava sem marido, deixe-me explicar três razões: [1ª] Pela genealogia de José, Maria possuía parentesco com ele, e a origem de Maria também precisava ser demonstrada; [2ª] Porque ela não poderia ser enquadrada na Lei de Moisés para ser apedrejada como adúltera; [3ª] Porque em sua fuga para o Egito ela precisava de segurança, o que poderia ser obtido com a ajuda de um guardião, de preferência um marido.

Quem, naquele tempo, acreditaria na palavra da Virgem, de que teria concebido pelo poder do Espírito Santo, e que o anjo Gabriel lhe teria aparecido para anunciar o propósito de Deus? Todos não a chamariam de adúltera, como fizeram com Suzana? Ainda nos tempos presentes, quando praticamente toda a terra abraçou a Fé, não vêm os judeus afirmar que as palavras de Isaías: “Eis que a ‘Virgem’ conceberá e dará à luz um filho” são equívocas porque o termo hebraico almah que aparece na frase, significa mulher jovem, enquanto que o termo bethulah, que significa virgem não é usado? Tal posição, abordaremos com mais detalhes adiante.

Finalmente, com exceção de José, Isabel e da própria Maria – e talvez de mais alguns poucos que podemos supor ouviram a verdade da boca deles – todos supunham que Jesus era filho de José. E de tal modo era essa a suposição que até mesmo os Evangelistas, expressando a opinião corrente – que é a regra correta para qualquer historiador – o chamavam de pai do Salvador, como, por exemplo: “Movido pelo Espírito, ele (isto é, Simeão) veio ao Templo. Então os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir as prescrições da Lei a seu respeito”; e, em outro lugar: “E seus pais iam todos os anos a Jerusalém por ocasião da festa da Páscoa”; e, mais adiante: “Tendo completado os dias, eles retornaram, mas o menino Jesus permaneceu em Jerusalém, e seus pais não sabiam disso”.

Note-se que a própria Maria respondeu ao [anjo] Gabriel com as seguintes palavras: “Como se sucederá isso, se não conheço varão?”, dizendo isto a respeito de José; e, mais: “Filho, por que fizeste isto conosco? Teu pai e eu estávamos à tua procura”. Não fazemos uso aqui, como muitos fazem, do discurso dos judeus ou dos escarnecedores. Os Evangelistas chamam José de “pai” e Maria confessa que ele era pai. Não – como já disse antes – que José fosse realmente o pai do Salvador, mas, preservando a reputação de Maria, todos o viam como sendo o pai [de Jesus], pois ouvira a advertência do anjo: “José, filho de Davi, não temas em tomar para ti Maria como tua esposa, pois o que nela foi gerado provém do Espírito Santo”, pois pensava em repudiá-la em segredo; tudo isto bem demonstrando que o filho não era dele.

Ao dizermos tudo isto, mais com o objetivo de oferecer uma instrução imparcial do que responder a um oponente, mostramos o porquê José era chamado de pai de Nosso Senhor e o porquê Maria era chamada de esposa de José. Isto também responde ao porquê de certas pessoas serem chamadas de “seus irmãos”. Entretanto, este último ponto encontrará seu lugar apropriado mais adiante.

Continua…
( Tradução: José Fernandes Vidal e Carlos Martins Nabeto – Central de Obras do Cristianismo Primitivo)

sábado, 4 de agosto de 2012

Virgindade Perpétua de Maria:: Escritos de São Jerônimo – Capítulos 1 e 2


Introdução – Capítulo 1

Há algum tempo, recebi o pedido de alguns irmãos para responder a um panfleto escrito por um tal Helvídio. Demorei para fazê-lo, não porque fosse tarefa difícil defender a verdade e refutar um ignorante sem cultura, que dificilmente tomou contato com os primeiros graus do saber, mas porque fiquei preocupado em oferecer uma resposta digna, que desmoronasse os seus argumentos.

Havia ainda a preocupação de que um discípulo confuso (o único sujeito do mundo que se considera clérigo e leigo; único também, como se diz, que pensa que a eloqüência consiste na tagarelice, e que falar mal de alguém torna o testemunho de boa fé) poderia passar a blasfemar ainda mais, caso lhe fosse dada outra oportunidade para discutir. Ele, então, como se estivesse sobre um pedestal, passaria a espalhar suas opiniões em todos os lugares.

Também temia que, quando caísse na realidade, passasse a atacar seus adversários de forma ainda mais ofensiva.

Mas, mesmo que eu achasse justos todos esses motivos para guardar silêncio, muito mais justamente deixaram de me influenciar a partir do instante em que um escândalo foi instaurado entre os irmãos, que passaram a acreditar nesse falatório. O machado do Evangelho deve agora cortar pela raiz essa árvore estéril, e tanto ela quanto suas folhagens sem frutos devem ser atiradas no fogo, de tal maneira que Helvídio – que jamais aprendeu a falar – possa aprender, finalmente, a controlar a sua língua.

Capítulo 2

Invoco o Espírito Santo para que Ele possa se expressar através da minha boca e, assim, defenda a virgindade da bem-aventurada Maria. Invoco o Senhor Jesus para que proteja o santíssimo ventre no qual permaneceu por aproximadamente dez meses, sem quaisquer suspeitas de colaboração de natureza sexual. Rogo também a Deus Pai para que demonstre que a mãe de Seu Filho – que se tornou mãe antes de se casar – permaneceu Virgem ainda após o nascimento de seu Filho.

Não desejamos entrar no campo da eloqüência, nem usar de armadilhas lógicas ou dos subterfúgios de Aristóteles. Usaremos as reais palavras da Escritura; [Helvídio] será refutado pelas mesmas provas que empregou contra nós, para que possa ver que lhe foi possível ler conforme está escrito, e, ainda assim, foi incapaz de perceber a conclusão de uma fé sólida.

Continua…
( Tradução: José Fernandes Vidal e Carlos Martins Nabeto – Central de Obras do Cristianismo Primitivo)

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Bento XVI prepara nova encíclica sobre a Fé

O Secretário de estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, afirmou no dia 02 de agosto que o Papa Bento XVI prepara uma nova encíclica sobre a Fé, como "um grande presente pelo Ano da Fé".

Ao celebrar a Missa na Igreja Paroquial de Introd, no Vale d’Aosta (Itália), onde passa uns dias de repouso, o Cardeal Bertone comunicou aos assistentes que "o Santo Padre já concluiu o terceiro volume de sua trilogia sobre a vida de Jesus, que consistirá em um manuscrito dedicado a Jesus de Nazaret", e "depois, possivelmente também tenha lugar uma encíclica".

A encíclica do Papa apareceria no contexto do Ano da Fé, estabelecido pelo Pontífice para ser celebrado de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013, comemorando os 50 anos do início do Concílio Vaticano II e os 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica.

Depois de escrever sobre a caridade e a esperança, uma encíclica dedicada à fé completaria as cartas que o Santo Padre dedicou às outras duas virtudes teologais: Deus caritas est (Deus é amor), de 25 de dezembro de 2005; Spe salvi (Salvos na esperança), de 2007, e Caritas in veritate (Caridade na verdade) de 2009.

Em sua homilia, o Cardeal Tarcisio Bertone assinalou, que o ministério do Papa significa "cuidar de outros, defender os mais fracos, os necessitado, e à imagem e semelhança do bom pastor, fazer resplandecer a realeza de Cristo".

ACI Digital
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