quinta-feira, 18 de abril de 2013

Lefebvrianos dão por encerrado diálogo com a Santa Sé

bento16fsspxLisboa, 17 abr 2013 (Ecclesia) – O superior da Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX), fundada por D. Marcel Lefèbvre (1905-1991), revelou numa carta que o diálogo com a Santa Sé para o reconhecimento canónico, iniciado com Bento XVI, está encerrado, sem sucesso.
“A Fraternidade encontrou-se numa delicada posição durante grande parte do ano 2012, em razão do último movimento feito por Bento XVI que procurava normalizar a nossa situação. As dificuldades provinham das exigências que acompanhavam a proposta romana – as quais não pudemos e não poderemos nunca subscrever”, escreve D. Bernard Fellay, em missiva divulgada na internet.
Em junho de 2012, a Santa Sé revelou que tinha proposto a criação de uma prelatura pessoal para a FSSPX depois de ter pedido aos seus membros a aceitação de um preâmbulo que apresentava “certos princípios doutrinais e critérios de interpretação da doutrina católica necessários para garantir a fidelidade ao magistério da Igreja”.
Entre as questões que separam as duas partes destacam-se a aceitação do Concílio Vaticano II (1962-1965) e do magistério pós-conciliar dos Papas em matérias como as celebrações litúrgicas, o ecumenismo ou a liberdade religiosa.
D. Bernard Fellay confirma ter recebido uma carta do próprio Bento XVI “a manifestar claramente e sem ambiguidades as condições que eram impostas para uma normalização canónica”.
“Estas condições são de ordem doutrinal: recaem sobre a aceitação total do Concílio Vaticano II e da missa de Paulo VI. Portanto, como escreveu D. Augustine Di Noia, vice-presidente da Comissão Ecclesia Dei, numa carta dirigida aos membros da Fraternidade São Pio X em fins do ano passado, no plano doutrinal permanecemos no ponto de partida, tal como se estava nos anos 70” do século passado, acrescenta o texto.
Em março de 2009, Bento XVI enviou uma carta aos bispos de todo o mundo, para explicar a remissão das excomunhões de quatro bispos da Fraternidade São Pio X que tinham sido ordenados pelo arcebispo Lefèbvre, sem mandato pontifício, no ano de 1988.
Na altura, o agora Papa emérito escreveu que "enquanto a Fraternidade não tiver uma posição canónica na Igreja, também os seus ministros não exercem ministérios legítimos na Igreja (...) enquanto as questões relativas à doutrina não forem esclarecidas, a Fraternidade não possui qualquer estado canónico na Igreja, e os seus ministros (...) não exercem de modo legítimo qualquer ministério na Igreja"


Fonte: Blog do Pe.Valderi

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