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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Dedicação da Basílica do Santíssimo Salvador


De entre as ricas e grandiosas em que se celebram majestosamente as cerimônias do culto após as perseguições, destaca-se logo no primeiro plano aquela cuja dedicação memoramos.

Situada no Monte Célio, o Palácio Lateranense pertencia então a Fausta, mulher de Constantino.Depois de se converter, o imperador legou-a ao Papa para domicílio privado, fundando anexa ao palácio a Igreja do Latrão que se tornou Mãe e Cabeça de todas as igrejas do mundo.No dia 4 de novembro de 324, S.Silvestre consagrou-a com o título de basílica do Santíssimo Salvador.Foi a primeira consagração pública de uma igreja.Muito depois, já no séc.XII, foi dedicada a São João Batista, a quem já era dedicado o batistério adjacente, e daí se ficou a chamar basílica de S.João do Latrão.Nesta basílica e no palácio foram feitos, desde o século IV ao XVI, mais de 25 Concílios, dos quais 5 foram ecumênicos.Lá se desenvolveram as principais solenidades do ano litúrgico.Lá se ordenava os presbíteros, se conferia o Batismo ao catecúmenos no dia de Páscoa e lá se dirigiam as procissões durante a oitava.

Lá se encontra a Cátedra do Bispo de Roma, ou seja, a basílica de São João de Latrão é a Catedral do  Papa, a Igreja das igrejas.

O aniversário desta consagração, dedicação, foi fixado como dia 9  de novembro.

O interior da antiga basílica — o imperador Constantino adornou a antiga basílica monumental com ouro, prata, mosaicos. Tratava-se de uma basílica tradicional com quatro naves com colunas, transeptos e ábside. Em toda a largura, havia uma espécie de átrio (atrium) quase quadrado para servir como local de meditação e purificação. Quinze colunas de mármore da Numídia separavam a ampla nave central das laterais, e cada amplo arco tinha 4 m. de largura. Um arco triunfal em altas pilastras marcava o limite entre a nave e o transepto com o altar no centro. Na ábside, atrás, ficava a cadeira papal, elevada. As naves não eram abobadadas, e as traves de madeira do teto ficavam expostas como se deduz ao ver o afresco em S. Martino ai Monti, que mostra o interior da velha basílica.


Ao redesenhar a igreja em 1650, Borromini recebeu ordem do papa para criar uma igreja moderna, mas manter-se tanto quanto possível fiel à antiga estrutura de Constantino. Reduziu as 14 arcadas da nave central a cinco apenas, colocadas entre altos pilares enquadrados por pilastras colossais, e inserindo janelas acima delas. Nas paredes entre os pilares colocou nichos emoldurados por colunas, e enormes estátuas dos Apóstolos foram ali colocadas entre 1703 e 1719 graças a doadores generosos. Os nichos são coroados por relevos em estuque que mostram cenas do Antigo e do Novo Testamento, e medalhões pintados com retratos dos profetas. Comparados com as delicadas estruturas do apogeu do Barroco, quase todas em estuque branco, os tetos em madeira executados durante o pontificado do papa Pio IV (1559-1565), mantidos por ordem do papa Inocêncio X, dão impressão de pesados, maciços. Borromini também acrescentou capelas às naves laterais, e ao contrário da velha basílica longitudinal, a atual parece mais ampla, mais larga.

Um dos trabalhos mais importantes é o altar papal, no qual apenas o papa pode celebrar a Eucaristia. Contém a ara em madeira do altar onde, segundo a tradição, os primeiros bispos de Roma celebravam missa. Acima, ergue-se o tabernáculo, adornado com afrescos e esculturas. Pode ter sido desenhado por Giovanni di Stefano, de Siena, entre 1367 e 1370, mas foi muito restaurado em 1851. As flores-de-lis são referência ao patrono, rei Carlos V de França. Na parte superior vêem-se bustos de S. Pedro e S. Paulo, de prata dourada, os quais, na Idade Média, se acreditava conterem as próprias cabeças dos Apóstolos. Na confessio, abaixo do altar, está o túmulo do papa Martinho V (pontificado de 1417 a 1431) feito por Simone di Giovanni Ghini cerca do ano 1443. Nesta igreja, em 1417, Martinho V deu por findo o Grande Cisma.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Dom Antônio Gil Moreira: discurso do Papa é excelente reflexão para o momento político do Brasil

De: ACI Digital

Em seu recente artigo chamado “O Papa e os Direitos Humanos no Brasil”, o arcebispo de Juiz de Fora (MG) Dom Gil Moreira destaca que a alocução do Papa aos prelados do Regional Nordeste V, foi “um discurso profético de grande significação na defesa dos legítimos direitos da pessoa humana”. “O Sucessor de Pedro não podia ser mais claro. Alertou sobre os perigos de regimes políticos que pretendem ser considerados ‘democracia’, mas que ‘clara ou veladamente’ defendem leis abortistas ou propugnem outras medidas contrárias à vida”, destacou Dom Moreira. Para o arcebispo “O feliz pronunciamento de Sua Santidade constitui uma excelente reflexão para o momento político que estamos hodiernamente vivemos no Brasil”.

“Fiel à sua missão, a Igreja instrui e anima seus pastores e impulsiona seus filhos na vivência e na proclamação corajosa da Palavra de Deus. Assim fez Jesus com seus discípulos quando os enviou a anunciar o evangelho a todas as criaturas, prevenindo-os que não se desencorajassem nem mesmo quando se encontrassem ameaçados por lobos ou não fossem bem recebidos numa cidade”, afirmou Dom Gil Moreira.

Mais adiante o arcebispo ressalta que “o compromisso com a verdade está acima de todas as situações confortáveis, mesmo porque a Verdade para a Igreja não é um texto ou um enunciado, mas é uma pessoa, ou seja, ele mesmo, o Cristo. Seu compromisso é com o Verbo Encarnado e por ele, ela está disposta a tudo. Isto justifica até o martírio, se necessário”, .

“Na semana que passou, o Santo Padre Bento XVI fez aos bispos do Regional Nordeste 5 (Maranhão), um discurso profético de grande significação na defesa dos legítimos direitos da pessoa humana. O Sucessor de Pedro não podia ser mais claro. Alertou sobre os perigos de regimes políticos que pretendem ser considerados ‘democracia’, mas que ‘clara ou veladamente’ defendem leis abortistas ou propugnem outras medidas contrárias à vida”, recordou o bispo.

“Literalmente diz o Papa: seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso, no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases”, denunciou também Dom Gil.

“Como legítimo sucessor do Príncipe dos Apóstolos, a quem Jesus entregou o poder das chaves, e a quem é dado o ministério de confirmar os irmãos na fé, o Papa anima os Pastores a não temerem, nem negligenciarem diante de situações que desafiem os princípios da dignidade humana, pois a Igreja não pretende fazer política como os políticos que procuram agradar para ganharem votos”, recordou Dom Moreira.


“São significativas as expressões do Papa neste sentido”, escreveu o arcebispo de JF recordando as palavras do Papa: “portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo». Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, é «necessária — como vos disse em Aparecida — uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o "Compêndio da Doutrina Social da Igreja"» (Discurso inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum”.

Destacando que o Papa recordou aos prelados do Nordeste V “pontos importantes como a necessidade de se garantir o direito ao ensino religioso confessional, opcional conforme a religião do aluno, e o direito do povo brasileiro de ver os símbolos religiosos nas repartições públicas”, Dom Moreira relembrou as palavras de Bento XVI: “uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado”.

Sobre a presença de símbolos religiosos, o bispos recorda que o Papa disse ainda: “Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história” .

“Uma sociedade sem Deus corre o risco de se tornar anárquica, com a moral e a ética comprometidas. Sobre esta presença divina, afirma: Deus deve «encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política”, afirma Dom Antônio recordando a cita da última encíclica do Papa, a Caritas in veritate, em seu número 56.

“Observamos que estes temas estão relacionados ao polêmico e inaceitável PNDH3 (Plano Nacional dos Direitos Humanos 3), infelizmente assinado pelo Governo da República em dezembro de 2009, e que, necessariamente deverá ser revisto se nossos governantes quiserem respeitar a democracia e a liberdade, inclusive religiosa, do povo brasileiro. Sinto-me confortável ao ouvir as sábias palavras do Santo Padre aos bispos do Maranhão, em Visita ad Limina Apostolorum (...)”, testemunhou o Arcebispo Moreira, destacando que “o feliz pronunciamento de Sua Santidade constitui uma excelente reflexão para o momento político que estamos hodiernamente vivemos no Brasil”.

Para ler na íntegra o artigo de Dom Gil Moreira clique no link abaixo:
http://www.arquidiocesejuizdefora.org.br/noticiasartigos/artigos/962-o-papa-e-os-direitos-humanos-no-brasil.html

Dom Gil Moreira já havia se pronunciado sobre as eleições, clique abaixo e confira:
http://caius-santachiesa.blogspot.com/2010/09/dom-antonio-gil-moreira-recorda-que-nao.html

Mais um fruto do Anglicanorum Coetibus: cinco bispos anglicanos voltam ao seio da Igreja de Roma

O Bom filho à casa torna.

Cinco bispos pertencentes à Comunidade Anglicana decidiram se unir à Igreja Católica. O porta-voz da sala de imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi, confirmou a informação e disse que eles se sentem "obrigados a se demitirem de suas atuais atividades pastorais na Igreja da Inglaterra".



O Vaticano também informou que “está em estudo a constituição de um primeiro Ordenado, segundo as normas estáveis da Constituição Apostólica Anglicanorum Coetibus e que eventuais decisões em propósito serão comunicadas no tempo oportuno”.

Por meio de uma declaração conjunta, os cinco bispos - Andrew Burnham, Keith Newton, John Broadhurst, Edwin Barnes e David Seta – afirmaram terem seguido com interesse o diálogo entre anglicanos e católicos e considerarem a Constituição Apostolica Anglicanorum Coetibus um “instrumento ecumênico” fundamental para resgatar a unidade com a Santa Sé.

Os bispos disseram em conclusão que “se trata de uma unidade que é possível somente na comunhão da Eucaristia com o Sucessor de São Pedro”.

A Comissão da Conferência Episcopal Católica da Inglaterra e dos países Gales disseram, em nota assinada pelo monsenhor Alan Hopes, que pela atualização da Constituição apostólica Anglicanorum Coetibus também anunciou as boas vindas aos cinco bispos durante a reunião plenária.

Reunião do Papa com cardeais: Liberdade religiosa, liturgia, anglicanos e resposta da Igreja aos abusos sexuais

De: ACI Digital

O Papa Bento XVI convocou o Colégio Cardinalício, incluindo os 24 cardeais que serão criados no dia 20 de novembro, a uma jornada de reflexão e oração na véspera, na sexta-feira 19, na qual se tratará os seguintes temas: a liberdade religiosa na atualidade, a liturgia na vida da Igreja hoje; a passagem dos anglicanos à Igreja Católica e a resposta da Igreja aos casos de abusos sexuais.


Em um comunicado dado a conhecer hoje pela Sala de Imprensa da Santa Sé se informa que com carta de 30 de outubro, o Decano do Colégio Cardinalício, Cardeal Angelo Sodano, informou aos cardeais e novos cardeais eleitos que o Santo Padre os convoca a participar na sexta-feira 19 de novembro de uma jornada de reflexão e oração, que será desenvolvida na Sala do Sínodo dos Bispos no Vaticano.

O programa para esse dia começa com a celebração da Hora Intermédia às 09:30 a.m., e prossegue com dois temas de reflexão: a situação da liberdade religiosa no mundo e os novos desafios, que será apresentado pelo Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de estado Vaticano.

O segundo tema é o da liturgia na vida da Igreja hoje que sob o cuidado do Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Antonio Cañizares Llovera.

Pela tarde e logo depois da celebração das vésperas, haverão três temas a serem tratados: o primeiro é "Após dez anos da Dominus Iesus", apresentado pelo Arcebispo Angelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.

O segundo será "Resposta da Igreja aos casos de abusos sexuais" e o terceiro é o tema da Constituição "Anglicanorum coetibus", sobre a passagem dos anglicanos à Igreja Católica. Estes dois temas serão apresentados pelo Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal William Joseph Levada.

A Santa Missa III

A Missa é o Sacrifício do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é oferecido a Deus nos altares sob as espécies do pão e do vinho consagrados.Trate de compreender bem, caro amigo, que assistindo à Santa Missa é como se você visse o Divino Salvador, quando saiu de Jerusalém para levar a Cruz ao Calvário, onde, no meio dos mais bárbaros tormentos, foi crucificado, derramando até a última gota de seu sangue.

Esse mesmo sacrifício é renovado pelo Sacerdote quando celebra a Santa Missa, com a única diferença que o sacrifício do Calvário foi doloroso para Jesus e foi com derramamento de sangue, ao passo que o sacrifício da Missa é incruento.Como não se pode imaginar coisa mais santa e mais preciosa do que o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Jesus Cristo, assim, ao assistir à Missa, você deve estar convencido de que faz a ação mais santa e gloriosa aos olhos de Deus e benéfica para sua alma.

Jesus Cristo vem em pessoa aplicar a cada um de nós em particular os merecimentos daquele Sangue adorável, que derramou por nós no Calvário. Isso deve nos inspirar suma estima para com a Santa Missa e ao mesmo tempo um vivíssimo desejo de assistir bem a ela. O triste fato de vermos tantas pessoas voluntariamente distraídas, sem modéstia, sem atenção, sem respeito, de pé, olhando para cá e para lá, faz-nos pensar que não assistem ao divino sacrifício como Nossa Senhora e São João, e sim, como os Judeus, crucificando outra vez Nosso Senhor, com grande escândalo para os companheiros e desonra para nossa fé!


Assista, pois, meu caro amigo, à Santa Missa com espírito de verdadeiro cristão, meditando a começar pelo dolorosa Paixão que Jesus Cristo sofreu pela nossa salvação. Durante a Missa você deve estar com modéstia e recolhimento que nada possa perturbar. A mente, o coração, todos os pensamentos estejam unicamente ocupados em honrar Deus. Recomendo, faça grande empenho em assistir à Santa Missa todos os dias

Retirado: Católicos Fiéis à Tradição

Ó Santa Cruz!



Clarão que resplandece a eterna Luz
arma da alma amante guerreira
ó Bendita Cruz,adorável Cruz te adoramos Santa Cruz.

Ó Santa Cruz adorável
de onde a vida brotou
nós,por ti redimidos
a ti cantamos louvor.

Esse sinal santo estará
no céu quando o glorioso
Rei vier julgar.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Parabéns Dom Eugênio!

Uma história marcada pelo Amor em servir a Deus


Ao longo dos estudos no Colégio Marista, o aprofundamento dos conhecimentos da Igreja fez com que o menino Eugenio deixasse de lado o desejo de ser agrônomo, para entrar no seminário.

Na juventude, em 1932, começou a escrever para o jornal católico “A Ordem” divulgando a doutrina da Igreja, o que contribuiu para fortalecer o desejo pela vocação.

Contou sempre com o apoio da família, mas pessoalmente, Dom Eugenio conta que seguir o chamado ao sacerdócio foi uma dificuldade, pois foi uma grande mudança de vida. A comunhão, e especialmente a reflexão, o ajudou a fortalecer seu chamado.

Ação católica na ditadura militar

Durante o período da ditadura, Dom Eugenio mantinha o diálogo com as autoridades e acolhia muitos refugiados políticos, inclusive de outros países. O arcebispo conta que a ação católica teve um papel de destaque no fortalecimento da oposição, e suas ações eram mal vistas pelos militares. “Eu nunca entrei em choque, mas nunca cedi em razão daquilo que eu deveria fazer. Sempre agi como pastor, não como político”, enfatiza.

Contribuições para a Igreja e a sociedade

Dom Eugenio conta que foi uma surpresa receber a notícia para ser cardeal. “Nunca aspirei ser cardeal. Esperava um sacerdócio ligado à vida do interior, no meio rural. Mas Deus tem seus caminhos”, salienta o hoje arcebispo emérito que, mesmo surpreso, recebeu sua nomeação com gratidão. “Desde então, eu tenho me mantido num ritmo de trabalho para divulgar o Reino de Deus e o Evangelho, e da melhor maneira procuro aperfeiçoar os métodos para isso”, ressalta.

Sua história foi marcada com contribuições importantes para a Igreja e para a sociedade, como a criação das comunidades de base, a reforma agrária em Barra de Punaú, sindicatos rurais e a Campanha da Fraternidade. Dom Eugenio confessa que não esperava que a Campanha da Fraternidade chegasse a ter uma abrangência nacional tratando temas sempre atuais. “Sempre tivemos muita confiança em Deus, mas não esperava tanto sucesso como teve”, conta.

Ao olhar a Campanha da Fraternidade, o arcebispo, sente que é mais uma missão cumprida. “Sempre tivemos uma preocupação com a assistência aos necessitados e a desigualdade, procurando pelos caminhos do Evangelho tomar as medidas”, conta.

Para Dom Eugenio, os problemas sociais são a demostração de que algo está errado. Seu trabalho buscou sempre diminuir o sofrimento dos mais pobres e necessitados. “O homem é o ponto central da Campanha da Fraternidade, e creio que isso é fundamental na Igreja, e é um dever nosso”, explica.

O Arcebispo salienta que a criação de cursos profissionalizantes e a assistência material, tentando minorar o sofrimento dos pobres, foi sem dúvida um contributo para o país. “Nunca procurei aparecer, busquei sempre fazer meu trabalho no silêncio, aproveitando todas as oportunidades, e tendo em vista o Evangelho. As atividade que realizei foi um bem que eu pude fazer e isso contribuiu para minha satisfação também”, confessa.

Amizade com o Papa João Paulo II

Sobre sua amizade com o Papa João Paulo II, Dom Eugenio conta que buscava sempre realizar seus pedidos trabalhando no contato com os jovens e na assistência social. “Trabalhei com muita convicção e segurança, mas sempre obediente à Igreja”, ressalta.

Uma lição para todos

Diante do individualismo pós-moderno, que deixa de lado as necessidades do próximo, Dom Eugenio enfatiza que é preciso ter como diretriz a luz do Evangelho. “É preciso perseverar nesta diretriz. O desenvolvimento dos acontecimentos dará as indicações nas práticas”, aconselha.


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Homilia de Bento XVI, na celebração da Missa pelos bispos e cardeais falecidos no decorrer do ano de 2010.

Senhores Cardeais,

queridos irmãos e irmãs!
"Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto". As palavras que ouvimos há pouco na segunda leitura (Col 3,1-4) convidam-nos a elevar o olhar às realidades celestes. De fato, com a expressão "as coisas lá do alto", São Paulo compreende o Céu, porque complementa: " onde Cristo está sentado à direita de Deus". O Apóstolo busca referir-se à condição dos fiéis, daqueles que estão "mortos" para o pecado e cuja vida "está escondida com Cristo em Deus". Esses são chamados a viver cotidianamente sob o senhorio de Cristo, princípio e cumprimento de todas as suas ações, testemunhando a vida nova que foi dada a eles no batismo. Essa renovação em Cristo acontece no íntimo da pessoa: enquanto continua a luta contra o pecado, é possível progredir na virtude, buscando dar uma resposta plena e pronta à Graça de Deus.

Por antítese, o Apóstolo assinala então "as coisas da terra", evidenciando assim que a vida em Cristo comporta uma "escolha de campo", uma radical renúncia a tudo aquilo que – como peso – mantém o homem ligado à terra, corrompendo a sua alma. A busca das "coisas lá do alto" não significa dizer que o cristão deva descuidar das suas obrigações e compromissos terrenos, mas sim que não deve se perder em meio a esses, como se tivessem um valor definitivo. O chamado à realidade do Céu é um convite a reconhecer a relatividade disso que está destinado a passar, frente aqueles valores que não conhecem a usura do tempo. Trata-se de trabalhar, de empenhar-se, de conceder-se o justo repouso, mas com o sereno distanciamento de quem sabe ser somente um viandante a caminho rumo à Pátria celeste; um peregrino; em certo sentido, um estrangeiro rumo à eternidade.

A essa meta última chegaram recentemente os Cardeais Peter Seiichi Shirayanagi, Cahal Brendan Daly, Armand Gaétan Razafindratandra, Thomáš špidlik, Paul Augustin Mayer, Luigi Poggi; bem como os numerosos Arcebispos e Bispos que nos deixaram ao longo do último ano. Com sentimentos de afeto, desejamos recordar, dando graças a Deus pelos seus dons dados á Igreja exatamente através desses nossos irmãos que nos precederam no sinal da fé e agora dormem o sono da paz. O nosso agradecimento torna-se oração de sufrágio por eles, a fim de que o Senhor os acolha na bem-aventurança do Paraíso. Pelas suas almas eleitas, oferecemos esta Santa Eucaristia, reunidos em torno do Altar, sobre o qual se torna presente o Sacrifício que proclama a vitória da Vida sobre a morte, da Graça sobre o pecado, do Paraíso sobre o inferno.

Esses nossos venerados Irmãos, amamos recordar-lhes como Pastores zelosos, cujo ministério foi sempre assinalado pelo horizonte escatológico que anima a esperança na felicidade sem trevas a nós prometida após esta vida; como testemunhas do Evangelho prontas a viver aquelas "coisas lá do alto", que são o fruto do Espírito: "amor, alegria, paz, magnanimidade, benevolência, bondade, fidelidade, mansidão, domínio de si" (Gal 5,22); como cristãos e Pastores animados de profunda fé, do vivo desejo de conformar-se a Jesus e de aderir intimamente à sua Pessoa, contemplando incessantemente o seu rosto na oração. Por isso, puderam antecipa a "vida eterna", da qual nos fala a página de hoje do Evangelho (Jo 3,13-17) e que o próprio Cristo prometeu "àqueles que creem n'Ele". A expressão "vida eterna", de fato, designa o dom divino concedido à humanidade: a comunhão com Deus neste mundo e a sua plenitude naquele futuro.

A vida eterna nos foi aberta pelo Mistério Pascal de Cristo e a fé é a via para alcançá-la. É o que emerge das palavras dirigidas por Jesus a Nicodemos e reportadas pelo evangelista João: "Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem, para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna" (Jo 3,14-15). Aqui é explicitada a referência ao episódio narrado no livro dos Números (21,1-9), que ressalta a força salvífica da fé na palavra divina. Durante o êxodo, o povo hebreu rebelou-se contra Moisés e contra Deus, e foi punido com a praga das serpentes venenosas. Moisés pede perdão, e Deus, aceitando a penitência dos israelitas, ordena-lhes: "Faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo". E assim acontece. Jesus, na conversa com Nicodemos, revela o sentido mais profundo daquele evento de salvação, comparando-o à sua morte e ressurreição: o Filho do homem deve ser levantado sobre o lenho da Cruz para que quem crê n'Ele tenha a vida. São João vê exatamente no mistério da Cruz o momento em que se revela a glória régia de Jesus, a glória de um amor que se doa inteiramente na paixão e morte. Assim, a Cruz, paradoxalmente, de sinal de condenação, de morte, torna-se sinal de redenção, de vida, de vitória, em que, com o olhar da fé, podem-se entrever os frutos da salvação.

Continuando o diálogo com Nicodemos, Jesus aprofunda posteriormente o sentido salvífico da Cruz, revelando com sempre mais clareza que esse consiste no imenso amor de Deus e no dom do Filho unigênito: "De fato, Deus tanto amou o mundo que deu a ele o seu Filho unigênito". É essa uma das palavras centrais do Evangelho. O sujeito é o Deus Pai, origem de todo o mistério criador e redentor. Os verbos "amar" e "dar" indicam um ato decisivo e definitivo que expressa a radicalidade com que Deus aproximou-se do homem no amor, até o dom total, a ponto de cruzas o limiar de nossa solidão última, descendo ao abismo do nosso extremo abandono, ultrapassando a porta da morte. O objeto e o beneficiário do amor divino é o mundo, isto é, a humanidade. É uma palavra que remove completamente a ideia de um Deus distante e estranho ao caminho do homem, e revela, mais que tudo, o seu verdadeiro rosto: Ele nos deu o seu Filho por amor, para ser o Deus próximo, para fazer-nos sentir a sua presença, para vir ao nosso encontro e levar-nos ao seu amor, de modo que toda a vida seja animada por esse amor divino. O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida. Deus não domina, antes ama sem medidas. Não manifesta a sua onipotência no castigo, mas na misericórdia e no perdão. Compreender tudo isso significa entrar no mistério da salvação: Jesus veio para salvar e não para condenar; com o Sacrifício da Cruz, ele revela o rosto de amor de Deus. E exatamente pela fé no amor superabundante doado a nós em Cristo Jesus, nós sabemos que também a menor força de amor é maior que a máxima força destruidora e pode transformar o mundo, e por essa mesma fé nós podemos ter uma "esperança confiável", aquela na vida eterna e na ressurreição da carne.

Queridos irmãos e irmãs, com as palavras da primeira leitura, tiradas do livro das Lamentações, peçamos que os Cardeais, os Arcebispos e os Bispos, que hoje recordamos, generosos servidores do Evangelho e da Igreja, possam agora conhecer plenamente quão "bom é o Senhor com quem espera n'Ele, com a alma que o procura" e experimentar que "junto ao Senhor se acha a misericórdia; encontra-se nele copiosa redenção" (Sal 129). E nós, peregrinos no caminho rumo à Jerusalém celeste, esperemos em silêncio, com firme esperança, a salvação do Senhor (cf. Lam 3,26), procurando caminhar sobre as vias do bem, sustentados pela graça de Deus, recordando sempre que "não temos aqui cidade permanente, mas vamos em busca da futura" (Hb 13,14). Amém.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Os milagres inéditos do Padre Pio, o santo dos estigmas

Zenit entrevista José Maria Zavala, o autor do novo livro sobre o sacerdote italiano

Foi publicado na Espanha o livro “Padre Pio. Os milagres desconhecidos do santo dos estigmas” (Editora LibrosLibres, em tradução livre). O livro traz testemunhos de conversões e curas atribuídas ao santo e reunidas pelo autor, José Maria Zavala.

"Nunca tinha sentido tanta vontade de compartilhar uma experiência como aconteceu com esta, que me marcou para a vida inteira”, reconhece o autor nesta entrevista concedida a Zenit, lembrando que a canonização de Pio de Pietrelcina (1887-1968), em 2002, bateu todos os recordes de fiéis da história do Vaticano.

ZENIT: Como é lembrado o Padre Pio no convento de San Giovanni Rotondo, onde passou quase toda a sua vida?

José María Zavala: Com um carinho imenso. Há fiéis que continuam sentindo o perfume intenso dos seus estigmas como o melhor sinal de que ele nunca os abandona, essa mesma fragrância que já deixou gelado mais de um incrédulo.

ZENIT: Muitas pessoas que o conheceram de perto ainda vivem?

José María Zavala: Poucas, mas tive a grande sorte de entrevistá-las. Como a Irmã Consolata, uma freira de clausura com 95 anos que me recebeu no convento e me relatou episódios inesquecíveis e desconhecidos. Nunca lhe serei grato o suficiente. Nem a ela nem a Piepero Galeone, sacerdote octogenário com fama de santo, a quem o Padre Pio curou milagrosamente depois da Segunda Guerra Mundial. Ou a Paolo Covino, o capuchinho que administrou a Unção dos Enfermos ao Padre Pio. Todos eles romperam pela primeira vez seu silêncio para falar do Padre Pio neste livro.

ZENIT: Eles expressam alguma ideia comum?


José María Zavala: Todos coincidem em que ele fez o mesmo que Jesus na terra: converteu os pecadores, curou os doentes, consolou os aflitos… carregou com a cruz durante toda a sua vida para redimir os homens do pecado. O Padre Pio sabia muito bem que sem sacrifício pessoal era impossível ganhar almas para o Senhor.

ZENIT: Quem foi o Padre Pio?

José María Zavala: Um grande presente que Deus fez aos homens em pleno século XX para que continuem acreditando nEle. É impossível aproximar-se com simplicidade e sem preconceitos de sua figura e permanecer insensível. Conheço muita gente cuja fé estava morta por falta de obras e que, por intercessão do Padre Pio, agora está muito perto de Deus, reza e é feliz fazendo felizes aos outros.

ZENIT: Existe uma relação entre suas horas no confessionário e os estigmas?

José María Zavala: "Tudo é um jogo de amor", ele dizia. De Amor, com maiúscula, pelo próximo; ele sabia muito bem que o melhor se compra pelo preço de um grande sacrifício. O padre Pio viveu “crucificado” durante cinquenta anos com estigmas nas mãos, nos pés e no lado, que sangravam diariamente. Semelhante sofrimento moral e físico era um meio infalível para libertar muitas almas dos laços de Satanás. Por isso mesmo ele passava, às vezes, dezoito horas seguidas no confessionário.

ZENIT: Como um novo Cura d'Ars...

José María Zavala: Nisto reside a grandeza desse homem de Deus. San Giovanni Rotondo, onde viveu e morreu é, ainda hoje, um verdadeiro caminho de Damasco, pelo qual milhares de pecadores retornam ao Senhor. É o primeiro sacerdote estigmatizado na História da Igreja e com alguns carismas que o tornam muito especial, desde a bi-locação até o exame de corações que lhe permitia ler a alma dos penitentes.

ZENIT: “Farei mais barulho morto que vivo”, comentou Padre Pio um dia. O que quis dizer?

José María Zavala: Teríamos de perguntar às centenas de pessoas no mundo todo que, por intercessão dele, continuam se convertendo hoje e/ou se curando milagrosamente de uma doença mortal. Muitos deles contribuem com testemunhos impressionantes neste libro. Podemos afirmar que o Padre Pio continua atuando hoje, do céu, mais prodígios que quando estava na terra.

ZENIT: O senhor recolhe algumas conversões marcantes…


José María Zavala: Gianna Vinci me relatou em Roma um desse milagres que deixam qualquer um boquiaberto. Em certa ocasião, uma mulher, doente de câncer, pediu a seu marido, agnóstico, que a levasse a San Giovanni Rotondo, pois tinha ouvido que o Padre Pio fazia milagres. O homem impôs uma condição: esperaria fora da igreja. Então a mãe entrou sozinha com o filho de dez anos. Gianna Vinci estava ali e viu tudo. A mulher ajoelhou-se no confessionário do Padre Pio enquanto este indicava ao menino que avisasse seu pai. O pequeno obedeceu: “Papai, o Padre Pio está te chamando”, disse na porta. Mas o menino… era surdo mudo! Emocionado, o pai acabou se confessando e sua esposa ficou curada do câncer naquele mesmo instante.

ZENIT: Qual é o segredo da popularidade deste santo?


José María Zavala: O amor pelos demais, insisto. O Padre Pio continua recolhendo hoje os frutos de sua semeadura do céu. Na Itália, pude sentir o grande carinho que as pessoas professam por este santo. Ao voltar a Madri, enquanto despachava a bagagem no aeroporto, um policial começou a colocar dificuldades mas quando viu o retrato do Padre Pio que eu levava para um amigo, me deixou passar com um sorriso: “Que passaporte!”, pensei.

ZENIT: E fora da Itália, o Padre Pio vai sendo mais conhecido?

José María Zavala: Espero que este livro sirva para torná-lo mais conhecido na Espanha, onde já fez alguns milagres. Na Argentina, México, Chile e Filipinas ele conta cada vez com mais devotos.

ZENIT: O que significa este livro no conjunto da sua bibliografia?

José María Zavala: É, sem dúvida, minha obra mais importante. Nunca tinha sentido tanta vontade de compartilhar uma experiência como aconteceu com esta, que me marcou para a vida inteira. Dizem que quando o Padre Pio levanta uma alma, não a deixa cair mais. Pois comprovei isso na minha própria pele. Convido todo aquele que queira, por mais cético que seja, a conhecer a este homem de Deus. Lhe asseguro que não permanecerá indiferente.

Mais informações em http://www.libroslibres.com/


Fonte: Zenit

terça-feira, 2 de novembro de 2010

E espero a Ressurreição dos mortos, e a vida do mundo que há de vir.Amém.


Creio na Ressurreição dos Mortos, na vida eterna.Amém.


Onde estão os mortos na Liturgia?

Como já disse em postagens anteriores, a cada Santa Missa relembramos dos nossos mortos. Seja nas intenções lidas antes da Missa, quer seja na oração eucarística, ou então até pela Missa de Réquiem ou de Finados.

Na Liturgia da Igreja nós relembramos dos fiéis falecidos em três momentos:

Credo - "(...) De novo há de vir em sua glória, para julgar os vivos e os mortos, e o seu reino não terá fim (...) Espero a ressurreição dos mortos e a vida do século futuro".

Ofertório - "(...) por todos os que estão aqui presentes e por todos os fiéis, vivos e defuntos, para que tanto a mim como a eles seja aproveitado para a salvação e a vida eterna".

Cânon - Memento dos Mortos: Lembrai-vos, também, Senhor, de vossos servos e servas (NN. e NN.), que nos precederam, marcados com o sinal da fé, e agora descansam no sono da paz.

A estes, Senhor, e a todos os mais que repousam em Jesus Cristo, nós vos pedimos, concedei o lugar do descanso, da luz e da paz. Pelo mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém

Comemoração da Igreja Padecente


Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

A todos os que morreram "no sinal da fé" a Igreja reserva um lugar importante na liturgia: há uma lembrança diária na missa, com o Memento (= lembrança) dos mortos, e no Ofício divino com a breve oração (as almas dos fiéis pela misericórdia de Deus, descansem em paz), e existe sobretudo a celebração hodierna na qual cada sacerdote pode celebrar três missas em sufrágio das almas dos falecidos. A comemoração dos falecidos, devida ao abade de Cluny, santo Odilon, em 998, não de todo nova na Igreja, pois em toda parte se celebrava a festa de todos os santos e o dia seguinte era dedicado a memória dos fiéis falecidos. Mas o fato de que milhares de mosteiros beneditinos dependessem de Cluny favoreceu a ampla difusão da comemoração e muitas partes da Europa setentrional. Depois também em Roma, em 1311, foi sancionada oficialmente a memória dos falecidos.


O privilégio das três missas no dia 2 de novembro, concedido a Espanha em 1748, foi estendido a Igreja universal por Bento XV em 1915. Desejava-se assim sublinhar uma grande verdade, que tem o seu fundamento na Revelação: a existência da Igreja triunfante e a militante. Estado intermediário, mas temporário "onde o espírito humano se purifica e se torna apto ao céu", segundo a imagem de Dante. Na primeira epístola aos coríntios, são Paulo usa a imagem de um edifício em construção.

Os pregadores são os operários que edificam sobre o fundamento colocado pelos primeiros enviados de Cristo, os Apóstolos. Existem os que cumprem um trabalho, caprichado e sua obra fica sem defeitos, outros ao contrário misturam com o bom material um material de segunda, madeira e palha, isto é vanglória e indiferença. Depois vem a vistoria, que são Paulo chama de dia do Senhor, a prova de fogo: a provação apreciará a obra de cada um. Alguns assistirão a resistência do seu edifício, outros verão desabar o seu. "Ora - acrescenta o apóstolo são Paulo - se a obra que alguém edificou permanecer em pé, ele receberá a recompensa, se se queimar, sofrerá prejuízo, mas ele será salvo por meio de fogo."
A essas almas, que a prova de fogo obriga a purificação, em vista da plena alegria do paraíso, a Igreja dedica hoje, uma memória particular, para ressaltar mediante a caridade do sufrágio aquele vínculo de amor que une perenemente aqueles que morreram no sinal da fé e foram destinados a eterna comunhão com Deus.



Fonte: Cléofas

Dies irae, dies illa.


Dies Irae, dies illa
solvet saeclum in favilla
teste David cum Sybilla.

Quantus tremor est futurus,
Quando judex est venturus,
Cuncta stricte discussurus.

Tuba, mirum spargens sonum
per sepulcra regionum
coget omnes ante thronum.

Mors stupebit et natura,
cum resurget creatura,
judicanti responsura.

Liber scriptus proferetur,
in quo totum continetur,
unde mundus judicetur.

Judex ergo cum sedebit,
quidquid latet, apparebit:
nil inultum remanebit.

Quid sum miser tunc dicturus?
quem patronum rogaturus,
cum vix justus sit securus?

Rex tremendae majestatis,
qui salvandos salvas gratis,
salva me, fons pietatis.

Recordare, Jesu pie,
quod sum causa tuae viae
ne me perdas illa die.

Quaerens me, sedisti lassus,
redemisti Crucem passus:
tantus labor non sit cassus.

Juste judex ultionis,
donum fac remissionis
ante diem rationis.

Ingemisco, tamquam reus,
culpa rubet vultus meus
supplicanti parce, Deus.

Qui Mariam absolvisti,
et latronem exaudisti,
mihi quoque spem dedisti.

Preces meae non sunt dignae,
sed tu bonus fac benigne,
ne perenni cremer igne.

Inter oves locum praesta,
et ab haedis me sequestra,
statuens in parte dextra.

Confutatis maledictis,
flammis acribus addictis,
voca me cum benedictis.

Oro supplex et acclinis,
cor contritum quasi cinis:
gere curam mei finis.

Lacrimosa dies illa,
qua resurget ex favilla
judicandus homo reus.

Huic ergo parce, Deus:
pie Jesu Domine,
dona eis requiem. Amen.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A Intercessão da Beatíssima Virgem ante aos Fiéis Defuntos


Vemos no Novo Testamento, que a Virgem Maria começa os seus "trabalhos" de intercessão, quando nas Bodas de Caná falta-se o vinho para os convidados, ela pede ao seu Filho que providencie o vinho.De fato, a Virgem Mãe de Deus, intercede junto a Jesus sempre que é invocada.

Relembremo-nos da primeira oração feita para Nossa Senhora, a oração "Sub tuum praesidium", nela pedimos que Nossa Senhora venha nos proteger, e não desprezar as súplicas que fazemos a Ela.Depois analisemos a oração da Ave Maria, nesta pedimos que a Virgem Santíssima rogue por nós na hora de nossa morte.Qual mãe deixaria ver o seu filho morrer sem prestar-lhe algum socorro? É quando morremos que pedimos a proteção da nossa mãe. Desde pequeno ouço minha avó falar que enquanto seu marido estava para morrer, (o mesmo sempre teve devoção à Nossa Senhora) ele chamou por minha mãezinha.Que mãezinha seria essa, a não ser a Virgem Maria que está do lado de seus filhos até o último entrar no Paraíso como prometeu ao devotos de Seu Santo Rosário?

A Virgem Santíssima estava de pé ao lado da Cruz quando seu Filho Nosso Senhor morria, porque não estaria ao nosso lado seus filhos adotivos, no momento de nossa morte?Oh!Mãe querida, quão formoso é o vosso amor por nós, que rogas diante de Vosso Benditíssimo Filho, Jesus Cristo, até em nosso último suspiro.Queria eu ter amor tão grande assim, igual ao teu.

Promessas de Nossa Senhora ao Beato Alan de La Roche, para quem reza o Rosário diariamente:
1) A todos aqueles que recitarem o meu Rosário prometo a minha especialíssima proteção.

2) Quem perseverar na reza do meu Rosário, receberá graças potentíssimas.

3) O Rosário será uma arma potentíssima contra o inferno, destruirá os vícios, dissipará o pecado e derrubará as heresias.

4) O Rosário fará reflorir as virtudes, as boas obras e obterá às almas as mais abundantes misericórdias de Deus .

5) Quem confiar-se a Mim, com o Rosário, não será nunca oprimido pelas adversidades.

6) Quem quer que recitar devotadamente o Santo Rosário, com a meditação dos Mistérios, se converterá se pecador, crescerá em graça se justo e será feito digno da vida eterna.


7) Os devotos do Meu Rosário na hora da morte, não morrerão sem os sacramentos.

8) Aqueles que rezam o Meu Rosário encontrarão, durante sua vida e na hora de sua morte, a luz de Deus e a plenitude das suas graças e participarão aos méritos dos abençoados no Paraíso.

9) Eu libertarei, todos os dias, do Purgatório, as almas devotas do Meu Rosário.


10) Os verdadeiros filhos do Meu Rosário, gozarão de uma grande alegria no Céu.
11) Aquilo que se pedir com o Rosário se obterá.

12) Aqueles que propagarem o Meu Rosário serão por mim socorridos em todas as suas necessidades.

13) Eu consegui do Meu Filho que todos os devotos do Rosário tenham, por irmãos em sua vida e na hora de sua morte, os Santos do Céu.

14) Aqueles que recitarem o Meu Rosário fielmente serão todos filhos meus amadíssimos, irmãos e irmãs de Jesus.

15) A devoção do Santo Rosário é um grande sinal de predestinação.
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