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terça-feira, 13 de novembro de 2012
sábado, 10 de novembro de 2012
Papa: "O canto sacro ajuda a expressar a fé"
Postado por
Caio Vinícius
A Sala Paulo VI ficou lotada na manhã deste sábado com 6 mil participantes do
Encontro promovido pela Associação Italiana Santa Cecília, recebidos pelo Papa.
Neste domingo, o coral fará uma execução na Basílica de São Pedro, na celebração presidida pelo Cardeal-arcipreste Angelo Comastri, oferecendo serviço de louvor com o seu canto.
Falando aos cantores, o Papa ressaltou que a música sacra pode favorecer muito a fé e cooperar com a Nova Evangelização. “A fé nasce sempre da escuta da Palavra de Deus, e não há dúvidas de que a música, e principalmente o canto, pode conferir à recitação dos salmos e cantos bíblicos uma maior força comunicativa” – disse.
Bento XVI citou episódios da vida de Santo Ambrósio e Santo Agostinho, cujas sensibilidades e capacidades musicais serviram à fé e à evangelização. Os testemunhos destes dois santos ajudam a explicar o fato que a Constituição Sacrosanctum Concilium, em linha com a tradição da Igreja, ensina que “o canto sacro, unido às palavras, é parte necessária e integrante da liturgia solene”. O Papa explicou que o canto coopera para nutrir e expressar a fé e, portanto, à glória de Deus e à santificação dos fiéis.
Agradecendo pelo precioso serviço que prestam, Bento XVI completou que a música não é um assessório ou uma “decoração” da liturgia, mas é a própria liturgia.
Outro aspecto proposto foi a relação entre o canto sacro e a Nova Evangelização. Ele tem uma tarefa relevante para favorecer a redescoberta de Deus, uma aproximação à mensagem cristã e aos mistérios da fé: “Quanta gente foi tocada no profundo de suas almas ao ouvir música sacra; e quantos se sentiram novamente atraídos por Deus pela beleza da música litúrgica!. Vocês que têm o dom do canto podem fazer cantar o coração de tanta gente nas celebrações litúrgicas”.
Terminando, o Papa fez votos de que a música litúrgica tenda sempre mais ao alto, para louvar dignamente o Senhor e mostrar que a Igreja é o lugar onde a beleza “é de casa”.
Neste domingo, o coral fará uma execução na Basílica de São Pedro, na celebração presidida pelo Cardeal-arcipreste Angelo Comastri, oferecendo serviço de louvor com o seu canto.
Falando aos cantores, o Papa ressaltou que a música sacra pode favorecer muito a fé e cooperar com a Nova Evangelização. “A fé nasce sempre da escuta da Palavra de Deus, e não há dúvidas de que a música, e principalmente o canto, pode conferir à recitação dos salmos e cantos bíblicos uma maior força comunicativa” – disse.
Bento XVI citou episódios da vida de Santo Ambrósio e Santo Agostinho, cujas sensibilidades e capacidades musicais serviram à fé e à evangelização. Os testemunhos destes dois santos ajudam a explicar o fato que a Constituição Sacrosanctum Concilium, em linha com a tradição da Igreja, ensina que “o canto sacro, unido às palavras, é parte necessária e integrante da liturgia solene”. O Papa explicou que o canto coopera para nutrir e expressar a fé e, portanto, à glória de Deus e à santificação dos fiéis.
Agradecendo pelo precioso serviço que prestam, Bento XVI completou que a música não é um assessório ou uma “decoração” da liturgia, mas é a própria liturgia.
Outro aspecto proposto foi a relação entre o canto sacro e a Nova Evangelização. Ele tem uma tarefa relevante para favorecer a redescoberta de Deus, uma aproximação à mensagem cristã e aos mistérios da fé: “Quanta gente foi tocada no profundo de suas almas ao ouvir música sacra; e quantos se sentiram novamente atraídos por Deus pela beleza da música litúrgica!. Vocês que têm o dom do canto podem fazer cantar o coração de tanta gente nas celebrações litúrgicas”.
Terminando, o Papa fez votos de que a música litúrgica tenda sempre mais ao alto, para louvar dignamente o Senhor e mostrar que a Igreja é o lugar onde a beleza “é de casa”.
Fonte: Rádio Vaticano
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
O Concílio Vaticano II, uma história nunca escrita (III): Os ‘vota’ os Padres conciliares.
Postado por
Caio Vinícius
Lançado em 2011 na Itália, a prestigiosa obra do Professor Roberto de Mattei, intitulada “O Concílio Vaticano II – Uma história nunca escrita”, chega agora ao público lusófono. A Editora Caminhos Romanos, detentora dos direitos sobre a versão portuguesa do laureado livro — Prêmio Acqui Storia 2011 e finalista do Pen Club Italia — , concedeu ao Fratres in Unum a exclusiva honra de divulgar alguns excertos deste trabalho que é um verdadeiro marco na historiografia do Concílio Vaticano II.
***
Como os "cahiers de doléance" da Revolução Francesa.

Uma análise atenta deste material permite hoje ao historiador -- como permitiu então ao Papa, à Cúria e à Comissão Preparatória -- obter um quadro dos desiderata do episcopado mundial nas vésperas do Concílio.
As solicitações dos futuros Padres conciliares, consideradas no seu conjunto, não exprimem o desejo de uma radical reviravolta, e ainda menos de uma "Revolução" no interior da Igreja [2]. Se é certo que as tendências anti-romanas de alguns episcopados afloram claramente em respostas como a do Cardeal Alfrink [3], arcebispo de Utrecht, de uma maneira geral os auspícios dos Padres são de uma "reforma" moderada, na linha da tradição. A maioria dos vota solicitava uma condenação dos males modernos, internos e externos à Igreja, sobretudo do comunismo, bem como novas definições doutrinais, nomeadamente a respeito da Bem-Aventurada Virgem Maria. Nos vota do episcopado britânico, por exemplo, está presente a denúncia dos males da sociedade contemporânea, mas não se encontram aí instâncias de uma reforma radical [4]; e mesmo entre bispos franceses, considerados dos mais progressistas, muitos pediam a condenação do marxismo ou do comunismo, e uma minoria consistente pedia a definição do dogma da mediação de Maria [5]. Quanto aos bispos belgas, Claude Soetens, que analisou os respectivos vota, sublinha ‹‹ o caráter assaz decepcionante ›› das propostas, ‹‹ que eram pouco susceptíveis de provocar uma verdadeira renovação eclesial ››, confirmando a impressão de quantos salientaram a diferença entre as respostas dos bispos à consulta de 1959 e as atitudes por eles posteriormente assumidas durante o Concílio [6].
Os bispos italianos, que eram os mais numerosos, queriam que o Concílio proclamasse o dogma da ‹‹ mediação universal da Bem-Aventurada Viagem Maria ›› [7]; o segundo dogma cuja definição pediam era o da Realeza de Cristo, para ser contraposto ao laicismo dominante [8]. Muitos pediam ainda ao Concílio a condenação de erros doutrinais: 91 queriam ver reiteradas a condenação do comunismo, 57 exprimiam-se contra o existencialismo ateu, 47 contra o relativismo moral, 31 contra o materialismo, 24 contra o modernismo [9]. ‹‹ Nas milhares de cartas chegadas a Roma e enviadas de todo o mundo, o comunismo era referido como o erro mais grave que o Concílio deveria condenar. Eram 286 bispos que a ele se referiam. Para além das numerosas referências ao socialismo, ao materialismo e ao ateísmo ››, refere Giovanni Turbanti [10].
No Relatório sintético, que enuncia os vota dos bispos por nações e foi elaborado pela Secretaria-Geral das Comissões Preparatórias, o comunismo também figura como o primeiro erro que o Concílio deveria condenar [11].
É interessante fazer uma analogia entre os vota dos Padres conciliares e os Cahiers de doléance redigidos em França com vista aos Estados Gerais de 1789. Antes da Revolução Francesa, nenhum destes cahiers se propunha subverter as bases do Ancien Régime, nomeadamente a monarquia e a Igreja. ‹‹ Nenhum Cahier foi redigido como se os Estados Gerais devessem ter como objectivo anular todo o poder pré-existente e criá-lo ou recriá-lo ex-novo ››, sublinha o historiador Armando Saitta [12]. Aquilo que se pedia era uma moderada reforma das instituições e não a subversão das mesmas, como inesperadamente aconteceu quando os Estados Gerais se reuniram. Também no caso do Vaticano II, conclui o Padre O'Malley, ‹‹ em geral, as respostas vinham pedir um reforço do status quo, uma condenação dos males modernos, quer no interior, quer no exterior da Igreja, e outras definições doutrinais, em especial relacionadas à Virgem Maria›› [13].
O Concilio não atendeu às solicitações presentes nos vota dos Padres Conciliares, optando por secundar as reivindicações de uma minoria que conseguiu, desde o princípio, digirir a assembléia e orientar as suas decisões. Esta é a conclusão irrefutável da análise dos factos históricos.
* * *
[1] Os votos foram coligidos em Acta et documenta Concilio Oecumenico Vaticano II apparando -- Series I (Antepraeparatoria), cit.. Em 2594 futuros Padres Conciliares, responderam 1988, ou seja, 77% (cf. E. FOUILLOUX), ‹‹ La fase ante-preparatoria (1959-1960) ››, cit., pp. 112-113).
[2] Para uma análise global dos vota veja-se À la veille du Concile Vatican II, cit., bem como Le deuxième Concile du Vatican, pp. 101-177. Para os prelados italianos, cf. MAURO VELATI, ‹‹ I consila et vota dei vescovi italiani ››, in À la veille du Concile Vatican II, cit., pp. 83-97; ROBERTO MOROZZO DELLA ROCCA, ‹‹ I "voti" dei vescovi italiani per il Concilio ›› , in Le deuxième Concile du Vatican, pp. 119-137.
[3] AD, I-II, pp. 509-516. Bernard Jan Alfrink (1900-1987), holandês, ordenado em 1924, arcebispo de Utrecht a partir de 1955, feito cardeal em 1960, membro da Comissão Preparatória e do Conselho dos Presidentes, Cf. FABRIZIO DE SANTIS, Alfrink, il cardinale d'Olanda, Longanesi, Milão, 1969; TON H. M. VAN SCHAIK, Alfrink, Een biografie, Authos, Amesterdão, 1997. Sobre o papel de Alfrink no Concílio, cf. Actes et Acteurs, pp. 522-553.
[4] Cf. SOLANGE DAYRAS, ‹‹ Les voeux de l'episcopat britannique. Reflets d'une église minoritaire ›› , in Le deuxième Concile du Vatican, pp. 139-153.
[5] CFf. YVES-MARIE HILAIRE, ‹‹ Les voeux des évêques français après l'annonce du Concile ››, in Le deuxième Concile du Vatican, p. 102 (pp. 101-117).
[6] Cf. C. SOETENS, ‹‹ Les vota des évêques belges en vue du Concile ››, in À la veille du Concile Vatican II, cit., p. 49 (pp. 38-52).
[7] Cf. R. MOROZZO DELLA ROCCA, ‹‹ I vota dei vescovi italiani ›› , cit., p. 127.
[8] Cf. ibid.
[9] Cf. ibid., pp. 119-137.
[10] G. TURBANTI, ‹‹ Il problema do comunismo al Concilio Vaticano II ›› , in Vatican II in Moscow, p. 149 (pp. 147-187).´
[11] Ibid., p. 150. Especialmente notórios são os votos das universidades católicas, como por exemplo a do Ateneu De Propaganda Fide de Roma, que apresenta um longo e aprofundado estudo do padre estigmatino Cornelio Fabro sobre as origens e a natureza do ateísmo contemporâneo. (Cf. De atheismo positivo seu constructivo ut irreligiositatis nostri temporis fundamenta, AD, I-I/1, pp. 452-463).
[12] ARMANDO SAITTA, Constituenti e Costituizioni della Francia rivoluzionaria e liberale (1789-1875), Giuffrè, Milão, 1975, p. 3.
[13] J. W. O'MALLEY, s.j., Introdução a Vatican II. Did anything happen?, cit., p. 4
* * *

Onde encontrar:
Em Portugal – Nas maiores livrarias do país. Em Lisboa, nas livrarias Fnac e Férin (próxima ao Chiado, centro histórico). Em Porto, pelos telefones 936364150 e 911984862.
No Brasil -- Nas livrarias Loyola, da rua Barão de Itapetininga, no centro de São Paulo, e Lumen Christi, do Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro. Pela internet, na Livraria Petrus e Editora Ecclesiae.
* * *
Artigos da série:
- Fratres in Unum entrevista o Professor Roberto de Mattei.
- O Concílio Vaticano II, uma história nunca escrita (II): Entre modernismo e antimodernismo, o “Terceiro Partido”.
- O Concílio Vaticano II, uma história nunca escrita (I): Apresentação.
Fonte: Fratres in Unum
As imagens na Tradição da Igreja
Postado por
Caio Vinícius
Na Encarnação do Verbo, Deus mostrou aos homens uma face visível de Deus. Os cristãos foram, então, compreendendo que segundo a pedagogia divina, deveriam passar da contemplação do visível ao invisível. As imagens, principalmente os que reproduziam personagens e cenas da história sagrada, tornaram-se “a Bíblia dos iletrados” ou analfabetos.
Os Reformadores protestantes rejeitaram as imagens por causa dos abusos do fim da Idade Média; Lutero, porém, se mostrou bastante liberal com as imagens; não as proibia.
Ultimamente entre os luteranos a atitude inococlasta (heresia que rejeitava as imagens) tem sido submetida a revisão. Lutero rejeitou os iconoclastas (quebradores de imagens) escreveu essas palavras em 1528: “Tenho como algo deixado à livre escolha as imagens, os sinos, as vestes litúrgicas e coisas semelhantes. Quem não os quer, deixe-os de lado, embora as imagens inspiradas pela Escritura e por histórias edificantes me pareçam muito úteis… Nada tenho em comum com os Iconoclastas” (Da Ceia de Cristo).
Nos primeiros séculos do Cristianismo, ainda encontramos alguns escritores cristãos que mostram mal-entendidos ou abusos por parte dos fiéis no uso das imagens. Mas os cristãos foram percebendo que a proibição de fazer imagens no Antigo Testamento era apenas uma questão pedagógica de Deus com o povo de Israel, para que esse não se voltasse para os ídolos. Deus proibia fazer imagens de ídolos e não de outros seres. As gerações cristãs começaram a representar e meditar as fases da vida de Jesus e a representação artística das mesmas começaram a surgir como um meio valioso para que o povo fiel se aproximasse do Filho de Deus.
Já nas antigas catacumbas de Roma (S. Calisto, Priscila, etc.), os antigos cemitérios cristãos, encontram-se diversos afrescos geralmente inspirados pelo texto bíblico: Noé salvo das águas do dilúvio, os três jovens cantando na fornalha, Daniel na cova dos leões, os pães e os peixes restantes da multiplicação efetuada por Jesus, o Peixe (Ichthys), que simbolizava o Cristo.
Note que esses cristãos dos primeiros séculos estão debaixo da perseguição dos romanos. E eles faziam imagens e pintavam figuras. Será que eram idólatras por isso? É lógico que não, eles morriam às vezes mártires exatamente para não praticarem a idolatria, reconhecendo César como Deus e lhe queimando incenso. Ora, se os nossos mártires usavam figuras pintadas, é claro que elas são legítimas.
Nas Igrejas as imagens tornaram-se a “Bíblia dos iletrados”, dos simples e das crianças, exercendo grande função catequética. Alguns escritores cristãos nos contam isso. São Gregório de Nissa (†394) escreveu: “O desenho mudo sabe falar sobre as paredes das igrejas e ajuda grandemente” (Panegírico de S. Teodoro, PG 94, 1248c).
São João Damasceno, doutor da Igreja, grande defensor das imagens no Concilio de Nicéia II, disse: “O que a Bíblia é para os que sabem ler, a imagem o é para os iletrados” (De imaginibus I 17 PG, 1248c). “Antigamente Deus, que não tem corpo nem face, não poderia ser absolutamente representado através duma imagem. Mas agora que Ele se fez ver na carne e que Ele viveu com os homens, eu posso fazer uma imagem do que vi de Deus.” “A beleza e a cor das imagens estimula minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo dos campos estimula o meu coração para dar glória a Deus” (CIC, 1162). “Como fazer a imagem do invisível? Na medida em que Deus é invisível, não o represento por imagens; mas, desde que viste o incorpóreo feito homem, fazes a imagem da forma humana: já que o inviável se tornou visível na carne, pinta a semelhança do invisível” (I 8 PG 94, 1237-1240). “Outrora Deus, o Incorpóreo e invisível, nunca era representado. Mas agora que Deus se manifestou na carne e habitou entre os homens, eu represento o “visível” de Deus. Não adoro a matéria, mas o Criador da matéria” (Ibid. I 16 PG 94, 1245s).

Nos séculos VIII e IX surgiu na Igreja a disputa em torno do uso das imagens, a questão iconoclasta. Por influência do judaísmo, do islamismo, de seitas e de antigas heresias cristológicas, muitos cristãos do Oriente começaram a negar a legitimidade do culto das imagens. Os imperadores bizantinos, de Constantinopla, tomaram parte na disputa, por motivos políticos mais do que por razões religiosas. Desencadeada sob o Imperador bizantino Leão Isáurico (717-741), a controvérsia das imagens foi levada ao Concílio de Nicéia II (787).
Com base nos sólidos argumentos de grandes teólogos como São João Damasceno, doutor da Igreja, este Concilio reafirmou a validade do culto de veneração (não adoração) das imagens. O Concílio distinguiu entre Iatréia (em grego adoração), devida somente a Deus, e proskynesis (veneração), tributável aos santos e também às imagens sagradas na medida em que estas representam os santos ou o próprio Senhor; o culto às imagens é, portanto, relativo, só se explica na medida em que é tributado indiretamente àqueles que as imagens representam.
Assim se pronunciaram os padres conciliares: “Definimos que, como as representações da Cruz, assim também as veneráveis e santas imagens, em pintura, em mosaico ou de qualquer outra matéria adequada, devem ser expostas nas santas igrejas de Deus (sobre os santos utensílios e os paramentos, sobre as paredes e de quadros), nas casas e nas entradas. O mesmo se faça com a imagem de Deus Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, com as da santa Mãe de Deus, com as dos santos Anjos e as de todos os santos e justos. Quanto mais os fiéis contemplarem essas representações, mais serão levados a recordar-se dos modelos originais, a se voltar para eles, e lhes testemunhar … uma veneração respeitosa, sem que isto seja adoração, pois esta só convém, segundo a nossa fé, a Deus” (sessão 7, 13 de outubro de 787; Denzinger-Schönmetzer, Enchridion Symbolorum nº 600s).
Note, então, que muito antes da Reforma Protestante, a Igreja já tinha estudado o uso das imagens; isto foi cerca de 750 anos antes da Reforma. A sagrada Tradição da Igreja, sempre assistida pelo Espírito Santo (cf. Jo14,15.25; 16,12-13) sempre reconheceu o valor pedagógico e psicológico das imagens como um auxílio para a vida de oração. Todos os santos da Igreja, em todas as épocas, valorizaram as imagens. Santa Teresa de Ávila († 1582), ao ensinar as vias da oração às suas Religiosas, dizia: “Eis um meio que vos poderá ajudar… Cuidai de ter uma imagem ou uma pintura de Nosso Senhor que esteja de acordo com o vosso gosto. Não vos contenteis com trazê-las sobre o vosso coração sem jamais a olhar, mas servi-vos da mesma para vos entreterdes muitas vezes com Ele” (Caminho de Perfeição, cap. 43,1).
Prof. Felipe Aquino
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
"Una cum Papa Nostro": Missa Pontifical na basílica de São Pedro
Postado por
Caio Vinícius
Alguns links sobre esta missa:
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
"Una cum Papa Nostro": Missa Pontifical do cardeal Brandmüller na solenidade de Todos os Santos em Roma
Postado por
Caio Vinícius
Ayer, 1 de
noviembre, solemnidad de Todos los Santos, se ofició la solemne Santa Misa
Pontifical en la Forma Extraordinaria del Rito Romano en la iglesia de la
Santísima Trinidad de los Peregrinos de Roma (Italia), en el marco de la
peregrinación "Una cum Papa nostro". El oficiante fue S. E. R. Walter
S.R.E. Card. Brandmüller, Presidente emérito del Comité Pontificio de Ciencias
Históricas. Católicos llegados de todos los países, así como varios sacerdotes y
seminaristas, llenaban el templo. Fotos: Le Forum Catholique
y Fr. Z's Blog - What Does The Prayer Really
Say
?
.



Visto em: CATHOLICVS
Comemoração dos Finados
Postado por
Caio Vinícius
No dia 2 de novembro, a sagrada Liturgia se lembra de
modo especial dos fiéis defuntos. Depois de ter celebrado - no dia anterior,
festa de Todos os Santos - os triunfos de seus filhos que já alcançaram a glória
do Céu, a Igreja dirige seu maternal desvelo para aqueles que sofrem no
Purgatório e clamam com o salmista: "Tirai-me desta prisão, para que possa agradecer ao vosso
nome. Os justos virão rodear-me, quando me tiverdes feito este
benefício" (Sl
141, 8).
A gênese dessa celebração está na famosa abadia
de Cluny, quando seu quinto Abade, Santo Odilon, instituiu no calendário
litúrgico cluniacense a "Festa dos Mortos", dando especial oportunidade a seus
monges de interceder pelos defuntos, ajudando-os a alcançarem a bemaventurança
do Céu.
A partir de Cluny, essa comemoração foi-se
estendendo entre os fiéis até ser incluída no Calendário Litúrgico da Igreja,
tornando- se uma devoção habitual, em todo o mundo católico.
Talvez o leitor, como milhares de outros fiéis,
tenha o costume de visitar o cemitério nesse dia, para recordar os familiares e
amigos falecidos, e por eles orar. Muitos cristãos, porém, não prestam ouvidos
aos apelos de seu coração, que os move a sentir saudades de seus entes queridos
e a aliviálos com uma prece. Talvez por falta de cultura religiosa, ou por falta
de alguém que as incentive ou oriente, muitas pessoas nem vêem a necessidade de
rezar pelas almas dos falecidos.
A inúmeras outras, a existência do Purgatório
causa estranheza e antipatia.
Seja como for, tanto por amor às almas que
esperam ver-se livres de suas manchas para entrarem no Paraíso, quanto para
estimular em nós a caridade para com esses irmãos necessitados, como também para
nosso próprio proveito, vejamos o "porquê" e o "para quê" da existência do
Purgatório.
Fonte: Redemptionis Sacramentum
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
FESTA DE TODOS OS SANTOS
Postado por
Caio Vinícius
Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão. Todos proclamavam com voz forte: "A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro". Todos os anjos estavam de pé, em volta do trono e dos Anciãos e dos quatro Seres vivos e prostravam-se, com o rosto por terra, diante do trono. E adoravam a Deus, dizendo:"Amém. O louvor, a glória e a sabedoria, a ação de graças, a honra, o poder e a força pertencem ao nosso Deus para sempre. Amém".E um dos Anciãos falou comigo e perguntou: "Quem são esses vestidos com roupas brancas? De onde vieram?"Eu respondi: "Tu é que sabes, meu senhor". E então ele me disse: "Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro".
(Ap 7, 9-14)
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
sábado, 27 de outubro de 2012
CRISTO REI DO UNIVERSO
Postado por
Caio Vinícius
Honra, glória, louvor sempiterno
A Jesus, a Jesus Redentor!
Deus de Deus, Luz de Luz, Verbo eterno
Cristo Rei, do Universo Senhor
A Jesus, a Jesus Redentor!
Deus de Deus, Luz de Luz, Verbo eterno
Cristo Rei, do Universo Senhor
Jesus Rei Deus verdadeiro
O teu Reino venha a nós;
Obedeça o mundo inteiro,
Ao poder de tua voz.
O teu Reino venha a nós;
Obedeça o mundo inteiro,
Ao poder de tua voz.
Todo o orbe homenagens Lhe renda,
Aos seus pés traga o mundo cristão
De almas livres a livre oferenda
Corações para o seu coração!
Também nós Brasileiros, queremos
De Jesus a realeza aclamar!
De nossa alma os afetos supremos
São por Ele, sua lei, seu Altar!
Declaração da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei sobre a FSSPX
Postado por
Caio Vinícius
Declaração da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei
A Pontifícia Comissão Ecclesia Dei aproveita a oportunidade para anunciar que, no seu mais recente comunicado (6 de setembro de 2012) a Fraternidade Sacerdotal São Pio X indicou a necessidade de sua parte de um tempo adicional de reflexão e estudo, para preparar a própria resposta às últimas iniciativas da Santa Sé.
O estudo atual das discussões em curso entre a Santa Sé e a Fraternidade Sacerdotal é fruto de três anos de diálogos doutrinais e teológicos, durante ao quais uma comissão conjunta se reuniu oito vezes para estudar e discutir, entre as outras questões, alguns pontos controversos na interpretação de certos documentos do Concílio Vaticano II. Quando tais diálogos doutrinais terminaram, foi possível proceder a uma fase de discussão mais diretamente focada no grande desejo de reconciliação da Fraternidade Sacerdotal São Pio X com a Sé de Pedro.
Outros passos fundamentais neste processo positivo de gradual reintegração haviam sido realizados pela Santa Sé em 2007 mediante a extensão à Igreja universal da Forma Extraordinária do Rito Romano com o Motu Proprio Summorum Pontificum, e, em 2009, com a abolição das excomunhões. Apenas alguns meses atrás, neste difícil caminho, foi alcançado um ponto fundamental quando, em 13 de junho de 2012, a Pontifícia Comissão apresentou à Fraternidade Sacerdotal São Pio X uma declaração doutrinal junto com uma proposta para a normalização canônica do próprio estado dentro da Igreja católica.
Atualmente, a Santa Sé está à espera da resposta oficial dos Superiores da Fraternidade Sacerdotal sobre estes dois documentos. Depois de trinta anos de separação, é compreensível sua necessidade de tempo para absorver o significado destes recentes desenvolvimentos. Enquanto o nosso Santo Padre Bento XVI busca promover e preservar a unidade da Igreja mediante a realização da reconciliação há tempos esperada da Fraternidade Sacerdotal São Pio X com a Sé de Pedro – uma potente manifestação da obra munus Petrinum – é necessário paciência, serenidade, perseverança e confiança.
Fonte: Canção Nova
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
O segundo consistório para criação de cardeais em 2012
Postado por
Caio Vinícius
No próximo dia 24 de novembro, o Santo Padre criará seis novos cardeais para a Santa Igreja Romana. Apresentou inopinadamente seus nomes ao final da audiência pública desta quarta-feira, a um mês exato do consistório. São eles: James Harvey, Béchara Raï, Baselios Thottunkal, John Onaiyekan, Jesús Salazar e Luis Antonio Tagle.
O Pontífice surpreendeu não somente pela realização de um segundo consistório num mesmo ano (o último foi celebrado em 18 de fevereiro), como também pela exclusão de uns e inclusão de outros, desmentindo as listas que já circulavam nos círculos especializados.
Depois do anúncio já se deu bastante destaque ao fato de não haver italianos ou mesmo europeus entre os futuros purpurados.
É um costume bastante estabelecido que o Patriarca de Veneza seja criado cardeal no primeiro consistório seguinte à sua nomeação – é tão certa a criação que o novo patriarca já toma posse da Sé de São Marcos em trajes cardinalícios. Bento XVI inovou e deixou de fora o Patriarca Moraglia.
Também ficou de fora o seu conacional e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Gerhard Müller. Como prefeito do principal dicastério da Cúria Romana, sua não inclusão é de fato surpreendente. Os “cardinalistas” – uma especialização entre os vaticanistas – punham-no no topo de suas listas.
Bento XVI, criando apenas 6 cardeais, se ateve ao teto estabelecido pela legislação. No dia 23 de novembro, o Cardeal Renato Martino completa 80 anos e o número dos cardeais eleitores cai para 114. No dia seguinte, com a criação dos novos cardeais o Colégio volta a contar com 120 eleitores. Apenas 14 dias depois é a vez do Cardeal Eusébio Scheid completar 80 anos e, assim, o número dos eleitores cai novamente para 119.
No que tange à precedência entre os cardeais, embora ainda não tenha sido oficialmente formulada, já se pode prever: a inclusão de Béchara Raï entre os cardeais-bispos, na condição de patriarca oriental; Baselios Thottunkal, John Onaiyekan, Jesús Salazar e Luis Antonio Tagle entre os cardeais-presbíteros, já que são arcebispos residenciais; e, entre os cardeais-diáconos, somente John Michael Harvey. Este último, entretanto, está no topo da lista para que, passados 10 anos, ao optar pela ordem dos presbíteros, preceda aos demais cardeais-presbíteros criados neste mesmo consistório.
Neste consistório não há sequer um cardeal honorífico, ou seja, todos têm menos de 80 anos e são, portanto, cardeais eleitores. Entre eles, inclusive, os dois mais jovens cardeais do colégio: Thottunkal e Tagle, de 53 e 55 anos respectivamente.
Há um norteamericano (Harvey), um latinoamericano (Salazar Gómez), um africano (Onaiyekan), um indiano (Thottunkal), um libanês (Raï) e um filipino (Tagle). Dois são de rito oriental (Raï, maronita, e Thottunkal, malancar).
Harvey, cuja nomeação para Arcipreste de São Paulo fora dos Muros foi antecipada pelo Papa, é o atual Prefeito da Casa Pontifícia há quase 15 anos. Trabalhava anteriormente na Secretaria de Estado. Desempenhará, portanto, seu primeiro ofício propriamente pastoral na cura da Basílica Papal. Com a criação de Harvey, o número dos cardeais estadunidenses chega a 19, sendo 11 eleitores. O anúncio da nomeação de Harvey é, necessariamente, o da renúncia do Cardeal Francesco Monterisi aos 78 anos. O arcipreste “emérito” não ficará à toa, pois hoje mesmo foi nomeado membro da Congregação para os Bispos.
Béchara Raï figurava em todas as listas. Embora ainda viva seu predecessor, Cardeal Sfeir, Raï é o patriarca da mais importante das igrejas orientais sui juris, a Maronita, e desempenha um papel crucial no Líbano, em particular, e no Oriente Médio, em geral. Ao incluir Raï, o Papa deixou de fora o Patriarca dos Melquitas, Gregorios Laham, que parecia ter a vez no sistema de alternância entre os patriarcas orientais. De toda forma, Laham já tem mais de 78 anos e poderá ser incluído, a título honorífico, entre os cardeais não votantes em futuros consistórios.
Sem dúvida o nome mais inesperado é o do arcebispo-maior dos Malancares. A Malancar é uma pequena Igreja oriental sui juris com pouco mais de 500 mil fiéis na Índia. Alguns poucos milhares se acham na diáspora, sobretudo nos EUA. Só recentemente tornou-se um Arcebispado-Maior, o que na prática a equipara a um patriarcado. Seu Arcebispo-Maior, chamado Catholicós na tradição persa, será o primeiro cardeal malancar. O curioso é que Baselios Thottunkal será o segundo cardeal indiano criado em 2012; em fevereiro foi criado cardeal o Arcebispo-Maior dos Malabares, George Alencherry, também ele oriental. Com a criação de Thottunkal, os dois chefes das igrejas de São Tomé, Malabar e Malancar, estão no Colégio Cardinalício. Outro detalhe digno de nota é que as quatro Arquidioceses Maiores sui juris – as duas indianas já citadas, a Ucraniana e a Romena – estão representadas no Colégio Cardinalício.
Salazar Gómez é o único latinoamericano da lista. É arcebispo de Bogotá, primaz da Colômbia, desde julho de 2010, sucedendo ao cardeal Pedro Rubiano Sáenz que completou 80 anos em setembro último. Havia três outros postos cardinalícios a serem ocupados no continente americano, dois na América Central e um no México. O Papa deu preferência à América do Sul. Em breve, Rio e Salvador vão engrossar a lista dos postos vacantes no continente americano.
A situação africana é mais delicada. Dada sua condição de evangelização recente, a África não tem postos cardinalícios propriamente ditos. Espera-se que no futuro ou Luanda (Angola), ou Douala (Camarões), ou Abdijan (Costa do Marfim), ou Antananarivo (Madagascar), ou Maputo (Moçambique), ou Kampala (Uganda) venham a ter novamente algum cardeal. O Papa preferiu dar um terceiro cardeal à Nigéria, contra todas as previsões. No dia 1º de novembro, porém, o Cardeal Arinze completa 80 anos e, assim, no momento da criação, Onaiyekan será o segundo cardeal nigeriano eleitor.
Outro nome previsível era o do arcebispo de Manila nas Filipinas. O país asiático é o de maior número de cristãos no continente; como o minúsculo Timor Leste, tem maioria católica entre os seus habitantes. Com cerca de 70 milhões de fiéis, as Filipinas são o quarto maior contingente católico do mundo, ficando atrás apenas de Brasil, México e Estados Unidos. Não obstante tais credenciais, as Filipinas estavam sem cardeais eleitores desde agosto. Luis Antonio Tagle será o terceiro cardeal, juntamente com Vidal e Rosales, mas o único votante. Incluindo-o, Bento XVI deixa de fora o também jovem arcebispo de Cebu, Serofia Palma, que poderá ser incluído num futuro consistório.
Três dos seis futuros cardeais são do oriente. Do médio, Raï, e do Extremo, Thottunkal e Tagle. Ausências notáveis são o Arcebispo de Seul (Coreia), o de Tóquio (Japão), o de Karachi (Paquistão) e o de Bangkok (Tailândia). Não é possível, todavia, criar todos os cardeais numa só fornada sem ultrapassar o limite autoimposto de 120 cardeais eleitores.
É bastante provável que o Papa faça em 2013 outro consistório, em que terá a chance de criar mais uma dezena de cardeais, entre os quais estarão um ou dois brasileiros, Orani Tempesta do Rio e Murilo Krieger de Salvador. Estará, assim, inaugurando o ano da Fé com um consistório pequeno e concluindo, com outro maior.
Fonte: OBLATVS
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
domingo, 21 de outubro de 2012
Os sete novos santos da Santa Madre Igreja
Postado por
Caio Vinícius
Os sete novos Santos
canonizados por Sua Santidade Bento XVI
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São
Tiago (Jacques) Berthieu, Sacerdote e Mártir (1838 – 1896) |
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São
Pedro Calungsod, Leigo e Mártir (1654 – 1672) |
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São
João Battista Piamarta, Sacerdote (1841 – 1913) |
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Santa Maria do Monte Carmelo Sallés e
Barangueras, Religiosa (1848 – 1911) |
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Santa Marianna (Maria
Anna) Cope, Religiosa (1838 – 1918) |
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Santa Caterina Tekakwitha,
Virgem e Leiga (1656 – 1680) |
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Santa Anna Schäffer,
Leiga (1882 – 1925) Fonte: http://ecclesiam-suam.blogspot.com.br/ |
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