sábado, 5 de junho de 2010

A Festa do Coração de Jesus.


Nos séculos XVI e XVII o Protestantismo e o Jansenismo procuraram deformar e mesmo abolir por completo um dos dogmas essenciais do cristianismo - o amor de Deus ao homens.

Era pois necessário que o espírito de amos que orienta a Igreja,encontrasse um meio novo de se opor à heresia nascente,por que a esposa de Cristo,longe de ver diminuir o seu amor a Jesus Cristo,o sentisse crescer cada vez mais. Foi então que apareceram os grandes precursores do novo culto ao Coração de Jesus,já precedidos na idade média,pelas grandes figuras beneditinas de Gertrudes e Matilde. S.João Eudes foi o primeiro a lançar o grito de alerta contra os perigosos e subversivos disciípulos de Jansênio instituíu em 1670 a Missa e o ofício do Sagrado Coração de Jesus,para o uso particular da congregação fundadora. Pouco depois em 1675 escolheu uma providência espiritual de S.Francisco de Sales,à qual Jesus mostrou seu Coração em Paray le Monial no domingo da oitava do Corpo de Deus,e lhe pediu que estabelecesse uma festa do Sagrado Coração de Jesus na primeira sexta-feira depois da oitava do Corpo de Deus.Em 1765, Clemente XIII aprovou a festa e o ofício do Sgr. Coração de Jesus,e em 1856 Pio IX estendeu-a à Igreja Universal.Em 1929 Pio XI,compôs missa e ofícios novos para a festa e concedeu-lhe oitava privilegiada de terceira ordem.

E a Espanha em 1919, em 30 de maio, também se consagrou publicamente ao Sagrado Coração no Monte dos Anjos. Onde foi gravado, sob a estátua de Cristo, aquela promessa que fez ao pai Bernardo de Hoyos, S. J., em 14 de maio de 1733, mostrando-lhe seu Coração, em Valladolid (Santuário da Grande Promessa), e dizendo-lhe: "Reinarei na Espanha com mais Veneração que em muitas outras partes" (Até então a América também era Espanha).

Os Santos Padres muitas vezes falaram do Coração de Cristo como símbolo de seu amor, tomando-o da Escritura: "Beberemos da água que brotaria de seu Coração....quando saiu sangue e água" (Jo 7,37; 19,35).

A liturgia é o culto público, quer dizer, os atos sagrados que por instituição de Cristo ou da Igreja, em seu nome, são realizados seguindo os livros litúrgicos oficiais.
Evidentemente refletem de modo autêntico o sentir e a fé da Igreja. Na liturgia são verificados especialmente a potestade de magistério. Quando o magistério propõe aos fiéis como devem render culto a Deus, tem uma particular assistência do Espírito Santo para não equivocar-se e oferecer um caminho certo e seguro de santificação, já que se trata da mais importante finalidade da Igreja.
Onde principalmente se ensina aos fiéis a doutrina e a vida cristã, é na Missa. Pois, bem, o culto público ao Sagrado Coração, foi canonizado em 1765 por Clemente XIII, ao introduzir sua festa litúrgica, com Missa e ofícios próprios.
Este ensinamento, mediante a liturgia, é dada pela Igreja com frases suas ou com frases tomadas da Escritura (quer em seu sentido próprio, quer em seu sentido ajustado). Nas recentes modificações introduzidas com novas leituras e o evangelho na nova missa do Sagrado Coração , o tema bíblico dominante é o do amor a Cristo que se apresenta como Bom Pastor.
A importância que a Igreja concede atualmente ao Sagrado Coração, esta sublinhada pela categoria de sua festa, solenidade de primeira classe, das quais há somente 14 ao ano no calendário universal.
Além disso, a festa de Cristo Rei, também solenidade de primeira classe, esta estreitamente unida à espiritualidade do Sagrado Coração. Pio XI declarou ao instituí-la que precisamente a Cristo é reconhecido como Rei, por famílias, cidades e nações, mediante a consagração a seu Coração. E determinou que em tal festa fosse renovado todos os anos a consagração do mundo ao Coração de Cristo.
Toda esta atitude litúrgica da Igreja tem a finalidade de estimular nossa prática cristã pondo especial interesse em celebrar sua festa: comungando, assimilando seus ensinamentos, utilizando as orações litúrgicas, a consagração, etc. Como dizia Pio XI na encíclica Quas primas: "As celebrações anuais da liturgia têm uma eficácia maior que os solenes documentos do magistérios para formar ao povo nas coisas da fé".


Fontes : Missal Quotidiano e Aci digital.

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