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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

SETE DORES DE NOSSA SENHORA

Estava a Mãe dolorosa

Ao pé da Cruz lacrimosa

E o filho pendente dela.

Dura espada lhe rasgava

A alma pura, e lha ensopava

Com dor, tristeza e gemidos.



Oh! quão triste, quão aflita foi a donzela bendita,

Mãe do Unigênito Filho.


Dor e angústia a possuía, E todo trêmula via

As penas do ínclito Filho.



Que homem ali, não chorava,

Se a Mãe do Cristo observara

Padecendo tal suplício!



Que peito não se partira,

Quando a Mãe piedosa vira

Com seu Filho suspirando!



Porque o povo delinquiu,

Jesus em tormentos viu

Sofrendo cruéis flagelos.



Viu o Filho seu amado,

Morrendo desamparado,

Lançar o espírito extremo.



Eia, Mãe, fonte de amores,

Fazei que estas fortes dores

Eu sinta e convosco chore.



Fazei que a alma se inflame

Porque a Cristo-Deus só ame,

E só busque o seu agrado.



Santa Mãe, isto Vos peço,

Fique o peito bem impresso

Das chagas do Crucifixo.



De Vosso Filho chagado,

O que por mim se há dignado

Sofrer,reparti comigo.



Fazei-me, enquanto viver,

Com meu Jesus condoer,

Convosco chorardes veras.



Junto à Cruz conVosco estar,

Vosso pranto acompanhar

Unicamente desejo.



Virgem das Virgens preclara,

Não sejais comigo avara,

Fazei-me chorar conVosco.



Fazei que eu seja consorte

Das chagas, Paixão e morte

De Cristo,e que em mim se vejam.



Fazei-me delas chagado,

Desta Cruz embriegado,

Por amor do doce Filho.



Porque a chama não me queime,

Doce virgem defendei-me

No derradeiro juízo.



Ao sair do corpo esta alma,

Dai-me da vitória a palma

Por vossa Mãe, ó Jesus.



Quando a morte me levar,

Fazei que alma vá gozar

A glória do Paraíso.Amém.

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