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domingo, 19 de junho de 2011

Esplendor do Rito da Crisma na Forma Extraordinária, em Roma, por Dom Athanasius Schneider









Fotos: Orbis Catholicus

Observações à Missa Cantada


1. Se chama Missa Cantada, a celebração da Missa por um só celebrante, sem auxílio de diácono e subdiácono.

2. O celebrante tomará as funções de cantar as partes fixas da Missa, entre elas o Evangelho, a Epístola, o Ite Missa Est, que até então (numa missa solene) eram cantadas pelo diácono.

3. Quanto aos ajudantes, esta missa precisa de apenas um, ou dois. Porém, no caso de uma solenidade, este número pode triplicar. Pode-se ter em uma missa cantada, um acólito que leva a cruz, outros dois com duas velas, e um turiferário*, ademais junto um cerimoniário (que pode ser também o primeiro acólito).

4. Quanto ao número de velas, estas podem ser: quatro, nas missas cantadas fora de solenidades, e seis nas missas cantadas dentro de solenidades.

* Embora, a Missa Cantada não admita o uso do incenso, a Sagrada Congregação dos Ritos em certos casos, concede o indulto para o uso do turíbulo nas solenidades especiais.( cf. Vavasseur, Cerimonial, Ed ix., vol. I, p. 520, n.288).

Bibliografia:

- Cattolici Romani, Dizionario Liturgico.
- Sancta Missa, Modo de Ajudar à Missa Gregoriana

À Santíssima Trindade


Deus eterno, a vós louvor! Glória a vossa majestade! Anjos e homens com fervor, vos adoram, Deus Trindade. Cante a terra com amor! Santo, Santo é o Senhor

Pai Eterno, a criação que tirastes vós do nada, Repousando em vossa mão um acorde imenso brada.
Quem me fez foi vosso amor, Glória a vós, Pai criador!

Filho eterno, nosso irmão, Vossa morte deu-nos vida, vosso sangue, salvação de toda a Igreja,
agradecida. Louva, exalta a vós, Jesus, glória canta à vossa cruz!

Deus Espírito, Sol de amor, Procedeis do Pai, do Filho. Vossos dons sempre mandais a nós, pobres, que cantamos. Santo é o senhor, Uno e Trino, Deus de amor.

sábado, 18 de junho de 2011

Dominica Sanctissimae Trinitatis


(Tob. 12, 6) - Benedícta sit Sancta Trínitas, atque indivísa únitas: confitébimur ei, quia fecit nobíscum misericórdiam suam. (Ps. 8, 2) - Dómine, Dóminus noster, quam admirábile est nomen tuum in univérsa terra. Glória Patri, et Filio et Spiritui Sancto. Sicut erat in principio, et nunc, et semper, et in saecula saeculórum. Amen.

A Santíssima Trindade na doutrina da fé


A FORMAÇÃO DO DOGMA TRINITÁRIO
249. A verdade revelada da Santíssima Trindade esteve, desde a origem, na raiz da fé viva da Igreja. principalmente por meio do Baptismo. Encontra a sua expressão na regra da fé baptismal, formulada na pregação, na catequese e na oração da Igreja. Tais formulações encontram-se já nos escritos apostólicos, como o comprova esta saudação retomada na liturgia eucarística: «A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós» (2 Cor 13, 13)(62).

250. No decurso dos primeiros séculos, a Igreja preocupou-se com formular mais explicitamente a sua fé trinitária, tanto para aprofundar a sua própria inteligência da fé, como para a defender contra os erros que a deformavam. Foi esse o trabalho dos primeiros concílios, ajudados pelo trabalho teológico dos Padres da Igreja e sustentados pelo sentido da fé do povo cristão.

251. Para a formulação do dogma da Trindade, a Igreja teve de elaborar uma terminologia própria, com a ajuda de noções de origem filosófica: «substância», «pessoa» ou «hipóstase», «relação», etc. Ao fazer isto, a Igreja não sujeitou a fé a uma sabedoria humana, mas deu um sentido novo, inédito, a estes termos, chamados a exprimir também, desde então, um mistério inefável, «transcendendo infinitamente tudo quanto podemos conceber a nível humano» (63).

252. A Igreja utiliza o termo «substância» (às vezes também traduzido por «essência» ou «natureza») para designar o ser divino na sua unidade; o termo «pessoa» ou «hipóstase» para designar o Pai, o Filho e o Espírito Santo na distinção real entre Si; e o termo «relação» para designar o facto de que a sua distinção reside na referência recíproca de uns aos outros.

O DOGMA DA SANTÍSSIMA TRINDADE

253. A Trindade é una. Nós não confessamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: «a Trindade consubstancial» (64). As pessoas divinas não dividem entre Si a divindade única: cada uma delas é Deus por inteiro: «O Pai é aquilo mesmo que o Filho, o Filho aquilo mesmo que o Pai, o Pai e o Filho aquilo mesmo que o Espírito Santo, ou seja, um único Deus por natureza» (65). «Cada uma das três pessoas é esta realidade, quer dizer, a substância, a essência ou a natureza divina» (66).

254. As pessoas divinas são realmente distintas entre Si. «Deus é um só, mas não solitário» (67). «Pai», «Filho», «Espírito Santo» não são meros nomes que designam modalidades do ser divino, porque são realmente distintos entre Si. «Aquele que é o Filho não é o Pai e Aquele que é o Pai não é o Filho, nem o Espírito Santo é Aquele que é o Pai ou o Filho» (68). São distintos entre Si pelas suas relações de origem: «O Pai gera, o Filho é gerado, o Espírito Santo procede»(69). A unidade divina é trina.

255. As pessoas divinas são relativas umas às outras. Uma vez que não divide a unidade divina, a distinção real das pessoas entre Si reside unicamente nas relações que as referenciam umas às outras: «Nos nomes relativos das pessoas, o Pai é referido ao Filho, o Filho ao Pai, o Espírito Santo a ambos. Quando falamos destas três pessoas, considerando as relações respectivas, cremos, todavia, numa só natureza ou substância» (70). Com efeito, «n'Eles tudo é um, onde não há a oposição da relação» (71). «Por causa desta unidade, o Pai está todo no Filho e todo no Espírito Santo: o Filho está todo no Pai e todo no Espírito Santo: o Espírito Santo está todo no Pai e todo no Filho»(72).

256. São Gregório de Nazianzo, também chamado «o Teólogo», confia aos catecúmenos de Constantinopla o seguinte resumo da fé trinitária:

«Antes de mais nada, guardai-me este bom depósito, pelo qual vivo e combato, com o qual quero morrer, que me dá coragem para suportar todos os males e desprezar todos os prazeres: refiro-me à profissão de fé no Pai e no Filho e no Espírito Santo. Eu vo-la confio hoje. É por ela que, daqui a instantes, eu vou mergulhar-vos na água e dela fazer-vos sair. Eu vo-la dou por companheira e protectora de toda a vossa vida. Dou-vos uma só Divindade e Potência, uma nos Três e abrangendo os Três de maneira distinta. Divindade sem diferença de substância ou natureza, sem grau superior que eleve nem grau inferior que abaixe [...] É de três infinitos a infinita conaturalidade. Deus integralmente, cada um considerado em Si mesmo [...] Deus, os Três considerados juntamente [...] Assim que comecei a pensar na Unidade logo me encontrei envolvido no esplendor da Trindade. Mal começo a pensar na Trindade, logo à Unidade sou reconduzido» (73).


Retirado de: Catecismo da Igreja Católica

A Santíssima Trindade


A crença no Deus Uno e Trino esteve presente na Igreja desde os primórdios: "No que diz respeito ao Batismo, batizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo em água corrente. Se não houver água corrente, batizai em outra água; se não puder batizar em água fria, fazei com água quente. Na falta de uma ou outra, derramai três vezes água sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Didaqué, 7,1-3). Atualmente, segundo o Catecismo da Igreja Católica (CIC), “o mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã(...), portanto, a fonte de todos os outros mistérios da fé, é a luz que os ilumina”.(§234).

A Trindade pode ser estudada sob diversos aspectos: estudo das processões (procedência, origem), estudo das relações e estudo das pessoas, sendo este último dividido em estudo das pessoas consideradas absolutamente e relativamente por comparação. Esse artigo pretende somente abordar as pessoas divinas de per si, naquilo que se distinguem umas das outras.

As Pessoas divinas são realmente distintas entre Si. Deus é único, mas não solitário. Pai, Filho e Espírito Santo não são simplesmente nomes que designam modalidades do Ser divino, pois são realmente distintos entre Si: Aquele que é o Pai não é o Filho e Aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é Aquele que é o Pai ou o Filho. São distintos entre Si pelas suas relações de origem: é o Pai que gera, o Filho que é gerado e o Espírito Santo que procede. A Unidade divina é Trina (CIC§254).

Pode-se afirmar que é impossível chegar ao conhecimento das pessoas da Trindade pela razão natural. Isso porque, pela razão natural, o homem é levado ao conhecimento de Deus a partir do conhecimento das criaturas, como o estudo do efeito leva ao conhecimento da causa - ou seja - um conhecimento incompleto. Conclui-se, ainda, que com a razão natural se pode chegar a ter conhecimento do que pertence à unidade de essência, mas não do que pertence à distinção das pessoas divinas. Somente conhecemos, portanto, o que nos foi revelado:

Entretanto, o que pregamos entre os perfeitos é uma sabedoria, porém não a sabedoria deste mundo nem a dos grandes deste mundo, que são, aos olhos daquela, desqualificados. Pregamos a sabedoria de Deus, misteriosa e secreta, que Deus predeterminou antes de existir o tempo, para a nossa glória. Sabedoria que nenhuma autoridade deste mundo conheceu (pois se a houvessem conhecido, não teriam crucificado o Senhor da glória). É como está escrito: Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam. Todavia, Deus no-las revelou pelo seu Espírito, porque o Espírito penetra tudo, mesmo as profundezas de Deus.”(1Cor 2,6-10)

Deus dispôs na sua bondade e sabedoria revelar-se a si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua vontade, mediante o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso ao Pai no Espírito Santo e tornam-se participantes da natureza divina” (Dei Verbum, 2).

Quando Deus criou o homem, disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança" (Gen.I,26). O plural, proposital, indica uma ação conjunta das três pessoas divinas. No que se refere às suas relações com as criaturas, as três pessoas divinas não diferem, portanto é impossível para nós apreender seus atributos pela mera observação dessas relações (ad extra). Somente nas relações internas (ad intra) é que podemos inferir qualquer conhecimento, a partir do qual podemos atribuir às pessoas divinas noções e nomes.
Ao estudar os atributos e nomes associados a cada uma das pessoas divinas, devemos ter em mente que não há relação de hierarquia entre elas, e que se distinguem somente pela origem: "Entre os Três tudo é idêntico, exceto a relação de origem" (Gregório de Nanzianzo, Or. 34).

A invocação de Deus como “Pai” não é prerrogativa da religião cristã, sendo conhecida em várias religiões (CIC §238). No Antigo Testamento (AT), Deus é visto por Israel como Pai por ser o Criador do mundo, bem como em razão da aliança, por meio da qual o Deus de Israel intervém na história: “Dirás a Faraó: ‘Assim falou Iahweh: o meu filho primogênito é Israel’” (Ex. 4,22)

Quando chamamos Deus de “Pai”, a experiência humana nos remete à paternidade terrestre, e afirmamos duas coisas: primeiramente, que Deus nos deu a vida, e em segundo lugar, que é bondade e todo amor para com todos os seus filhos. Deus cuida com a sua providência de todas as coisas e, em especial, do homem. É nosso Pai do céu; em conseqüência, somos seus filhos. Para que nos lembrássemos sempre de nossa filiação divina, Jesus nos ensinou a rezar: "Pai Nosso, que estás no céu" (Mateus 6,9).

Enquanto no AT a paternidade de Deus significa a relação entre criador - criatura (relação ad extra ou ‘para fora’), no Novo Testamento (NT), embora ainda carregue esse significado, o que o hagiógrafo pretende destacar é a relação ad intra (Pai-Filho) e a filiação divina que adquirimos pelo sacrifício de Cristo.

O Pai é também chamado Ingênito e não procedente, ou, ainda, o ‘Princípio sem Princípio’. Traduzindo, significa dizer que o Pai não nasceu (como o filho) nem procedeu (como o Espírito Santo). O Filho por Ele é gerado e o Espírito Santo dEle procede. O Pai é, portanto, a origem de toda a divindade.


À pessoa do Filho se atribuem três nomes: Filho, Palavra e Imagem. A “filiação” indica a processão por via de geração, ou, segundo a teoria agostiniano-tomista, por via do intelecto. Ressalte-se, no entanto, que tal não implica supremacia do Pai sobre o Filho, não havendo superioridade de um sobre o outro.


A filiação explica a consubstancialidade, a eternidade e a divindade da segunda Pessoa da Santíssima Trindade. O Filho é da mesma substância e natureza que o Pai, é gerado, desde sempre, pelo Pai e dele recebe a divindade. Mas como explicar a geração? Quanto ao mecanismo da geração do Filho, faz parte do mistério. Onde termina o terreno da razão, inicia-se o da fé.

"O que é então a processão? Diga-me o que é a ingenerabilidade do Pai e eu explicar-lhe-ei a fisiologia da geração do Filho e a processão do Espírito; e nós ambos seremos arrebatados por nos intrometer no mistério de Deus" (Gregório de Nanzianzo, Or. 31,8).

O Filho intermedia toda a relação do Pai com suas criaturas: “ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14,6). Da mesma forma: "Ao Pai universal por Jesus Cristo no Espírito Santo" (Orígenes de Alexandria, Da Oração 33).

A segunda pessoa divina também é chamada Palavra (Logos), é o intelecto, a sabedoria de Deus. É a palavra que sai da boca do altissímo. É nome atribuído como próprio pelo evangelista São João: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus.” (Jo 1,1-2).

Palavra aqui significa o concebido no entendimento, o conceito, o produto da concepção. O signo lingüístico é formado de dois elementos: significante e significado. O significante é a cadeia de fonemas (sons) e/ou grafemas (letras, ideogramas) pelos quais se exprime um conceito; este último é o significado. Diz Santo Agostinho que o Filho é o produto do intelecto do Pai - é o significado pelo meio do qual o Pai se revela a nós.

"Quem puder entender uma palavra antes que ressoe pronunciada, antes mesmo que se forme na mente uma imagem de seu som, isto é, que não pertença ainda a nenhum idioma conhecido (...) esse poderá perceber, como em espelho e em enigma, uma semelhança com aquele Verbo do qual está escrito: 'No princípio era o Verbo e o Verbo estava em Deus e o Verbo era Deus'" (Da Trindade 1,15,20).

Esse mesmo conceito mental implica procedência de outro, isto é, do conhecimento daquele que concebe. Por isso, a Palavra em Deus propriamente significa algo que procede de outro.

"[O Pai] enviou o Verbo como graça, para que se manifestasse ao mundo. (...) Desde o princípio, ele apareceu como novo e era antigo, e agora sempre se torna novo nos corações dos fiéis. Ele é desde sempre, e hoje é reconhecido como Filho" (Epístola a Diogneto, 11,3-4).


O nome Imagem é atribuído por São Paulo a Jesus Cristo: “Ele é a imagem de Deus invisível, o Primogênito de toda a criação” (Cl1,15). Com efeito, Jesus já havia dito de si mesmo: “Aquele que me viu, viu também o Pai” (Jo 14,9).

O conceito de imagem importa em semelhança. Mas nem toda semelhança pode entrar no conceito de imagem, a não ser aquela semelhança que está na espécie do objeto ou, ao menos, em algum signo da espécie, ou seja, toda imagem pressupõe um original.


Como diz Santo Tomás de Aquino: “Mas essa semelhança entre espécie e figura tampouco é suficiente, uma vez que, para que algo seja semelhante, se requer a origem” (Suma Teológica, prima pars, questão 34).

O ensinamento paulino e epistolar do NT confirmam: “(...) a tal ponto que não percebem a luz do Evangelho, onde resplandece a glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2Cor 4,4)

Ultimamente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro universal, pelo qual criou todas as coisas. Esplendor da glória (de Deus) e imagem do seu ser, sustenta o universo com o poder da sua palavra. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, está sentado à direita da Majestade no mais alto dos céus, tão superior aos anjos quanto excede o deles o nome que herdou. Pois a quem dentre os anjos disse Deus alguma vez: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei (Sl 2,7)? Ou então: Eu serei seu Pai e ele será meu Filho (II Sm 7,14)?” (Hb 1,2-5)

Mais tarde, também a patrística consolidou a noção de Imagem ao falar do Filho: "Disse Deus, o Criador Trino: 'Façamos o homem à nossa imagem'. E essa imagem já é, de antemão, o Filho encarnado" (Anastácio do Sinai, In. Hex. 6).

A origem divina do Espírito Santo foi primeiramente afirmada em 381, no Concílio de Constantinopla, que disse que Ele "procede do Pai". Mais tarde, Santo Ambrósio e Santo Agostinho inauguraram uma tradição que afirmava ser o Espírito procedente do Pai e do Filho, sendo essa a tradição latina até hoje, tendo sido introduzido, no início do segundo milênio, no Credo, na liturgia, a expressão: "O Espírito provém do Pai e do Filho". O Credo da Igreja, do Concílio de Constantinopla, confessa: “Com o Pai e o Filho Ele recebe a mesma adoração e a mesma glória” (CIC 245).

Crer no Espírito Santo é, pois, professar que o Espírito Santo é uma das Pessoas da Santíssima Trindade, consubstancial ao Pai e ao Filho, “e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado”. É por isso que se tratou do mistério divino do Espírito Santo na “teologia” trinitária (CIC §685).

A processão por amor não tem nome. Por isso, a pessoa que resulta da referida processão também não tem nome próprio. No entanto, a escritura atribui o título de Espírito Santo, como próprio, à terceira pessoa da trindade: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19).

O nome é conveniente, por duas razões: a primeira, porque traduz o que é comum a todas as pessoas divinas. Como diz Santo Agostinho (XV De Trin.4): “é comum a ambos, e tem como nome próprio o que é comum aos dois: Pois o Pai é Espírito e o Filho é Espírito; e o Pai é Santo, como o Filho é Santo”.

A segunda, por sua significação. A palavra espírito, em sua significação relativa ao mundo criado – sopro, expiração - parece indicar certo impulso e moção. É próprio do amor mover e impulsionar a vontade do que ama na direção do amado. De outro lado, a santidade se atribui àquilo que está ordenado a Deus. Dessa forma, é adequado que seja chamada Espírito Santo.


Uma metáfora trinitária comum é: O Pai é o que ama (sujeito). O Filho é o amado (paciente). O Espírito Santo é o Amor. Tal noção advém das Escrituras: “Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5).

O Espírito Santo é dom de Deus nas criaturas; é a doação ou ato de dar. Dar é um ato de amor e liberdade. As dimensões amor e doação são estreitamente ligadas: Pelo amor que é o Espírito, o Pai se doa ao Filho e o Filho ao Pai: "O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira e, pela doação eterna deste último ao Filho, do Pai e do Filho em comunhão" (Santo Agostinho, Da Trindade 15,26,47).

Desde que o Verbo assumiu a natureza humana, a graça foi como que natural para este Homem, intocável pelo pecado. E se essa graça devia ser atribuída ao Espírito Santo é porque o Espírito Santo existe em Deus de tal sorte que se chama o Dom de Deus” (Santo Agostinho, Enchiridion 40).

Enfim, em Deus há três pessoas e uma única natureza. Não há hierarquia e não se pode falar em inferioridade ou superioridade de uma ou outra pessoa divina em relação às demais. Há ainda muita coisa que não compreendemos sobre a Santíssima Trindade, esse verdadeiro e excelso “triângulo amoroso”. Na eternidade, teremos todas as respostas. Por ora, basta-nos a certeza que vem da fé.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.
Catecismo da Igreja Católica. 11ª ed. Reimpres. São Paulo: EDIÇÕES LOYOLA,
2004.

ANDRÉ, Pe. Emmanuel. O Mistério da Santíssima Trindade. Disponível em http://www.catequisar.com.br/dw/livro/misterio.doc Acesso em 31/10/2008.

BETTENCOURT, Pe. Estêvão, OSB. Deus Uno e Trino. Apostila da Escola Mater Ecclesi
ae.

NABETO, Carlos Martins. A Fé Cristã: Coletânea de Sentenças Patrísticas. Volume 2: Deus Pai, Filho e Espírito Santo. São Vicente: Veritatis Splendor, 2007.

PUJOLL, Jayme; BIELA, Jesus Sanches. Apostolado Veritatis Splendor: 04: CREIO EM DEUS, PAI TODO PODEROSO. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/687. Desde 1/13/2003.

SUSIN, Luis Carlos; Apostolado Veritatis Splendor: O ESPÍRITO PROVÉM DO PAI E DO FILHO. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/1892. Desde 8/25/2003.

TOMÁS DE AQUINO. Suma de Teología. Vol I. Prima Pars. Biblioteca de Autores Cristianos, Provincias Dominicanas de España. Questões 27 a 47.

TRESE, Leo John. A Fé Explicada. 7ed. São Paulo, Quadrante, 1999. p.26-30.



sexta-feira, 17 de junho de 2011

La Congregazione del clero suggerisce l'organizzazione di 60 ore di adorazione in ogni diocesi per il Santo Padre



Nel mese di giugno, Benedetto XVI chiede in particolare preghiere per i sacerdoti, "perche' siano testimoni autentici dell'amore di Dio". La proposta e' contenuta nella lettera pontificia che ha affidato all'Apostolato della Preghiera "l'intenzione generale per il mese di giugno". Il testo recita: "Perche' i sacerdoti, uniti al Cuore di Cristo, siano sempre veri testimoni dell'amore premuroso e misericordioso di Dio".

Questa richiesta del Papa ha luogo a un anno dalla chiusura dell'Anno Sacerdotale, periodo in cui la Chiesa si e' unita in modo particolare in preghiera per i suoi sacerdoti nel mezzo di scandali che hanno visto protagonisti pochissimi di loro ma hanno provocato un grave danno nella percezione della loro vocazione da parte dell'opinione pubblica.

Lo stesso Benedetto XVI, il prossimo 29 giugno, celebrera' il 60esimo anniversario di ordinazione sacerdotale e da giorni si moltiplicano gli avvisi e gli annunci nelle varie diocesi per iniziative di preghiera e di adorazione del Santissimo Sacramento in vista dell'anniversario.

In particolare la Congregazione del clero guidata dal cardinale Mauro Piacenza, con una lettera a firma del segretario del dicastero, l'arcivescovo Celso Morga Iruzuibieta, datata 13 maggio 2011 e inviata ai vescovi di tutto il mondo attraverso i nunzi apostolici, ha suggerito che si organizzassero sessanta ore di adorazione in ogni diocesi.

"L'occasione - si legge nella lettera - e' particolarmente propizia per stringerei intorno al Sommo Pontefice, per testimoniargli tutta la nostra gratitudine, il nostro affetto, la nostra comunione per il servizio che sta offrendo a Dio ed alla Sua Chiesa e, soprattutto, per quel "risplendere della Verita' sul mondo", a cui il Suo alto magistero continuamente richiama". "Si pensa poter fare cosa gradita al Santo Padre invitando ogni circoscrizione ecclesiastica, con particolare partecipazione dei sacerdoti, ad offrire, per la circostanza del sessantesimo anniversario, sessanta ore di adorazione eucaristica, continuative o distribuite nel prossimo mese di giugno, per la santificazione del clero e per ottenere da Dio il dono di nuove e sante vocazioni sacerdotali". Il culmine del percorso di preghiera "potrebbe coincidere con la Solennita' del Sacratissimo Cuore di Gesu', Giornata di santificazione sacerdotale, il prossimo venerdi' primo luglio". In questo modo si offrirebbe al Papa "una straordinaria corona di preghiera e di soprannaturale unita', capace di mostrare sia il reale centro della nostra vita, dal quale ogni sforzo missionario e pastorale discende, sia l'autentico volto della Chiesa e dei suoi sacerdoti".

Dal: Il blog degli amici di Papa Ratzinger

O Nascimento de um Novo Movimento Litúrgico


Por Caio Vinícius P. Nogueira

As mudanças na Liturgia Romana surgidas depois do Concílio Vaticano II fizeram com que normas que antes eram respeitadas fossem deixadas de lado, esquecidas, tornadas como que, um objeto a reformar que como um sujeito capaz de renovar a vida cristã [1].

Após o Concílio, houve grande anseio dos padres presentes no mundo para receber as novas instruções de liturgia trazidas na bagagem de seus bispos diocesanos. Ao receberem estas novas diretrizes, alguns interpretaram de modo errado, ora, uma maçã podre misturada no mesmo cesto que maçãs boas, contamina todas as outras, ou seja, um erro puxou o outro, formando uma grande bola de neve que veio rolando monte abaixo até cair sobre nossas cabeças. Assim, entrando em nossas mentalidades, criou uma lavagem cerebral litúrgica, que não permite a correta aplicação das reformas que cabem à Santa Liturgia.

A grande questão do dias de hoje, é a má hermenêutica da continuidade, parece que a Tradição da Igreja parou em 1962. Não. A Tradição da Igreja está viva hoje, está presente em nosso redor, mas nós não sabemos onde ela está. Por isso foi preciso, um papa alemão começar a restaurar o espírito da liturgia, a querer mostrar que O Espírito Santo não abandonou sua Igreja no século XX, mas que Ele continua conosco, porém, precisamos achá-lo. Achando a Liturgia autêntica e correta, acharemos a identidade católica e acharemos por consequência o Espírito Santo.

No Concílio Vaticano II precisava-se desde o início a “necessidade de um estudo mais aprofundado do fundamento teológico da Liturgia”, para evitar cair no ritualismo ou promover o subjetivismo, o protagonismo do celebrante, e para que a reforma estivesse bem justificada no âmbito da Revelação e em continuidade com a tradição da Igreja. [2]

No âmbito litúrgico depois do Vaticano II, muitos padres sentiram uma necessidade de liberdade da liturgia. Não conheciam muito as normas litúrgicas, então, leram somente a parte de algum documento dizendo “a parte dos leigos na vida e na missão da Igreja” e deram um passo para trás e deixaram que os fiéis fizessem a sua “liturgia paroquial”. Criou-se uma “liturgia em que se promove o homem e não a Deus”, Deus foi posto de lado, literalmente. Os sacrários que antes ficavam no centro das igrejas agora estão de lado, colocados em capelas minúsculas, nos seus lugares foram colocados as cadeiras do celebrante e de seus ministros, uma cruz (quando há cruz), e alguns enfeites modernos.

De fato, a participação dos leigos deve ser mais efetiva nas igrejas. Isto acontece. Não vemos as leituras? Não vemos os corais, os antigos coros? Não vemos uma Oração universal, ou oração dos fiéis? Por que então precisa-se desta presença maior dos leigos na liturgia? Já não há espaço suficiente? Correntes de teologias modernas principalmente levadas pela Irmã Ione Buyst querem equiparar o sacerdócio ao laicato, quer dizer que na falta de um sacerdote numa comunidade, um leigo possa tomar o lugar e celebrar a Santa Missa [3], como se a Missa fosse uma refeição comunitária, onde vemos que se perdeu a noção de Missa como Sacrifício Incruento de Nosso Senhor no Calvário.

A visão moderna da Missa colocou uma contradição, para os modernos dos modernos, a Missa é a representação da Ceia do Senhor. A Missa deixou de ser o ápice da vida cristã, a máxima oblação a Deus, para ser uma mera teatralidade.

Sendo a liturgia a celebração do mistério de Cristo aqui e agora, o sacerdote é chamado a expressar sua fé de duas maneiras. Primeiro, ele deveria celebrar com olhos de quem vê além da realidade visível para “tocar” o que é invisível, isto é, a presença e a obra de Deus. É a ‘ars celebrandi’ (arte de celebrar) que permite aos fiéis analisar se a liturgia é apenas uma performance, um espetáculo do sacerdote ou se é uma relação vivída e atraente com o mistério de Cristo. Segundo, após a celebração o sacerdote está renovado e pronto para seguir o que experimentou, isto é, para fazer de sua vida uma celebração do mistério de Cristo.[4]

O Papa Bento XVI vem fazendo um ótimo trabalho na restauração da Sagrada Liturgia, em primeiro lugar, ele fez com que voltássemos a ter uma mentalidade litúrgica, voltada para o Oriente, para o centro que é Cristo. Como ele fez isso? Colocou um elemento que havia sido deixado de lado pelos modernistas, a Cruz. A Cruz passou a ser colocada no centro do altar, dizendo que Cristo e sua Cruz devem ser o centro da Liturgia. Depois não desmerecendo, colocou as sete velas no altar para as suas celebrações eucarísticas, relembrando o antigo costume dos Santos Padres, e obedecendo as rubricas do Institutio Generalis Missalis Romani( IGMR) bem como ao Caeremoniale Episcoporum .

Mas este novo movimento litúrgico não se faz somente, com alguns detalhes sobre o altar, se faz na mudança de consciência dos sacerdotes e dos fiéis. Um dos grandes avanços deste Movimento de recuperação da Liturgia Romana, foi a publicação do Motu Proprio Summorum Pontificum, em 2007. Este deu autonomia aos sacerdotes e as leigos de celebrarem a Liturgia da Missa conforme o missal de 1962, anterior à Reforma Conciliar. “Aquilo que para as gerações anteriores era sagrado, permanece sagrado e grande também para nós, e não pode ser de improviso totalmente proibido ou mesmo prejudicial."( Bento XVI no Motu Proprio Summorum Pontificum).

Precisamos redescobrir o sentido de viver a Liturgia, resgatar os aspectos que se perderam nos erros de interpretação do Sacrosanctum Concilium, queremos estar na comunhão com o Sumo Pontífice, e em comunhão com todos os que estão em comunhão com ele nos esforçamos para fazer parte e para contribuir com o crescimento de um Novo Movimento Litúrgico que vem surgindo em nossos tempos, o qual tem como finalidade a redescoberta e a vivência do verdadeiro espírito da liturgia e do sentido de Igreja.[5]

A reforma litúrgica,em sua realização concreta, se distanciou demais desta origem. O resultado não foi uma reanimação, mas uma devastação. De um lado, tem-se a liturgia que se degenerou em “show”, onde se quis mostrar uma religião atrativa com a ajuda de tolices da moda e de incitantes princípios morais, com êxitos momentâneos no grupo de criadores litúrgicos e uma atitude de reprovação tanto mais pronunciada nos que buscam na Liturgia, não tanto o “showmaster” espiritual, mas o encontro com o Deus vivo, diante do qual toda “ação” é insignificante, pois somente este encontro é capaz de nos fazer chegar à verdadeira riqueza do ser. [6]

Restauremos, portanto, a noção de Liturgia como encontro de Deus conosco e de Nós com Ele. Só assim, conseguiremos vencer esta batalha entre a “Fumaça de Satanás” e os Filhos da Santa Igreja.

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Notas:

[1] Bento XVI. Congresso Romano pelos 50 anos da fundação do Pontifício Instituto Litúrgico.

[2] Bento XVI. Congresso Romano pelos 50 anos da fundação do Pontifício Instituto Litúrgico.

[3] Taiguara Fernandes de Sousa."Ione Buyst e sua 'Doutrina da Confusão dos Sacerdócios': uma doutrina exótica". Salvem a Liturgia.

[4] Guido Marini. Reforma Litúrgica de Bento XVI.

[5] Subsídios Litúrgicos Summorum Pontificum. "Novo Movimento Litúrgico Beneditiano".

[6] Bento XVI. "A Intrepidez de uma verdadeira Testemunha". Livro de Klaus Gamber. 


Importância e Dignidade da Santa Missa


16. A celebração da Missa, como acção de Cristo e do povo de Deus hierarquicamente ordenado, é o centro de toda a vida cristã, tanto para a Igreja, quer universal quer local, como para cada um dos fiéis[22]. Nela culmina toda a acção pela qual Deus, em Cristo, santifica o mundo, bem como todo o culto pelo qual os homens, por meio de Cristo, Filho de Deus, no Espírito Santo, prestam adoração ao Pai[23]. Nela se comemoram também, ao longo do ano, os mistérios da Redenção, de tal forma que eles se tornam, de algum modo, presentes[24]. Todas as outras acções sagradas e todas as obras da vida cristã com ela estão relacionadas, dela derivam e a ela se ordenam[25].

17. Por isso, é da máxima importância que a celebração da Missa ou Ceia do Senhor de tal modo se ordene que ministros sagrados e fiéis, participando nela cada qual segundo a sua condição, dela colham os mais abundantes frutos[26]. Foi para isso que Cristo instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e Sangue e o confiou à Igreja, sua amada esposa, como memorial da sua paixão e ressurreição[27].

18. Tal finalidade só pode ser atingida se, atentas a natureza e as circunstâncias peculiares de cada assembleia litúrgica, se ordenar toda a celebração de forma a conduzir os fiéis àquela participação consciente, activa e plena, de corpo e espírito, ardente de fé, esperança e caridade, que a Igreja deseja e a própria natureza da celebração reclama, e que, por força do Baptismo, constitui direito e dever do povo cristão[28].

19. Embora nem sempre se consiga uma presença e uma participação activa dos fiéis que manifestem com toda a clareza a natureza eclesial da celebração[29], a celebração eucarística tem sempre assegurada a sua eficácia e dignidade, por ser acção de Cristo e da Igreja, em que o sacerdote realiza a sua principal função e actua sempre para a salvação do povo.

Recomenda-se aos sacerdotes que, sempre que possível, celebrem o sacrifício eucarístico diariamente[30].

20. A celebração eucarística, como toda a Liturgia, realiza-se por meio de sinais sensíveis, pelos quais se alimenta, fortalece e exprime a fé[31]. Para isso, deve haver o máximo cuidado em escolher e ordenar as formas e os elementos propostos pela Igreja que, atendendo às circunstâncias de pessoas e lugares, mais intensamente favoreçam a participação activa e plena e mais eficazmente contribuam para o bem espiritual dos fiéis.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Uma tradição ininterrupta


2. A natureza sacrificial da Missa, solenemente afirmada pelo Concílio de Trento[1], de acordo com toda a tradição da Igreja, foi mais uma vez formulada pelo II Concílio do Vaticano, quando, a respeito da Missa, proferiu estas significativas palavras: “O nosso Salvador, na última Ceia, instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e Sangue, com o fim de perpetuar através dos séculos, até à sua vinda, o sacrifício da cruz e, deste modo, confiar à Igreja, sua amada Esposa, o memorial da sua Morte e Ressurreição” [2].
Esta doutrina do Concílio, encontramo-la expressamente enunciada, de modo constante, nos próprios textos da Missa. Assim, o que já no antigo Sacramentário, vulgarmente chamado Leoniano, se exprimia de modo inequívoco nesta frase: “todas as vezes que celebramos o memorial deste sacrifício, realiza-se a obra da nossa redenção”[3], aparece-nos desenvolvido com toda a clareza e propriedade nas Orações Eucarísticas. Com efeito, no momento em que o sacerdote faz a anamnese, dirigindo-se a Deus, em nome de todo o povo, dá-Lhe graças e oferece-Lhe o sacrifício vivo e santo, isto é, a oblação apresentada pela Igreja e a Vítima, por cuja imolação quis o mesmo Deus ser aplacado[4]; e pede que o Corpo e Sangue de Cristo sejam sacrifício agradável a Deus Pai e salvação para todo o mundo[5].
Deste modo, no novo Missal, a norma da oração (lex orandi) da Igreja está em consonância perfeita com a perene norma de fé (lex credendi). Esta ensina-nos que, excepto o modo de oferecer, que é diverso, existe perfeita identidade entre o sacrifício da cruz e a sua renovação sacramental na Missa por Cristo Senhor instituída na última Ceia, ao mandar aos Apóstolos que a celebrassem em memória d’Ele. Consequentemente, a Missa é ao mesmo tempo sacrifício de louvor, de acção de graças, de propiciação e de satisfação.
6. Ao enunciar os princípios que deveriam presidir à revisão do Ordo Missae, o II Concílio do Vaticano, servindo-se dos mesmos termos usados por S. Pio V na Bula Quo primum, que promulgava o Missal Tridentino de 1570, determina, entre outras coisas, que certos ritos sejam restaurados “em conformidade com a antiga norma dos Santos Padres”[11]. Na própria concordância de termos, pode já verificar-se como, não obstante o espaço de quatro séculos que medeia entre eles, ambos os Missais Romanos seguem a mesma tradição. E, se examinarmos atentamente os elementos mais profundos desta tradição, veremos também como, de uma forma muito feliz, o segundo Missal vem aperfeiçoar o primeiro.
7. Numa época particularmente difícil como aquela, em que estava em perigo a fé católica sobre o carácter sacrificial da Missa, sobre o sacerdócio ministerial, sobre a presença real e permanente de Cristo sob as espécies eucarísticas, o que mais preocupava S. Pio V era salvaguardar uma tradição, algo recente, é certo, mas injustamente atacada, e, consequentemente, introduzir o mínimo de alterações nos ritos sagrados. De facto, este Missal de 1570 pouco difere do primeiro impresso em 1474, o qual, por sua vez, reproduz fielmente o Missal do tempo de Inocêncio III. Além disso, se bem que os códices da Biblioteca Vaticana tenham ajudado a corrigir algumas expressões, não permitiram, naquela diligente investigação dos “antigos e mais fidedignos autores” ir além dos comentários litúrgicos da Idade Média.

"Tiraram o Senhor e não sabemos onde o puseram".

O Sacrário no centro tem, no espírito tradicional da Sagrada Liturgia, o significado de dar a Nosso Senhor Jesus Cristo o destaque no lugar central. Pode-se considerar esta afirmação como sendo teocêntrica, isto é, que tem Deus como o centro, evidentemente não como centro geométrico. O teocentrismo significa que Deus é reconhecido como sendo a causa e o fim de todas as coisas, e sendo Deus imutável esse centro deve ser fixo e imutável.
 
Quando Nossa Senhora e São José foram a Belém, na ocasião do recenseamento, obedecendo ao edito de César, por serem eles pobres, disseram-lhes que não havia lugar para eles na estalagem. Por isso o Menino Jesus teve que nascer fora da cidade, numa cocheira miserável, onde havia um boi e um burro.
 
Nosso Senhor Jesus Cristo veio para o que era seu - Israel -- e os seus, os judeus, não O receberam. Ele nasceu numa cocheira, fora da cidade, assim como iria morrer fora da cidade de Jerusalém. Por que "os seus não O receberam" (São João I, 11). "O boi conhecerá o seu dono, e o burro conhecerá o presépio de seu Senhor" profetizou Isaías (Isaías. I, 3). Mas, os seus não o receberam...
 
Nasceu numa cocheira símbolo da Igreja. Porque, como explica Hugo de São Victor, na cocheira os animais -- o boi e o burro -- deixam suas sujeiras, e se alimentam no cocho, assim como nós, cristãos, vamos à Igreja, para deixar, no confessionário, nossos pecados, a fim de, depois, irmos nos alimentar com o Pão que desceu dos céus, na mesa da comunhão.
 
Mas "os seus não o receberam", e não havia lugar para eles na estalagem". Espantamo-nos com a frieza e a dureza de coração dos habitantes de Belém, que recusavam receber a Virgem Maria e São José, e com a cegueira da Sinagoga, que abria o rolo da profecia e respondia a Herodes: "Sim. É verdade. Estamos na época em que deve nascer o Messias prometido. E Ele vai nascer em Belém, palavra que significa casa do pão". E depois de ler a profecia, a Sinagoga fechava o rolo, e não ia a Belém adorar o Rei dos judeus que nascera. E O recusava, não lhe dando lugar na estalagem.
 
A Igreja, durante dois milênios, guardou o Corpo de Cristo, nascido em Belém, no sacrário. Adorou-O santamente, cercando-O de honras devidas ao Redentor, o Filho de Deus feito Homem.
 
Hoje, infelizmente, não há mais lugar para o sacrário de Jesus Cristo nos altares das Igrejas. O sacrário foi relegado para longe do altar. Para fora de Belém.
 
Por meio da encíclica Ecclesia de Eucharistia e no Decreto Redemptionis Sacramentum, o Papa João Paulo II mandou que se combatessem os abusos e desrespeitos que se fazem contra a Eucaristia. Entretanto, observamos que nada mudou. Aqueles mesmos que aplaudem o Papa João Paulo II se fazem de surdos, quando ele recomendou algo bom.
 
Os argumentos para a retirada dos sacrários são cada vez mais assustadores. Já não se fala mais em completo desconhecimento da realidade do Sacrário, como numa brutal e insanável cegueira que já beira a senilidade. A Loucura completa! Beira a hostilidade contra o Altíssimo!
 
Então colocam o sacrário longe, de lado, em capelas isoladas, em cantos escuros, tal como fazem os faxineiros que colocam em depósitos escuros a lata de lixo, a escória do templo. Lá se guardam as vassouras e o pano de chão! Ali também escondem o Sacrário, num último passo para o colocarem na rua.
 
Pois diz o Senhor: “porque me rejeitaste, também eu te rejeitarei” (Oséias IV, 6). E como rejeitaram a Deus, cumprem o projeto de satanás. É bem por isso que Nossa Senhora tem alertado o mundo, de que em breve milhares de igrejas se tornarão em pistas paras os demônios.
 
O espaço reservado para Deus fica cada vez menor, desde as capelas até os corações. Colocam Nosso Senhor Jesus Cristo em pequenas capelas, porque os corações dos homens estão pequenos, cada vez mais fechados, cada vez mais mortos. E quando retiramos Deus de seu espaço só sobra uma coisa: a energia do vácuo, ou seja, o desprovimento espacial absolutamente vazio...
 
Portanto, se no Sacrário o próprio Jesus está verdadeiramente presente em corpo, sangue, alma e divindade, sob as aparências de pão, sendo ele Deus, deve ocupar o lugar de destaque, o centro. “A arca foi introduzida e instalada em seu lugar, no centro do tabernáculo que Davi construíra para ela, e Davi ofereceu holocaustos e sacrifícios pacíficos (II Samuel VI, 17).”

 Por Carlos Magno da S. Oliveira

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Dom Sérgio da Rocha é o novo arcebispo de Brasília

O atual Arcebispo de Teresina (PI), Dom Sérgio da Rocha, foi nomeado Arcebispo de Brasília (DF) pelo Papa Bento XVI nesta quarta-feira, 15. Dom Sérgio sucede a Dom João Braz de Aviz, que foi nomeado prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica em janeiro deste ano.

Desde 17 de fevereiro, o Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Goiânia, Dom Waldemar Passini Dalbello, exercia o encargo de Administrador Apostólico na Arquidiocese brasiliense.

Sobre Dom Sérgio


Nasceu em Dobrada (SP) - Diocese de Jaboticabal - em 21 de outubro de 1959. Após os estudos básicos, frequentou os cursos de Filosofia junto ao Seminário Diocesano de São Carlos e o de Teologia no Instituto Teológico de Campinas. Obteve o Mestrado em Teologia Moral na Faculdade Teológica "Nossa Senhora da Assunção", em São Paulo, e o Doutorado na mesma disciplina junto à Academia Alfonsiana de Roma.

Foi ordenado em 14 de dezembro de 1984, em Matão (SP), Diocese de São Carlos. Em 13 de junho de 2001, foi eleito Bispo Auxiliar de Fortaleza e consagrado em 11 de agosto do mesmo ano. Nomeado Bispo Coadjutor de Teresina em 31 de janeiro de 2007, tornou-se Arcebispo da mesma em 3 de setembro de 2008.

Retirado de: Boletim da Santa Sé

terça-feira, 14 de junho de 2011

Liturgia: Monsenhor esclarece: não é permitido o serviço de mulheres na Forma Extraordinária

Esclarecimento de Monsenhor Guido Pozzo sobre a participação de mulheres “acólitas” na liturgia extraordinária.

Em carta da Comissão Pontifícia Ecclesia Dei, datada em 29 de maio de 2011, o monsenhor esclare o significado do parágrafo 28 da Instrução Universae Ecclesiae sobre a aplicação Carta Apostolica Summorum Pontificum. O parágrafo UE28 diz:

Outrossim, por força do seu caráter de lei especial, no seu próprio âmbito, o Motu Proprio Summorum Pontificum derroga os textos legislativos inerentes aos sagrados Ritos promulgados a partir de 1962 e incompatíveis com as rubricas dos livros litúrgicos em vigor em 1962.
Traduzo as palavras do monsenhor:

A este respeito, a Carta Circular da Congregação para a Doutrina da Fé e Disciplina dos Sacramentos de 1994 (cf. Notitiae 30 [1994] 333-335) que admitia mulheres e meninas ao serviço do altar, não se aplica à Forma Extraordinária.

Abaixo, a cópia da carta.

Carta do Monsenhor Guido Pozzo

Agora não resta mais dúvida, não?

Reproduzo aqui as sábias palavras do Pe. Zuhlsdorf, traduzidas também para o português tupiniquim:

“Isto vai além da simples questão do sexo da pessoa que serve no altar. Existem outras inovações posteriores à 1962 às quais se aplica a UE28. É importante que o significado da UE 28 fique claro desde o início, e que seja aceito. É importante que, a Comissão Pontifícia Ecclesia Dei intervenha, desde o início, quando a Summorum Pontificum e a Universae Ecclesiae forem interpretadas erroneamente.”

Retirado de: Foco Católico

Instrução Universae Ecclesiae: um texto que nos dá respostas


Na sexta-feira, dia 13 de Maio de 2011, aniversário da aparição de Nossa Senhora em Fátima, a Santa Sé publicou a tão esperada instrução relativa à aplicação do motu proprio SummorumPontificum. Com o título de “Universae Ecclesiae”, este texto traz a data de 30 de Abril, dia da festa de São Pio V segundo o novo calendário. A esta ditosa dupla protecção vem ainda juntar-se o facto de que o texto foi tornado público no preciso momento em que em Roma se abria o terceiro colóquio sobre o motu proprio, acerca do qual se pode agora dizer ser claramente o colóquio oficial da Comissão Pontifícia Ecclesia Dei. Se Roma escolheu tão cuidadosamente a data para a apresentação desta instrução, fê-lo muito simplesmente para assim lhe dar o maior eco possível, como o confirma o espaço que lhe dedicou o Osservatore Romano.

Já ninguém pode fingir que ignora este facto: a liturgia tradicional da Igreja é “um tesouro a ser conservado preciosamente” (art. 8º) oferecido “a todos os fiéis” e não apenas aos que estão ligados ao usus antiquor.

Esta semana propomo-nos fazer um comentário a este texto do ponto de vista dos grupos de fiéis peticionários da forma extraordinária.

1) Os poderes atribuídos à Comissão Ecclesia Dei

A 10 de Março, sob a forma de uma súplica dirigida ao Cardeal Bertone, Secretário de Estado da Santa Sé, o Movimento para a Paz Litúrgica e para a reconciliação dos católicos no interior da Igreja chamava a atenção para a insuficiência de poder da Comissão Pontifícia Ecclesia Dei para fazer aplicar o motu proprio Summorum Pontificum (veja-se a carta PL 15). Ora não se exagera se se disser que o ponto forte da instrução Universae Ecclesia é precisamente a resposta que na sua segunda parte (As competências da Comissão Pontifícia Ecclesia Dei) oferece a este pedido.

Com efeito, a comissão Ecclesia Dei vê-se agora dotada de um poder vicário (art. 9º) — enquanto representante do Papa — em ordem « à vigilância na aplicação das disposições do Motu Proprio ». Este poder de instar os “ordinários” (bispos ou superiores religiosos) à aplicação das generosas disposições do motu proprio exprimir-se-á em “decretos” (art.10º, 2), dos quais se diz desde já que «passíveis de apelação ad normam iuris junto do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica», dirigido pelo Cardeal Burke. Para lá da linguagem canónica, o que devemos reter é que a partir de agora temos um quadro jurídico claramente definido para fiéis e sacerdotes que sejam vítimas de uma recusa episcopal.

Era esta uma das esperanças dos peticionários que se viam confrontados com bloqueios eclesiásticos e é coisa excelente que hoje a vejamos ser satisfeita.

2) Uma lei universal para a Igreja para o bem dos fiéis

No seu artigo 2º, a instrução lembra que o motu proprio Summorum Pontificum é «uma lei universal para a Igreja» promulgada pelo Santo Padre. Esta expressão, empregue de novo numa nota da Comissão Ecclesia Dei publicada pelo Osservatore Romano, é uma confirmação “de cima para baixo” de quanto foi demonstrado “de baixo para cima” pelas sondagens científicas que vêm sendo regularmente encomendadas pela Paix Liturgique: o facto de que a “Missa em latim” não é um privilégio concedido a uns quantos nostálgicos. E apoiando-se sobre o estado da liturgia anterior às reformas conciliares, o motu proprio é também uma «lei especial» que, por conseguinte, vem derrogar todas as disposições litúrgicas (mas não as puramente canónicas como é o caso da incardinação dos clérigos) posteriores a esse estado da liturgia (art. 28º).

Não espanta, pois, que a Comissão Ecclesia Dei conclua o seu comentário sobre a instrução com uma “esperança”: a de que «a observação das normas e das disposições da instrução» contribua para aquela reconciliação e unidade que o Santo Padre dizia desejar na cata dirigida aos bispos a 7 de Julho de 2007. Para que assim seja, a comissão diz contar com «a caridade pastoral e a prudente vigilância» dos pastores da Igreja.

Também os grupos de peticionários esperam dos seus pastores — e nomeadamente daqueles que até agora se têm recusado a dar espaço à forma extraordinária nas suas dioceses ou paróquias — que dêem provas de «caridade pastoral» e de «prudente vigilância». Uma expectativa que é tanto mais legítima quanto é certo que o ponto 8, alínea b), da instrução precisa que «o uso da forma extraordinária, supondo que o uso da Liturgia Romana vigente em 1962 é uma faculdade concedida para o bem dos fiéis e que por conseguinte deve ser interpretada em sentido favorável aos fiéis, que são os seus principais destinatários».

3) Nada de retoques ou “bricolage” na forma extraordinária

No seu artigo 6º, a instrução estipula que «pelo seu uso venerável e antigo a forma extraordinária deve ser conservada em devida honra». E no art. 14º, ela afirma que «é tarefa do Ordinário tomar as medidas necessárias para garantir o respeito da forma extraordinária do Rito Romano, de acordo com o Motu Proprio Summorum Pontificum».

Na parte dedicada à «disciplina litúrgica e eclesiástica» (arts. 24º a 28º), lembra‑se que «os livros litúrgicos da forma extraordinária devem ser usados como previstos em si mesmos» e que «por força do seu caráter de lei especial, no seu próprio âmbito, o Motu Proprio Summorum Pontificum derroga os textos legislativos inerentes aos sagrados Ritos promulgados a partir de 1962 e incompatíveis com as rubricas dos livros litúrgicos em vigor em 1962».

Os grupos de peticionários a quem foram infligidas celebrações que misturavam a liturgia tradicional e a moderna (por exemplo, usando o leccionário de Paulo VI) podem então legitimamente pedir ao respectivo bispo que intervenha para que seja respeitado o Missal de João XXIII.

4) A abertura à forma extraordinária das portas dos santuários…

Na nossa carta nº263, denunciámos a recusa arbitrária oposta a um sacerdote duma comunidade Ecclesia Dei de celebrar segundo a forma extraordinária na basílica do Sacré-Coeur em Montmartre, Paris. Os artigos 16 e 18 da instrução vêm agora regular definitivamente os casos deste tipo.

O art. 16º declara que se «um sacerdote se apresente ocasionalmente com algumas pessoas em uma igreja paroquial ou oratório e queira celebrar na forma extraordinária», nesse caso «o pároco ou o reitor de uma igreja, ou o sacerdote responsável por uma igreja, o admita a tal celebração, levando todavia em conta as exigências da programação dos horários das celebrações litúrgicas da igreja em questão». «Nos santuários e lugares de peregrinação», completa o art. 18º, «deve-se oferecer a possibilidade de celebração na forma extraordinária aos grupos de peregrinos que o pedirem, se houver um sacerdote idóneo.»

5) e dos seminários …

Nos arts. 20º a 23º, a instrução define com justeza o que se deve entender por sacerdote “idóneo” apresentando dois critérios: que não esteja impedido pelo direito canónico e que tenha do latim «um conhecimento de base», precisando ainda que quanto «ao conhecimento e execução do Rito, se presumem idóneos os sacerdotes que se apresentam espontaneamente a celebrar na forma extraordinária, e que já o fizeram no passado».

Eis que assim se põe um limite à invencionice repressiva dos bispos que, à semelhança do cardeal Rosales de Manila ou da Conferência Episcopal alemã, exigiram abusivamente pergaminhos de latinismo e liturgismo aos sacerdotes que se mostravam desejosos de celebrar segundo a forma extraordinária.

Como, já por várias vezes, a Paix Liturgique teve a ocasião de ilustrar, uma parte significativa dos seminaristas diocesanos, mesmo em Portugal (!), anseia poder viver o seu sacerdócio ao ritmo da forma extraordinária do rito romano e um número ainda mais importante anseia muito simplesmente vir a conhecer esta liturgia para poder enriquecer a sua prática da forma ordinária, de acordo com o convite feito pelo Sumo Pontífice. A partir de agora, os seminaristas poderão apoiar-se na instrução Universae Ecclesiae para pedir o regresso do latim ao programa de estudos, assim como, no mínimo, uma oportunidade para descobrir a forma extraordinária.

Esta disposição da instrução, associada ao art. 22º — que prevê que «nas dioceses onde não houver sacerdotes idóneos, os bispos diocesanos podem pedir a colaboração dos sacerdotes dos Institutos erigidos pela Comissão Ecclesia Dei ou dos sacerdotes que conhecem a forma extraordinária do Rito, seja em vista da celebração, seja com vistas ao seu eventual ensino» —, é uma garantia para os grupos de peticionários de que podem contar, a médio prazo, bem entendido, com sacerdotes devidamente preparados para celebrarem a forma extraordinária.

Já não há como parar o movimento de reconciliação iniciado por Bento XVI a 7 de Julho de 2007.

Por: Paix Liturgique
Via: Sancta Missa
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