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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Turim se prepara para exposição do Santo Sudário


De 10 de abril a 23 de maio, a síndone estará exposta aos peregrinos
TURIM, quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010 (ZENIT.org).- Mais de um milhão de peregrinos fizeram suas reservas para poder ver o Santo Sudário, que estará exposto, depois de 10 anos, na Catedral de Turim de 10 de abril a 23 de maio.
A reserva pode ser feita pelo site http://www.sindone.org/. Só da Itália, já foram feitas 963.639 reservas. Também já garantiram sua presença peregrinos da Argentina, Burkina Faso, Japão e Rússia, entre muitos outros países, para orar ou simplesmente observar o tecido que, segundo a tradição, envolveu o corpo de Jesus depois da crucifixão.
Por isso, a prefeitura de Turim está realizando todos os preparativos para acolher os muitos fiéis e turistas que virão nesses dias: cerca de 4.500 voluntários estão sendo treinados para ajudar na logística, segundo informa Maurizio Bardello, diretor do Comitê para a Ostensão do Santo Sudário.
Além desta visita, os peregrinos poderão fazer adoração eucarística e confessar-se, no Palácio Chiablese, que foi reformado.
Além dos aspectos econômicos, deu-se uma particular atenção ao cuidado do ambiente, com o uso de materiais ecológicos e a adoção de solução de baixo impacto ambiental.
O que os peregrinos verão em Turim? “Um lençol de linho atípico – disse Giuseppe Ghiberti, presidente da Comissão diocesana para o Santo Sudário – com cerca de 4,41 metros de altura e 1,13 de largura, que contém a figura de um homem morto pela tortura da crucifixão”.
Segundo a tradição, trata-se de um lençol que foi usado para envolver o corpo de Jesus no sepulcro; de fato, “é uma imagem fidelíssima, um espelho da narração literária dos Evangelhos com relação à morte de Jesus”.
Quanto à data de antiguidade desta valiosa relíquia, existem “duas opiniões acerca da procedência da época romana ou medieval. Nenhum cientista sério pode afirmar com segurança como a imagem se formou sobre o tecido. São muitas as hipóteses, mas não há nenhuma resposta”.
Por que a Igreja se interessa por isso? “Ao ser um eco da mensagem do Evangelho – explicou Ghiberti –, ele se converte em um instrumento de evangelização e, por isso, em uma responsabilidade neste sentido, para a Igreja inteira.”
O caráter científico do Santo Sudário começou a ser estudado a partir de 1898, quando um fotógrafo de Turim constatou que o negativo das imagens representa o corpo e o rosto de um homem crucificado segundo a narração evangélica.
Em 1989, foi submetido à prova do carbono 14. Os cientistas afirmaram que era um tecido fabricado entre 1260 e 1390. Especialistas de prestígio científico criticaram tais exames, por considerarem que não tiveram o rigor necessário e que foram estudadas apenas algumas partes do tecido, que havia sido remendado na Idade Média.
Ao visitar o Santo Sudário na catedral de Turim, no dia 24 de maio de 1998, João Paulo II explicou que o tecido constitui um “desafio à inteligência”, pela extraordinária crônica visual que oferece da Paixão de Cristo.
O Papa Bento XVI, ao anunciar a ostentação do Santo Sudário, em 2 de junho de 2008, disse que “será uma oportunidade sumamente propícia para contemplar esse misterioso rosto, que silenciosamente fala ao coração dos homens, convidando-os a reconhecer nele o rosto de Deus”.

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