O Tempo da Septuagésima é a preparação remota para a Páscoa; a Quaresma a preparação próxima; e as duas últimas semanas denominadas Tempo da Paixão, é a preparação imediata. As cerimônias da Semana Santa vêm do Oriente, mas precisamente de Jerusalém, onde os fiéis, de Evangelho na mão, seguiam passo a passo o Redentor, e recolhiam as lembranças, In Loco, das solenes ocasiões que coroaram a vida de Nosso Senhor.
Durante o Tempo da Paixão a Igreja manda cobrir as imagens com véus roxos, pois não parece justo distraírmo-nos com as imagens enquanto ocorrem os atos solenes da Paixão de Jesus. O Crucifixo também é velado, para que só no dia da Ressurreição possamos contemplar a vitória de Nosso Senhor por sua morte. Nestas semanas omite-se o Salmo Judica me e o Glória Patri, que não existiam na liturgia primitiva, continua o roxo, o símbolo da penitência e contrição.
Despojando os altares e suprimindo o toque dos sinos, a Igreja exprime o sentimento de dor pela morte de Seu Divino Esposo.
Extratos do Missal Cotidiano e Vesperal - 1958
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