quarta-feira, 6 de julho de 2011

Igreja Católica, Igreja de Cristo


Dizem alguns que a Igreja Católica não é a Igreja de Cristo; para estes, a Igreja de Cristo seria maior que a Igreja Católica, englobando também as seitas protestantes. Ora, a Igreja de Cristo É a Igreja Católica Apostólica Romana. Ela é visível e reconhecível, ela é Una, e não é feita da união de seitas mais Igreja Católica.

Não há uma Igreja de Cristo diferente da Igreja Católica; ambas são uma mesmíssima coisa.

Há, é certo, o caso de pessoas batizadas (logo incorporadas à Igreja de Cristo, que é a Igreja Católica) mas que sem culpa própria, por ignorância invencível (não por não terem procurado o suficiente a Igreja, que acabariam encontrando; este caso é sem dúvida raríssimo hoje com os meios de comunicação à disposição de praticamente todos) não estão ligadas de forma visível à Igreja.

 

As seitas a que elas pertençam, porém, não são de modo algum parte da Igreja de Cristo, que é a Igreja Católica. Uma pessoa que, caso raríssimo e improvável (por depender de não cometer pecado mortal, ou seja, pecado cometido deliberada e conscientemente em matéria grave, desde o batismo até a morte, ou de ao menor ter uma perfeita contrição na hora da morte), pertença a uma seita protestante e escape do Inferno o faz APESAR, não por causa, da seita a que pertence. Pertencer a uma seita protestante não é pertencer à Igreja de Cristo de modo algum, é sim um impedimento para a Salvação.

Os elementos salvíficos que sejam encontrados nestas seitas (normalmente o Batismo apenas, ainda que algumas seitas e grupos cismáticos tenham mantido ordens válidas - os vetero-católicos, os cismáticos orientais, os lefebvristas e alguns outros grupelhos as mantiveram, mas os Anglicanos, luteranos que não os da Finlândia e demais protestantes não as têm) não derivam de modo algum seu poder salvífico do fato de estarem presentes nesta seita (o que seria o caso se as seitas fossem realmente parte da Igreja de Cristo), mas sim têm sua ação salvífica diminuída por este fato.

Assim um protestante que seja batizado e morra logo em seguida foi pelo batismo tornado membro da Igreja Católica Apostólica Romana (não de um suposto ramo diferente de uma mesma "Igreja de Cristo" que não a Igreja Católica), e morreu católico.

Assim membros isolados de uma seita protestante podem ser parte da Igreja (desde que estejam separados dela por ignorância invencível apenas), mas uma seita não é parte da Igreja nem está em comunhão, total ou parcial, com ela.

Quanto a ação do Espírito Santo, ela realmente ocorre, mas deve ser correspondida pelo homem. Assim, um protestante tem a cada instante o Espírito Santo a soprar-lhe nos ouvidos que deve ir à Igreja Católica; cabe a ele aceitar este chamado. Um protestante que peça a Deus com sinceridade acabará encontrando a Igreja Católica, mesmo que Ela esteja ausente da cultura e do lugar em que vive. Conheço um moço que, nascido e criado em família batista em região do "Bible Belt" americano (onde só há protestantes fundamentalistas), pediu a Deus que mostrasse a ele a Verdade, e por uma série de intervenções da Divina Providência, achou na rua(!) um livrinho sobre a Fé católica, encontrou um padre no trem, etc.

Fora da Igreja Católica Apostólica Romana, que é o Corpo Místico de Cristo, não há Salvação.

Se há uma epidemia de uma doença horrível e vem alguém e paga caríssimo para botar um hospital (tanto a administração quanto aparelhagem, médicos, remédios, etc.) em que há a aparelhagem e os remédios para diagnosticar, tratar e curar esta doença, além de cursos e instrumentos para ajudar a prevenir a doença, tudo gratuito, será que isso é falta de amor? Que querer que os doentes vão aos hospital, onde estão os meios para salvar suas vidas, ao invés de procurarem "simpatias" e coisas afins, é falta de amor?!

Se você acha isto, então faz sentido dizer que a Igreja não tem amor pelos outros ao pregar que todos devem se tornar católicos para serem salvos. Se não acha, não faz. Deus, em sua infinita Misericórdia, morreu por nós na Cruz (haveria pagamento maior?!) para proporcionar a nós os meios ("remédios") por que podemos nos libertar do pecado (os Sacramentos), as "Palavras de Vida Eterna", como dizia São Pedro (a "aparelhagem", os "cursos"), para diagnosticar e ajudar a prevenir a doença (respectivamente, a Sã Doutrina e o pecado que ela faz reconhecer e previne) e o governo (a "administração do hospital") para que possamos levar nossas vidas da maneira mais correta (o Magistério da Igreja).

Não se trata de restringir, muito pelo contrário. Trata-se de ir anunciar sobre os telhados que há cura para a doença que é o pecado, e essa cura foi paga por Cristo e está à disposição de quem aceitá-la!!!

O doente também pode achar que a doença não vai ser curada no hospital e que para curá-la ele tem que ir à meia noite pegar água em que a lua se refletiu, dizer três vezes "cura cura aperta segura" e dar cinco pulinhos para cada lado. Vai curar? Duvido.

Mas se ele realmente "sente" que é isso que ele deve fazer, ninguém vai conseguir impedi-lo...

Fonte: Veritatis Splendor

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