quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Cacique, o Padre e a Missa.


Leiam até o fim,vale a pena.
Introibo ad altare Dei
Havia um Padre, ordenado a cerca de 3 meses na Congregação Missionária dos Xaverianos, que foi designado para trabalhar como missionário na Amazônia brasileira, onde há tribos que ficam muito tempo sem Missa, às vezes até três anos sem nem mesmo ver um Padre; só Deus sabe mesmo de quanto em quanto tempo essas tribos indígenas têm Missa.

Este Padre recém-ordenado foi rezar a Missa Nova em uma tribo no meio da selva que havia sido evangelizada pelos Missionários Montfortinos franceses, há muito tempo atrás. Depois que o Padre rezou a Missa Nova dele, todo contente, um velho Cacique da tribo veio até ele e disse-lhe:
- “Não tem mistério nenhum nisso que você acabou de fazer”.
E o Padre disse:
- “Como não tem mistério? Isso aqui é Missa! Como você pode dizer que não tem mistério?”
- “Isso não é a Missa”, respondeu o Cacique.
- “E qual que é a Missa?”, indagou o Padre.
- “É aquela que o Padre diz: Introibo ad altare Dei”, falou o Cacique.
Esse Padre nunca tinha ouvido falar dessa Missa onde se dizia “introibo ad altare Dei”. No entanto, essa era a Missa da qual esses índios ficaram privados durante tanto tempo e na qual aquele velho Cacique havia sido acólito e coroinha do missionário, já falecido, que evangelizou aquela tribo há tantos anos atrás.
O Padre, ao retornar à sua casa, foi falar sobre a Missa com seu Superior, que lhe disse:
- “Esses índios ignorantes não sabem nada, por que é que você está indo atrás deles? Eles não conhecem nada”.
Porém, o Padre foi à biblioteca e encontrou uma foto do seu Superior rezando a Missa de São Pio V, usando uma casula e na posição versus Deum. Então ele começou a querer saber sobre isso e acabou entrando numa crise espiritual. Perdeu tudo o que tinha (carro, celular, rádio, etc.) e ficou 6 meses sem conseguir rezar a Missa Nova, aliás, nenhuma Missa, porque ele não conhecia mais a Missa.
O Padre voltou para sua terra, a Colômbia, onde encontrou o Pe. Rafael Navas, que naquela época pertencia à FSSPX (Fraternidade Sacerdotal São Pio X), e foi quem lhe explicou qual era o problema do Concílio Vaticano II e da Missa Nova. Pe. Navas conseguiu que ele fosse para La Reja, na Argentina, no seminário São Pio X. Lá, esse Padre ficou 4 ou 5 anos, onde aprendeu a rezar a Missa de São Pio V. (Atualmente, Pe. Rafael Navas é o superior do IBP do Chile e de toda a América Latina)
Voltando para a Colômbia, este Padre não foi aceito por bispo algum e se tornou padre vago. Por causa disso, ele não tinha onde dormir, nem onde comer, mas ele tinha a Missa do “introibo ad altare Dei”, e por isso não desanimou. Durante aproximadamente 8 anos ele ficou nessa situação: morava com pessoas que queriam a Missa Gregoriana, rezava a Missa na casa delas, suas coisas ficavam guardadas na rodoviária, com chave alugada, num armário e por muitas vezes ele não tinha o que comer.
Quando o IBP (Instituto Bom Pastor) foi fundado, o Pe. Navas, que já estava lá incardinado, chamou esse Padre para que ele também se incardinasse no IBP. Este Padre, convertido pelo índio, é o Pe. José Luiz Pinzón, atual Superior do IBP em Bogotá, na Colômbia.
Vejam que ele teve a graça da conversão pelas palavras saídas da boca de um índio que nada sabia sobre fenomenologia e nem sobre filosofia escolástica para saber a diferença entre elas. O que é o sensus fidei! Deus dá a graça, mesmo a um índio no meio da selva. Às vezes, um índio que está no meio da selva consegue entender melhor um problema do que a gente aqui, na “civilização”. Notem como a sabedoria de Deus foi proferida pela boca de um índio: “a Missa é aquela que o Padre diz introibo ad altare Dei, não é isso aí que você fez”.
Como dizia São Pio de Pietrelcina: “É mais fácil o mundo ficar sem o sol do que ficar sem a Missa”. O mundo está de pé porque a Missa Gregoriana nunca deixou de ser rezada. Mesmo quando Paulo VI “proibiu-a”, houve padres idosos, em comunhão com Roma, para os quais Paulo VI deu a dispensa para rezá-la e, além disso, em outros locais continuou-se também rezando a Missa Gregoriana, como em Campos e na FSSPX. Portanto, a Missa de São Gregório Magno nunca foi interrompida, desde Nosso Senhor até hoje, e assim ela irá até o final dos tempos.
História relatada pelo Subdiácono Rafael Scolaro, do Instituto Bom Pastor, no dia 21 de Julho de 2010, em aula/palestra para o Grupo São Pio V de Curitiba.

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