quarta-feira, 7 de julho de 2010

Vaticano salvou judeus durante nazismo, diz historiador

Parte II

Papel decisivo

Um indício de que o futuro Papa Pio XII não se refere apenas a "judeus convertidos" é claramente revelado quando Pacelli solicita que os Arcebispos "cuidem de providenciar santuários para salvaguardar o bem-estar espiritual e proteger os cultos religiosos, costumes e tradições" - em latim: "ubi ipsis propria sint aedes sacra, propria schola et propria ea omnia quae ad religionis cultum, instituta et mores pertinent". De fato, os judeus convertidos na Alemanha nunca haviam tido quaisquer santuários, costumes ou tradições por conta própria. Com a sua conversão, eles apenas tornaram-se católicos normais.




Mais uma prova da real intenção dos pedidos do Vaticano surge a partir da leitura original das respostas dos bispos e Núncios ao pedido de Pacelli. Os bispos frequentemente se referem aos "judeus perseguidos", não aos "judeus convertidos" ou "católicos não arianos". Embora seja amplamente reconhecido pelos historiadores que Pacelli intercedeu para salvar milhares de "judeus convertidos", muitos baseiam suas conclusões com base em uma leitura superficial de cartas e documentos do Vaticano. Uma vez que muitas das críticas com relação a esse papado não aceitam a comprovada ameaça nazista contra o Estado do Vaticano e a vida do Papa Pio XII diretamente, elas parecem não entender que havia uma necessidade de envio de artifícios somente de modo criptografado ou verbal. Em muitos casos, os historiadores são ignorantes acerca da língua original do Vaticano, que às vezes usa o latim antigo para expressar o significado oculto de suas solicitações. "

"Altos funcionários do Vaticano verificaram para nós que os termos católicos não arianos, não arianos, judeus católicos significavam realmente judeus. Fomos informados de que se os documentos fossem interceptados, tal artifício não levantaria uma bandeira vermelha com relação à concordata assinada em 1933, que especificamente providenciava proteção para os judeus que haviam se convertido para o cristianismo", agrega o historiador Hesemann.

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