A Morte do Justo e a Morte do Pecador |
"[...] Mas se morrermos com Cristo, temos fé que também viveremos com Ele, sabendo que Cristo, uma vez ressuscitado dentre os mortos, já não morre, a morte não tem mais domínio sobre ele.Porque, morrendo, ele morreu para o pecado uma por todas; vivendo, ele vive para Deus.Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus em Cristo Jesus [...]"(Rm 6,8-11).
Sabemos que ao morrermos teremos um lugar reservado no Céu, cabe somente a nós irmos ou não.Se tivermos fé ressuscitaremos com Cristo, e viveremos para sempre com Ele e NEle, porque a morte não terá domínio nenhum sobre o nosso Deus. Ao sermos batizados nós morremos com Cristo, e ressuscitamos ao mesmo tempo, ou seja, morremos para o pecado e renascemos para a vida eterna. Após a Ressurreição de Nosso Senhor, as portas do Céu foram abertas para nós, em seu amor poderemos ser salvos.
"[...]Portanto, que o pecado não impere mais em vosso corpo mortal, sujeitando-vos às suas paixões; nem entregueis vossos membros, como armas de injustiça, ao pecado; pelo contrário, oferecei-vos a Deus como vivos provindos dos mortos e oferecei vossos membros como armas de justiça a serviço de Deus. E o pecado não vos dominará, porque não estais debaixo da Lei,mas sob a graça.E daí? Vamos pecar, porque não estamos mais debaixo da Lei mas sob a graça?De modo algum![...]Porque o salário do pecado é a morte, e a graça de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.[...]".(Rm 6,12-15;23)
A Libertação do cristão, que Paulo fala, significa a libertação pela morte, pois a morte liberta da vida anterior e de suas servidões.Unido pela fé e pelo batismo ao Cristo morto e ressuscitado, o cristão está morto ao pecado, para viver sob a graça do Espírito Santo.Da mesma forma que o liberto pertence a seu novo senhor, assim também o cristão ressuscitado em Cristo não vive mais para si mesmo, mas para Cristo e para Deus.O cristão está morto para a Lei, como para o pecado, pelo "corpo de Cristo", morto e ressuscitado.
A Palavra do Senhor confirma esta Tradição pois "santo e piedoso o seu pensamento; e foi essa a razão por que mandou que se celebrasse pelos mortos um sacrifício expiatório, para que fossem absolvidos de seu pecado" (2 Mc 2, 45). Assim é salutar lembrarmos neste dia, que "a Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que écompletamente distinta do castigo dos condenados" (Catecismo da Igreja Católica).
Portanto, a alma que morreu na graça e na amizade de Deus, porém necessitando de purificação, assemelha-se a um aventureiro caminhando num deserto sob um sol escaldante, onde o calor é sufocante, com pouca água; porém enxerga para além do deserto, a montanha onde se encontra o tesouro, a montanha onde sopram brisas frescas e onde poderá descansar eternamente; ou seja, "o Céu não tem portas" (Santa Catarina de Gênova), mas sim uma providencial 'ante-sala'.
"As almas do Purgatório, diz o Concílio de Trento, podem ser socorridas com os sufrágios dos fiéis e de modo particularmente eficaz com a Santa Missa".A razão disto reside no fato que no Sacrifício, o sacerdote oferece ao Pai debaixo das espécies eucarísticas, a Deus oficialmente o resgate das almas, quer dizer, o Sangue de Jesus Cristo, e em que o mesmo Senhor Jesus Cristo se oferece ao Pai no ato da Missa, salva as almas que padecem no Purgatório, dando-lhes o refrigério da luz e da paz.
Não há pois dia, em que a Igreja não recorde dos fiéis defuntos.Visitemos os cemitérios neste dia, pedindo a Deus que se complete para os nossos mortos a vitória sobre o pecado e som a morte, e que no dia final sobre o tocar das trombetas, ressurjam revestidos de glória imortal para cantar os louvores de Deus para sempre.
"Ó meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno. Levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem! Amém!"
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