Ponto de partida dos meios de comunicação da Igreja, o Observatório Romano continua sendo uma referência para os meios de comunicação católicos. Nesta semana foi lançado em Roma, Itália, o livro “Singular jornal. 150 anos do Observatório Romano”, enriquecido com a apresentação do Papa Bento XVI.
A obra recolhe curiosidades e momentos históricos documentados pelo jormal nacido em 1861, durante um momento de ruptura do Estado italiano. Observatório Romano surgiu por iniciativa de leigos fiéis ao Pontificado.
Nesses 150 anos, o jornal passou por diversos momentos históricos como a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, mantendo-se fiel às suas características cristãs.
“Mesmo que este mundo seja, às vezes, um emaranhado de absurdos, um emaranhado de contradições, mesmo que, algumas vezes, esteja sob areias movediças, mesmo assim, esse é o nosso mundo”, enfatiza o presidente do Conselho Pontifício da Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi. Nesse sentido, o cardeal destaca a importância de um jornal católico e recorda a frase do teólogo Karl Barth: “Pela manhã o cristão deve ter a Bíblia e o jornal, no qual verifica, mede, tece, atravessa sua existência”.
Sobre a relação entre política e fé, Dom Ravasi destaca que esta relação é como um cristal delicado, e recorda a magnitude das palavras de Cristo: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
“Há, portanto, uma autonomia da política que deve ser respeitada, um horizonte no qual a economia financeira tem suas leis próprias. Implicitamente, porém, com essas palavras, “Dai a Deus o que é de Deus”, entram em campo os grandes valores transcendentes, que devem confrontar com atenção César; não pode tranquilamente prevaricar. É uma relação recíproca, e direi, que não se pode separar, mas certamente são distintas”, esclarece o cardeal.
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