quinta-feira, 23 de setembro de 2010

São Lino, rogai por nós!


Recordo que hoje, dia 23 de setembro é o dia de São Lino, segundo Papa da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, o segundo Príncipe dos Apóstolos, ele divide sua festa com São Pio de Pietrelcina.

São Lino foi o segundo Papa da Igreja Católica, portanto, o primeiro sucessor de São Pedro na Sé apostólica, de quem pessoalmente recebeu o poder das chaves para guiar o rebanho de Cristo. Nasceu na localidade de Volterra, na Toscana, Itália.


Considerando suas grandes virtudes como defensor da fé nos trabalhos apostólicos, seu zêlo ardentíssimo desenvolvia claramente a causa da Santa Igreja, principalmente no tempo que mais furiosa andava a perseguição. Além disto, enfrentou a feitiçaria e as primeiras chamas de heresia, que já tentavam se infiltrar no seio da Igreja para adulterar os preceitos da Religião de Cristo. Sagrou sacerdotes em duas ordenações e nomeou os primeiros quinze bispos, transmitindo a eles, com sua autoridade divina, os poderes apostólicos do clero católico nascente. Além de prescrever diversas outras normas fundamentais, estabeleceu, mediante decreto, que as mulheres, para entrarem na igreja, deveriam cobrir a cabeça com véu.

Antes, porém, que fosse eleito Papa, trabalhava pela salvação das almas ao lado de São Pedro, de quem era grande colaborador. Tanto foi assim que dele mesmo recebeu a missão de pregar na Gália (hoje França), a fim de levar a luz da fé às nações pagãs. Chegando àquelas terras, estabeleceu-se em Becanson, capital de Franco Condado. Graças ao apoio que tinha do tribuno Onósio, principal magistrado que tinha por missão lutar pelas causas do povo, São Lino acabou transformando-se em um homem público, exercendo preponderante papel junto à população. Em pouco tempo tornou-se um líder influente, de grande capacidade intelectual. Dada as circunstâncias, aproveitou o terreno para plantar as sementes da verdadeira Religião, mesmo sabendo que os obstáculos, dificuldades e perseguições seriam inevitáveis. Por conseguinte, empreendeu intenso esforço para afastar o povo da idolatria e da adoração de deuses estranhos. Seus discursos eram duros, porém, verdadeiros e por isso, não tardou que acabasse sendo violentamente escorraçado da cidade. Era uma figura extremamente incômoda e inconveniente aos líderes pagãos, que diante da persuasão junto ao povo, temiam a perda de seu espaço.

Em sua última prática na cidade de Becanson, São Lino criticou e repreendeu veementemente os idólatras, feiticeiros renomados e diversos pagãos, que ofereciam sacrifícios aos seu ídolos e seus deuses. "Cessai", disse o santo, "cessai de render adoração a tão vis criaturas". Os líderes presentes, percebendo que estavam prestes a cair em descrédito pela força de sua palavra, gritaram ao povo, dizendo que as insolências sacrílegas proferidas por Lino, iriam provocar a ira dos deuses e caso lhe dessem ouvidos, sério castigo se precipitaria sobre o povo. Continuando a esbravejar, incitaram o povo, que acabou investindo contra o santo mediante golpes, tendo sido expulso da cidade completamente ferido e também abandonado, até mesmo por aqueles que sempre o apoiaram. Dali retornou para Roma, onde permaneceu até ser escolhido como sucessor de São Pedro. As sementes que deixou para trás, germinaram com grande vigor, tanto que passaria a ser venerado pelo povo, tempos depois, em sua primeira Sede Episcopal de Becanson.

Reza a tradição que antes de ser crucificado, São Pedro ao transmitir-lhe a sucessão Papal, disse-lhe: "Tu és Pedro!", em alusão às palavras do Divino Mestre, quando lhe conferiu a primazia no governo da Igreja: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16, 18).

Seu nome figura como uma das mais nobres vítimas das perseguições da Igreja primitiva. Exerceu o seu pontificado na mais intensa magnitude apostólica, desbravando terrenos pagãos e derrubando a idolatria, feitiçaria e todo o tipo de influência maligna que tentava estabelecer-se em território sagrado.

Foram-lhe atribuídos milagres e diversas curas, dentre as quais a da filha do cônsul Saturnino, considerada endemoninhada. E foi justamente o ingrato Saturnino quem proferiu sua sentença de morte. Diz-se que, influenciado pelos sacerdotes dos falsos ídolos, ordenou que São Lino fosse decapitado, fato consumado no dia 23 de setembro do ano 79.

Seu corpo acha repouso ao lado do príncipe dos Apóstolos, tendo a Igreja o incluído no catálogo dos Santos Mártires.

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