segunda-feira, 11 de outubro de 2010

PT está institucionalmente comprometido com o aborto, denuncia Dom Aldo Pagotto

Atos do PT desmentem as palavras do presidente e Dilma Rousseff que agora se dizem contrários ao aborto, denunciou.


Em um recente vídeo, Dom Aldo Pagotto, arcebispo metropolitano da Paraíba, apresenta novas denúncias contra o Partido dos Trabalhadores, criticando a recente campanha de “desinformação e de manipulação das consciências” que o PT vem realizando no segundo turno das eleições, utilizando calculadamente da mentira para enganar os eleitores sobre seus verdadeiros projetos para a nação. Dom Aldo Pagotto assevera que “quando a democracia se converte neste tipo de demagogia, para ganhar voto, já é a ditadura que está no horizonte”e que o posição do PT favorável ao aborto não se trata de boataria como afirma o Presidente Lula e tem difundido o deputado eleito Gabriel Chalita.


Aplaudindo a atitude dos bispos de São Paulo que no seu “Apelo aos brasileiros e brasileiras” denunciam as manobras do PT para promover o aborto como aliado de outros organismos internacionais, Dom Aldo Pagotto afirma que os outros bispos no Brasil também já "não podem ficar calados".

"Estamos diante de um partido que está institucionalmente comprometido com a instalação da cultura da morte em nosso país(...) que proíbe seus membros de seguirem suas próprias consciências, que se utiliza calculadamente da mentira para enganar os eleitores sobre seus verdadeiros projetos para a nação".

Dom Aldo afirma que desde a década de 90, a cultura de morte no Brasil vem sendo sistematicamente introduzida no nosso país graças ao financiamento maciço de grandes fundações internacionais que encontraram no PT seu principal aliado. Dom Pagotto afirma no seu vídeo que "desde que chegou ao poder, o Partido dos Trabalhadores assumiu como projeto de governo a completa legalização do aborto no Brasil. O Partido não escondeu a sua agenda, antes, paradoxalmente, passou a negar com insistência o que ele fazia publicamente, mesmo diante de todas as evidencias ao contrário”.

“Ao longo destes anos isto se repetiu várias e várias vezes. Pode-se concluir que para este partido esta atitude pró-aborto não é um mal entendido, não é um equívoco, nem uma fraqueza, nem um vício, nem um erro de percurso mas constitui a própria estratégia para implantar a cultura de morte no Brasil", afirmou o prelado do nordeste brasileiro, ressaltando também que “desde o início do seu mandato, o atual governo considerou a completa legalização do aborto como seu programa de governo”.

Assim a posição do Partido dos Trabalhadores favorável à legalização do aborto no país não se trata de boataria, como afirma a presidência da República e tem difundido o deputado eleito Gabriel Chalita.

Dom Aldo afirma que o governo Lula reconheceu diante da ONU o aborto como “um direito humano”, ao mesmo tempo em que o presidente jurava "pela fé que havia recebido de sua mãe", em carta assinada de próprio punho aos bispos da CNBB reunidos em Itaici no ano de 2005, que ele tivesse “qualquer intenção de legalizar o aborto no país”, encaminhando, em seguida à Câmara dos Deputados um “projeto de Lei que pretendia legalizar o aborto durante todos os nove meses de gravidez, tornando-o completamente livre, por qualquer motivo, desde a concepção até o momento do parto ".

Dom Aldo denunciou que “os fatos desmentiram as palavras do presidente” quando o governo encaminhou à Câmara este projeto.

Fazendo referência às declarações de Dilma Rousseff ao início de sua campanha, nas quais ela afirma que os bispos que a acusam de promover o aborto partem de um pressuposto errado pois nem ela nem o atual governo “jamais teriam sido a favor do aborto”, Dom Aldo recordou que a candidata ignorou que em junho deste ano “o governo brasileiro havia elaborado e promovido em parceria com a ONU a assinatura do chamado Consenso de Brasília, um documento que recomenda a legalização do aborto não somente no Brasil como em toda a América Latina”.

"Não ficamos apenas nisso”, continuou o arcebispo, “nesta primeira semana de outubro, a candidata (que nas últimas semanas tem afirmado ser a favor da vida) acrescentou pertencer a uma família católica e que não apenas é, mas que sempre foi a favor da vida, sem aparentemente importar-se com o fato de que circula livremente na Internet um vídeo no qual, em uma gravação realizada no dia 4 de outubro de 2007, ela mesma declara: "O aborto deve ser descriminalizado. Hoje, no Brasil, constitui um absurdo que o aborto ainda não tenha sido descriminalizado".

“Não posso, como pastor, compactuar com este trabalho de desinformação e de manipulação das consciências", declarou o bispo.

"Nós não estamos entrando em política partidária. Não cabe à Igreja, absolutamente, imiscuir-se nas políticas partidárias, ou indicar ou não indicar partidos ou candidatos. Mas é dever da Igreja e dos pastores alertar sobre o voto que tem as suas conseqüências, formar a consciência cidadã, formar a consciência ética com os princípios e fundamentos humanitários e cristãos", asseverou.

"Quando os representantes do governo se expressam, de caso pensado, desta maneira, não existe mais credibilidade para suas afirmações. A experiência política e a história advertem amplamente que, quando a democracia se converte neste tipo de demagogia, para ganhar voto, já é a ditadura que está no horizonte”, denunciou Dom Aldo. O Arcebispo da capital da Paraíba, em uma das regiões onde o PT mais encontra apoio popular, conclui seu depoimento afirmando que o Evangelho ensina que o nosso falar deve ser "o sim, seja sim; o não, seja não(...). Ficar em cima do muro é péssimo”.



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