sexta-feira, 1 de outubro de 2010

História de Uma Alma

O Divino Prisioneiro


Como ter medo d’Aquele que Se deixa prender por um cabelo que esvoaça no nosso pescoço!...

Saibamos pois conservar prisioneiro este Deus que Se faz mendigo do nosso amor. Ao dizer-nos que um só cabelo pode realizar este prodígio, mostra-nos que as mais pequenas acções feitas por amor são as que Lhe cativam o coração...

Ah! se fosse preciso fazer grandes coisas, quanto seríamos para lastimar?... Mas como somos felizes visto que Jesus se deixa prender pelas mais pequeninas...
(Carta 191)

Amor, a chave da vocação

Considerando o corpo místico da Igreja, não me tinha reconhecido em nenhum dos membros descritos por S. Paulo; ou melhor, queria reconhecer-me em todos… A caridade deu‑me a chave da minha vocação. Compreendi que se a Igreja tinha um corpo composto de diversos membros, o mais necessário, o mais nobre de todos não lhe faltava: compreendi que a Igreja tinha um coração, e que esse coração estava ardendo de amor. Compreendi que só o Amor fazia agir os membros da Igreja; que se o Amor se apagasse, os apóstolos já não anunciariam o Evangelho, os mártires recusar-se-iam a derramar o seu sangue... Compreendi que o Amor encerra todas as Vocações, que o Amor é tudo, que abarca todos os tempos e todos os lugares... numa palavra, que é Eterno!...

(História de uma Alma, Ms B 3vº)

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